Lucro do Bradesco no 3º trimestre é de R$ 6,8 bilhões, e supera em 34,5% o de igual período de 2020
Em relação ao segundo trimestre deste ano o lucro teve um crescimento de 7,1%
O Bradesco apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 6,8 bilhões, o que representa uma alta de 34,5% em relação ao mesmo período de 2020, e avanço de 7,1% em relação ao trimestre anterior.
Segundo comunicado do banco enviado ao mercado, o lucro é o segundo maior de sua série histórica, superando resultados pré-pandemia, no final de 2019, e explicado pela melhora na atividade econômica, e amplo leque de produtos oferecidos aos clientes.
O resultado, que veio um pouco acima das expectativas de mercado, de R$ 6,5 bilhões, e é explicado pelo Bradesco por alguns fatores, como a forte recuperação das operações de seguros, o desempenho das receitas com a margem financeira com clientes, e prestação de serviços.
Ao mesmo tempo, o banco informa que houve uma redução com despesas para fazer frente à inadimplência, com a PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) Expandida. As provisões ficaram em R$ 3,358 bilhões, com uma retração de 39,9% em 12 meses, e de 3,7% no trimestre. E isso mesmo com uma expressiva expansão de sua carteira de crédito.
“Apesar do crescimento da carteira de crédito e da manutenção do índice de cobertura acima de 90 dias em cerca de 300%, observa-se uma redução da despesa de PDD Expandida, refletindo a qualidade nos processos de concessão de credito e do mix de produção praticado”, relatou o banco.
Lucro contábil e margem financeira do Bradesco
O lucro contábil ficou em R$ 6,648 bilhões, o que representa um crescimento de 58,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e elevação de 11,3% diante do 2º trimestre deste ano.
A margem financeira bateu em R$ 15,702 bilhões, com evolução de 2,7% na base de comparação anual, e queda de 0,2% frente ao 2º trimestre deste ano. O banco destaca a boa performance da margem com clientes, que avançou mais de 4% no trimestre, atingindo um spread de 9,0%.
A receita de serviços prestados somou R$ 8,756 bilhões, com alta de 7,8% em um ano, e de 4,1% em relação ao segundo trimestre desta ano. “A retomada da atividade econômica iniciada no 2T21 aliada ao crescimento dos negócios no 3T21 impulsionaram o desempenho das receitas de prestação de serviços”, afirmou o Bradesco.
A boa performance pode ser atribuída especialmente ao crescimento em todos os períodos comparativos das receitas com cartões, conta corrente, consórcios e operações de crédito.
As despesas operacionais chegaram a R$ 8,756 bilhões, com evolução de 1,3% na base anual e de 8,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. Já no acumulado de 12 meses, as despesas operacionais tiveram uma retração de 2,5%.
Em relação aos indicadores de rentabilidade, o Bradesco informou o ROAE foi de 18,6% no 3º trimestre deste ano, acima dos 17,6% do 2º trimestre deste ano, e superior aos 15,2% do mesmo período do ano passado.