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Fundos de Investimentos

Qual a diferença entre os fundos multimercado e de ações?

Entenda as principais diferenças entre os fundos de ações e os fundos multimercados para saber onde é melhor investir.

Data de publicação:22/09/2022 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Um dos formatos de aplicações mais tradicionais no Brasil, os fundos de investimentos oferecem diversificação de estratégias e facilidade de acompanhamento, terceirizando para um gestor especializado a tomada de decisão sobre a alocação dos recursos financeiros.

Fundos multimercado
Foto: Envato

No entanto, se a diversificação estratégica pode ser positiva na montagem de uma carteira de investimentos para o longo prazo, há também o ônus de deixar os brasileiros confusos sobre as diferenças entre os diferentes fundos disponíveis no mercado financeiro.

No artigo de hoje, portanto, nós vamos explicar as principais diferenças entre dois dois tipos de fundos de investimentos: ações e multimercado. Assim, você pode investir nessa classe de ativos com maior segurança.

O que são fundos de ações?

Fundos de ações são, em resumo, fundos nos quais o gestor deve ter ao menos 67% do seu patrimônio alocado no mercado acionário. Esse número representa dois terços do valor total investido pelos cotistas.

Essa regra é definida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e tem implicações práticas. Mesmo que o país esteja atravessando um período de crise, com altas taxas de juros, por exemplo, o time de gestão de um fundo de ações precisa manter esse percentual mínimo de forma comprada em ações.

Em outras palavras, caso opte por ter um fundo de ações na sua carteira, você deve estar ciente dos riscos e da volatilidade que essa classe de ativos oferece. Isso inclui a possibilidade de ter um retorno negativo ou, como mencionamos, a manutenção de uma posição comprada na bolsa de valores independente do cenário econômico.

Nomenclatura do fundo

Você pode identificar um fundo de ações facilmente em função da sua nomenclatura. Esse tipo de fundo, afinal, possui FIA no nome oficial. Trata-se de uma abreviação para "fundo de investimentos de ações".

Veja aqui um guia completo sobre as siglas e significado dos fundos.

Taxas cobradas no fundo

Os custos de fundos de ações costumam ser maiores em relação a outros fundos mais seguros, como a renda fixa ou ETFs (fundos de índices). Geralmente, a taxa de administração aplicada é de 2% ao ano sobre o valor investido no produto. Isso acontece porque a gestão é ativa e mais complexa quando comparamos com outras estratégias de investimentos.

Além disso, os fundos de ações costumam incluir uma taxa de performance de 20% sobre o que exceder o seu índice de referência (benchmark) que, ao menos em teoria, deve ser o Ibovespa, o principal índice acionário brasileiro. Note que essa cobrança é aplicada apenas em caso de performance acima da média e serve como estímulo ao gestor do fundo.

Liquidez

Como sabemos, o mercado de renda variável traz um maior risco de variação no preço dos ativos. E esse cenário se converte em uma maior dificuldade de resgate do dinheiro aplicado. Por regra, o prazo utilizado para pagamento dos saques é de D+30 (trinta dias após a solicitação). Há casos até mais extensos.

Apesar de ser um ponto que gera preocupação no cotista (afinal, é preciso aguardar um mês para receber o dinheiro), faz bastante sentido para não obrigar o gestor a sacar os valores a qualquer preço — algo que prejudicaria outros cotistas do fundo.

Imposto de Renda

O Imposto de Renda dos fundos de ações é bem simples de entender. A alíquota cobrada é de 15% sobre os ganhos obtidos com a aplicação. A incidência do tributo ocorre apenas após a realização de um resgate, antes de cair na sua conta.

Se você investiu R$10.000 em um fundo de ações, por exemplo, e ganhou R$1.500 após um ano, então o saldo líquido do seu rendimento é de R$1.275, já que o restante é retido como pagamento do Imposto de Renda.

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O que são fundos multimercados?

Já os fundos multimercados são bem mais abrangentes em sua estratégia. E o principal diferencial é que não há obrigatoriedade de se manter em apenas uma classe de ativos — ao contrário dos fundos de ações que, como vimos, possuem o seu patrimônio alocado em ao menos 67% no mercado acionário.

Ou seja, o gestor pode utilizar de títulos de renda fixa, de ações, moedas ou comprar cotas de outros fundos, por exemplo. Esse acaba por ser um benefício, abraçando diferentes ativos a depender do cenário econômico.

O que ajuda a dar maior controle do que será feito com o dinheiro do cotista é a estratégia do fundo. Alguns casos comuns são macro, long & short, trading, juros e moedas ou livre. Você pode entendê-las melhor neste artigo.

Nomenclatura do fundo

Os fundos de investimentos multimercados são identificados pela sigla FIM em seu nome oficial. Sempre que ver essa sigla, portanto, você já sabe que se trata de uma gestão com maior liberdade de atuação no mercado financeiro.

Taxas cobradas no fundo

As taxas cobradas dos cotistas pelos fundos multimercados são as mesmas que vimos para os fundos de ações. O que muda aqui são as alíquotas e o benchmark.

Em relação à taxa de administração, os fundos multimercados costumam ter um custo superior a fundos de renda fixa, que possuem estratégias mais simples, mas menores do que os fundos de ações. A própria estratégia pode tornar esse custo menor ou maior, dependendo do caso.

Já a taxa de performance também costuma ser de 20%, quando cobrada pelo time de gestão. No entanto, o benchmark geralmente é o CDI, um indicador de renda fixa. Portanto, fique de olho se ele é adequado para a estratégia. Fundos que utilizam ativos de risco podem bater com facilidade a referência para cobrar essa taxa dos cotistas.

Liquidez

Em função da enorme variedade de estratégias e abordagens, os fundos multimercados podem trabalhar com diversos prazos de liquidez para os seus resgates. Eles podem ser de D+5, D+15, D+30 ou até D+60. Tudo vai depender do próprio fundo. Consulte o prazo antes de realizar qualquer aporte.

Imposto de Renda

Por fim, também temos algumas diferenças em relação ao Imposto de Renda, que não é fixo e segue a tabela regressiva. Isto é, quanto maior o prazo do investimento, menor será a cobrança aplicada.

Para fundos de curto prazo, a regra é a seguinte:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • Acima de 180 dias: 20,0%

Já para fundos de longo prazo, é possível ter uma redução ainda maior do Imposto de Renda, conforme o racional abaixo.

  • Até 180 dias: 22,5%
  • Entre 181 e 360 dias: 20,0%
  • Entre 361 e 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15,0%

Vale lembrar que, para resgates em prazo inferior a 30 dias, o capital sofrerá incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A partir de 31 dias, os saques são isentos dessa cobrança.

Fundo de ação ou multimercado: qual é melhor?

Não há uma regra para qual a melhor estratégia para um fundo de investimentos. Tudo depende de quais são os seus objetivos financeiros e o perfil de investidor (Faça seu teste gratuito aqui).

O objetivo deste artigo foi trazer as principais características de ambos os tipos de fundos de investimentos para que você possa fazer a melhor escolha possível para a sua carteira.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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