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Em ata, Copom cita ‘inflação acima da meta’ e fala em Selic a 3,50% em maio
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou nesta terça-feira, 23, que pretende elevar a taxa Selic novamente em 0,75 p.p., para 3,50% ao…
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reforçou nesta terça-feira, 23, que pretende elevar a taxa Selic novamente em 0,75 p.p., para 3,50% ao ano já na próxima reunião, nos dias 4 e 5 de maio.
Segundo o colegiado, que divulgou nesta manhã a ata da reunião realizada na semana passada, uma nova alta nessas proporções apenas não acontecerá caso ocorra uma mudança significativa nas projeções de inflação ou no balanço de riscos.
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"O Copom ressalta que essa visão para a próxima reunião continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação", completou a ata.
Segundo o colegiado, o cenário atual da economia já não prescreve "um grau de estímulo extraordinário". O colegiado elevou na semana passada a taxa básica de juros em 0,75 po porcentual, para 2,75% ao ano. Desde agosto do ano passado, a taxa estava estacionada em 2% ao ano, em seu piso histórico.
"O PIB encerrou 2020 com crescimento forte na margem, recuperando a maior parte da queda observada no primeiro semestre, e as expectativas de inflação passaram a se situar acima da meta no horizonte relevante de política monetária. Adicionalmente, houve elevação das projeções de inflação para níveis próximos ao limite superior da meta em 2021", registrou o Copom, em nota.
Como já constou no comunicado da decisão, publicado na quarta-feira 23, o BC repete na ata desta terça-feira que o Copom decidiu iniciar um processo de normalização parcial, "reduzindo o grau extraordinário do estímulo monetário".
Na avaliação do Copom, no entanto, uma estratégia de ajuste mais célere do grau de estímulo tem como benefício reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta para a inflação deste ano, assim como manter a ancoragem das expectativas para horizontes mais longos.
A ata reitera que essa estratégia é compatível com o cumprimento da meta em 2022, mesmo em um cenário de aumento temporário do isolamento social.
Riscos fiscais altos
Em meio a um cenário de inflação já em alta, o Copom avaliou que os riscos fiscais de curto prazo seguem elevados devido ao agravamento da pandemia de coronavírus, o que coloca um viés de alta nas projeções de autoridade monetária para o IPCA e demais indicadores de preços. A explicação consta da ata da reunião do Copom da quarta-feira passada, divulgada nesta manhã. / com Agência Estado.
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