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IPCA
Economia

Projeção para o IPCA de 2022 cai 7,30% a 7,15%, diz Focus

No entanto, para o ano seguinte, as estimativas não param de subir

Data de publicação:01/08/2022 às 11:32 -
Atualizado 2 anos atrás
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Mantendo o cenário de estouro da meta inflacionária por três anos seguidos - no período de 2021 a 2023 - o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 1, mostrou nova desaceleração na mediana para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice de inflação oficial do País, deste ano, enquanto a projeção para 2023, foco atual da política monetária, não para de subir.

IPCA
Inflação do País, medida pelo IPCA, arrefece para 2022, mas segue avançando para o próximo ano, aponta Focus - Foto: Reprodução

Com efeito das desonerações sobre combustíveis e energia e da queda do preço da gasolina, a estimativa para o IPCA de 2022 cedeu pela quinta semana consecutiva, de 7,30% para 7,15%. Em contrapartida, a de 2023 continua avançando, agora de 5,30% para 5,33% - a 17ª alta seguida. Há um mês, as estimativas eram de 7,96% e 5,01%, respectivamente.

Os porcentuais divulgados na Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta da inflação a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.

No Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, o BC indicou que mira algo mais próximo do centro da meta no ano que vem do que sua projeção atual (4,0%).

O Boletim Focus também mostra sinais de desancoragem mais ampla, com a mediana de 2024 acima do centro da meta. Pela terceira semana seguida, a estimativa continuou em 3,30%. Há um mês, estava em 3,25%.

A previsão para 2025, por sua vez, continuou em 3,00%, mesmo porcentual há 55 semanas. A meta para 2024 e para 2025 é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto porcentual (de 1,5% a 4,5%).

No Copom de junho, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 8,8% em 2022, 4,0 % em 2023 e 2,7% para 2024.

Selic ficou mantida em 13,75% ao ano

 A poucos dias do Comitê de Política Monetária (Copom) de agosto, que ocorre nesta terça-feira, 2, e quarta-feira, 3, a projeção para a Selic, taxa básica de juros do País, no fim deste ano continuou em 13,75% ao ano pela sexta semana seguida, segundo o documento do BC.

No caso de 2023, a mediana para Selic no fim do ano avançou de 10,75% para 11,00% ao ano, de 10,50% quatro semanas antes.

No Copom de junho, a Selic subiu de 12,75% para 13,25% ao ano e o colegiado indicou novo aumento de igual ou menor magnitude - 0,50 ponto porcentual - para a reunião deste mês.

Além disso, na ata, o colegiado sinalizou que a Selic deve ficar em patamar "significativamente" contracionista por período maior do que projetava na época o mercado, com o objetivo de que a inflação de 2023 convirja para o "redor da meta", que é de 3,25%.

Conforme o Boletim Focus, a previsão para a Selic no fim de 2024 continuou em 8,00%, de 7,75% há um mês. Já a mediana para o fim de 2025 foi mantida em 7,50%, repetindo a taxa de quatro semanas antes.

PIB de 2022 sobe de 1,93% a 1,97%

Na esteira da reabertura econômica, da criação de empregos e dos fortes estímulos fiscais às vésperas das eleições, o mercado financeiro se mostra cada vez mais otimista com o crescimento econômico este ano.

De acordo com o Focus, a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 avançou de 1,93% para 1,97%. Há um mês, o aumento esperado era de 1,51%.

Por outro lado, a estimativa para a expansão do PIB em 2023 perdeu força, de 0,49% para 0,40%, ante 0,50% de quatro semanas atrás.

O Relatório Focus ainda mostrou manutenção na projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,70%, assim como na mediana para 2025, que permaneceu em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,81% e 2,00%, respectivamente.

O Focus também destacou uma leve mudança na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana passou de 59,00% para 59,15%, de 59,00% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda alteração na perspectiva para a relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com o mercado prevendo maior superávit, de 0,22% para 0,30%. Há um mês, a mediana era positiva em 0,10%.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 6,80% ante 6,70% de quatro semanas antes.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB se deteriorou, de 63,60% para 63,80%, de 62,00% há um mês.

A mediana para o déficit primário permaneceu em 0,30% do PIB. Para o rombo nominal, a estimativa continuou em 7,70%. Os porcentuais eram negativos em 0,10% e 7,60%, respectivamente, há quatro semanas.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 68,50 bilhões para US$ 67,20 bilhões, ante US$ 68,36 bilhões de um mês atrás. Para 2023, a projeção continuou em US$ 60,00 bilhões, mesma expectativa de quatro semanas antes.

No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana continuou em US$ 18,00 bilhões, repetindo a expectativa de um mês atrás.

Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes passou de US$ 30,00 bilhões para US$ 29,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era deficitária em US$ 32,30 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos.

A mediana das previsões para o IDP em 2022 passou de US$ 57,85 bilhões para US$ 56,25 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 60,75 bilhões para US$ 60,50 bilhões, de US$ 65,00 bilhões há quatro semanas. / com Agência Estado

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