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Renda Fixa

Renda fixa: saiba que impacto a decisão do Copom terá sobre os papeis pré e pós-fixados

Comportamento dos ativos vai depender se o colegiado vai sinalizar novas altas na Selic ou finalizar o ciclo de aperto monetário

Data de publicação:15/06/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Sai nesta quarta-feira, 15, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre que rumo vai tomar a Selic. Parece consenso de que haverá um ajuste de 0,50 ponto porcentual na taxa básica da economia, elevando-a a 13,25% ao ano. Com nova alta dos juros, como fica a renda fixa?

De acordo com análise da XP Investimentos, vai depender da sinalização que o Banco Central vier a dar em comunicado após o término da reunião do Copom: se deixará em aberto sua decisão para o encontro em agosto ou vai indicar o fim do ciclo de alta agora em junho.

renda fixa
Mercado está de olho na sinalização do Copom sobre rumo da Selic e o impacto nos papeis pixados - Foto: Getty Images

Para Camilla Dolle, head de renda fixa da casa de análises, no primeiro caso, as taxas curtas deverão subir, o que favorecerá os títulos prefixados e indexados à inflação de prazos longos, ao mesmo tempo em que provocará uma desvalorização aos ativos semelhantes de prazos curtos.

Caso contrário, se a autoridade monetária sinalizar claramente o fim do ciclo de aperto monetário, agora em junho, ocorrerá o inverso: os títulos prefixados e indexados à inflação de prazos curtos tendem a ser beneficiados e os atrelados a prazos longos, prejudicados.

De acordo com o documento da XP, em ambos os cenários, os ativos pós-fixados se beneficiam da alta da Selic, uma vez que sua remuneração acompanha a taxa básica de juros.

Cenário 1: comunicado aberto do Copom

Dolle acredita que o Copom deve manter o comunicado aberto sobre o que fará na próxima reunião, o que deve levar o mercado a acreditar em uma nova elevação na Selic na próxima reunião e impulsionar a valorização dos títulos prefixados e indexados à inflação de longo prazo.

“No caso de valorização dos títulos de vencimentos longos, principalmente prefixados e IPCA+, haveria a possibilidade de ganhos de capital para aqueles investidores que já detivessem os ativos. Vale, no entanto, ressaltar a importância de ter cautela e se atentar ao seu perfil de investidor e alternativas de alocação ao tomar a decisão”,

Camilla Dolle, da XP

Já na mão contrária, os títulos prefixados e indexados ao IPCA de prazos mais curtos apresentariam desvalorização, “criando eventuais oportunidades para investidores que buscam esses indexadores e prazos para composição de carteira”, ressalta a XP.

Na reunião anterior, o Copom deixou aberta a possibilidade de adotar um novo aumento da Selic na reunião de junho, principalmente em meio a um cenário inflacionário ainda pressionado.

No momento do último encontro do colegiado, as projeções de inflação no cenário de referência do BC eram de 7,3% para 2022 e de 3,4% para 2023. No entanto, as expectativas de inflação do Boletim Focus, de acordo com dados da última edição, subiram para 8,9% e 4,4% respectivamente.

Outro fator macroeconômico que corrobora para um novo aumento é a elevação do preço das commodities e a redução do ICMS sobre combustíveis e energia, cujo texto foi aprovado no plenário do Senado e também na Câmara, seguindo agora para a sanção presidencial.

“Apesar de os números fiscais correntes continuarem melhorando, os incentivos fiscais elevam o risco em relação à sustentabilidade da dívida brasileira”, ressalta a head da XP.

Para a especialista, o cenário deve ficar ambíguo o suficiente para que o BC mantenha as portas para um novo aumento da Selic em agosto, caso seja necessário.

“Assim, neste cenário, após a alta de 0,5 p.p esta semana, é possível que o Copom entregue uma última alta de 0,5 ponto porcentual na reunião seguinte, levando a Selic para 13,75% ao ano”.

Dolle, da XP

Cenário 2: fim do ciclo de alta da Selic

Em um cenário no qual o BC opte por elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, a 13,25% ao ano, mas sinalizando que o ciclo de altas na taxa básica de juros chegou ao fim, a XP projeta a valorização dos títulos prefixados e indexados à inflação de prazos curtos e desvalorização dos títulos de prazos longos.

De acordo com a XP, essa radiografia estaria mais alinhada às indicações que já foram dadas pelo BC em ocasiões recentes. Porém, a casa de análises não considera esse cenário, “uma vez que as condições globais e a inflação continuam pressionadas”.

Dolle acredita que nesse ambiente, haveria uma potencial inclinação na curva de juros, com o recuo das taxas de curto prazo para se adequarem à indicação de manutenção de juros para a próxima reunião, “e não de alta, como parte do mercado espera”.

“Já as taxas mais longas possivelmente se elevariam, principalmente em meio aos riscos fiscais que vêm sendo ponderados pelo mercado em meio às discussões de desoneração tributária mencionadas”, ressalta a head.

Camilla Dolle, da XP

Outros cenários

Para a XP, aspectos como a piora da percepção do risco global, como a escalada da inflação mundial, ou até mesmo acontecimentos no cenário político-econômico nacional “podem exaltar ou acalmar os ânimos dos agentes para além do que for decidido na reunião, assim como piora adicional na percepção do risco fiscal”.

Conheça opções de títulos pré e pós fixados

Curto prazo (Pré e IPCA+): no caso de títulos públicos, há as LTNs e NTN-Fs com vencimento até 2024 e NTN-Bs com vencimentos até 2026. Estes títulos são prefixados e indexados à inflação, respectivamente. Nem todos estão disponíveis no Tesouro Direto, podendo ser acessados via mercado secundário.

Longo Prazo (Pré e IPCA+): Títulos com prazo médio de vencimento acima de 5 anos, como por exemplo as NTN-Bs, que vencem a partir de 2028.” É preciso ter cautela ao buscar ativos com prazos muito longos”, pontua a XP

Há também títulos bancários e de crédito privado, que podem apresentar comportamento semelhante aos títulos públicos.

Pós-fixados: Tesouro Selic, além de LFTs negociadas no mercado secundário e títulos bancários e de crédito privado com a mesma característica de acompanhar a taxa Selic.

Vale destacar que estes títulos podem sofrer oscilações, embora menores do que os prefixados e indexados à inflação. “Para reduzir o risco de variações antes do vencimento, procure títulos de prazos mais curtos”, recomenda a XP.

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Sobre o autor
Julia Zillig
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