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Walmart no metaverso
Empresa

Walmart no metaverso: a varejista tem planos de produzir e vender NFTs e até planeja uma criptomoeda própria

A varejista registrou diversas novas marcas no Escritório de Patentes para comercializar produtos virtuais

Data de publicação:20/01/2022 às 00:30 -
Atualizado um ano atrás
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Mais uma empresa gigante e bastante tradicional tem planos de entrar para a nova era de revolução digital. Dessa vez, o Walmart, a maior rede de supermercados do mundo, vem dando seus primeiros passos dentro do metaverso. No final do mês passado, a companhia registrou uma série de novas marcas no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos, na intenção de produzir e vender produtos virtuais.

Em relatório, a XP Investimentos destaca que o Walmart planeja criar sua própria criptomoeda e coleção de NFTs (tokens não fungíveis, na tradução). Os analistas destacam que a própria varejista afirmou que está "explorando continuamente como as tecnologias emergentes podem moldar futuras experiências de compras", o que demonstra que a companhia está "disposta a explorar novos mercados e desenvolver uma oferta inovadora aos seus clientes".

Walmart entra no metaverso
Foto: Reprodução

De acordo com informações da rede americana CNBC, além das patentes para uma moeda digital e os NFTs, a gigante do varejo americano também registrou um software de gestão de tokens, ativos digitais e blockchain. Dentre os produtos que devem ser comercializados dentro do metaverso do Walmart, estão vestuários, jogos, instrumentos musicais, brinquedos, eletrodomésticos, entre outros.

Empresas além do Walmart que já entraram para o metaverso

"Embora o Walmart já esteja se posicionando para o mercado do metaverso, a empresa não é a única em busca da era virtual. Após a imersão do antigo Facebook, agora Meta, no setor de realidade aumentada, outras marcas como Nike e Gap, também estão buscando se aventurar na criação".

XP Investimentos, em relatório

Na análise, a corretora ressalta que a varejista de moda esportiva, Nike, também já entrou com pedidos para patentear diversas novas marcas, a fim de comercializar produtos digitalmente. "Além disso, ela se juntou ao Roblox para criar a Nikeland, um mundo totalmente online para seus consumidores interagirem", complementam os analistas.

Outras duas empresas que também deram um pontapé inicial com as novas tecnologias foram a Gap e a Adidas, ambas com coleções de NFTs com produtos que também podem ser adquiridos fisicamente.

EmpresaSegmento
AdidasModa esportiva
NikeModa esportiva
GapModa
BratzFabricante de brinquedos
PringlesAlimentação
TencentPortal de serviços online
UbisoftJogos digitais
Pizza HutAlimentação
PlayboyEntretenimento adulto
NBA Top ShotEsportes
RobloxJogos digitais
EbayComércio eletrônico

O que são os NFTs?

Embora muitas empresas estejam lançando seus próprios NFTs, ainda há muitas dúvidas a respeito do que são esses produtos. Conforme explica o professor de inovação do Insper Marcelo Nakagawa, um NFT é "um criptoativo único que pode ser comprado e revendido em plataformas específicas para isso".

"Em geral, são obras de arte, músicas, cards, objetos, personagens que existem apenas em ambientes virtuais, cada vez mais referenciados como metaversos. Por ser único, em diversos casos, cria um contexto de escassez e aumenta o preço do bem digital em leilões. Muitas empresas enxergam nisso, não apenas uma forma de se destacar como marca pioneira ou inovadora, mas também como estratégia de conexão com usuários e clientes que interagem nestes ambientes digitais, como nos jogos online".

Marcelo Nakagawa

Para o professor, há muita curiosidade em torno do que são esses tokens. Por isso, muitas companhias estão "testando conceitos, validando hipóteses ou simplesmente brincando para ver no que vai dar". Nakagawa destaca, porém, que há as empresas com presença mais consolidada nos ambientes digitais. O destaque fica especialmente com os jogos virtuais, "que já comercializam itens digitais, mas que agora, via NFT, conseguem dar exclusividade às suas ofertas".

Por que empresas como o Walmart estão se interessando pelos NFTs e o metaverso?

"Além de posicionarem-se como marcas inovadoras e criarem maiores vínculos com seus clientes e usuários em ambientes virtuais, as empresas começam a integrar os bens digitais com bens físicos, como ocorre na compra de uma NFT de algum calçado que possa ser utilizado pelo avatar do cliente no ambiente virtual e o recebimento de uma versão física que possa ser realmente calçado pela pessoa no mundo real".

Marcelo Nakagawa

O professor comenta que a questão dos ativos digitais em ambientes virtuais não é nova. Já há jogos, como o Second Life, por exemplo, que oferecem bens digitais em seus universos. "A novidade é que o uso de lógicas de tokenização criptográfica cria bens digitais únicos, exclusivos e que podem ser revendidos, criando um mercado secundário e/ou colecionável", explica.

Nakagawa ressalta, ainda, que entre as empresas pioneiras no ramo dos NFTs, vale destacar a NBA Top Shot. O professor pontua que a empresa não apenas "tokenizou" as suas figurinhas - muito tradicionais no ambiente físico em momentos esportivos -, mas também "criou um movimentado mercado secundário com seus fãs ao redor do mundo".

NFTs e metaverso vieram para ficar?

Marcelo Nakagawa reforça a ideia de que, apesar da revolução digital já estar acontecendo há algum tempo, o momento atual é diferente, sobretudo no que diz respeito às tecnologias. Para ele, diferentemente de quando outros jogos mais realistas (como o Second Life) estrearam, atualmente estamos vivendo a era do 5G e da capacidade de processamento em nuvem, "criando experiências cada vez mais incríveis online".

"As tecnologias de blockchain também evoluíram muito, criando soluções mais leves e confiáveis. Como as NFTs são comercializáveis, diversos mercados secundários tendem a evoluir. Além disso, há inúmeros ambientes virtuais já com milhões de usuários como ocorrem nos jogos online. Por isso, a ideia de metaverso, por mais questionável que seja, começa a se consolidar, especialmente entre os mais jovens".

Marcelo Nakagawa

Além dos mais jovens, o professor do Insper pontua que a entrada de outros players mais consolidados no mundo físico, como o The Economist e a Universidade de Berkely, no metaverso começa a atrair a atenção de outros tipos de públicos para a revolução digital.

"Em diversos segmentos como os de colecionáveis ou itens utilizados pelos avatares, com relação ou não, com suas versões reais (como tênis digital e físico), tendem a se consolidar como novos mercados. Em algum momento, pode ser comum termos NFTs de nós mesmos, além da visão tradicional de certificação digital, e não apenas simples avatares nos diversos metaversos", finaliza Nakagawa.

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Sobre o autor
Bruna Miato
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