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Economia

PIB dos Estados Unidos recua 0,6% no 2° trimestre, com recessão técnica; ainda vale a pena investir no país?

Esta é a segunda queda consecutiva no crescimento da economia americana

Data de publicação:25/08/2022 às 13:20 -
Atualizado um ano atrás
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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos recuou 0,6%, na comparação anual, no segundo trimestre de 2022, de acordo com uma revisão divulgada pelo Departamento do Comércio do país nesta quinta-feira, 25. Com isso, a maior economia do mundo entrou em um período de recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de contração no crescimento.

No primeiro trimestre deste ano, o país americano teve uma queda de 1,6% em seu PIB e o movimento continuou entre abril e junho, na esteira da persistente pressão inflacionária global e da política monetária adotada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), com elevação dos juros. Mesmo com este cenário, especialistas consideram que os Estados Unidos continuam oferecendo boas oportunidades de investimentos.

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PIB dos Estados Unidos cai pelo segundo trimestre consecutivo | Foto: Envato

"É verdade que o PIB americano contraiu nos dois últimos trimestres, mas também é verdade que os Estados Unidos continuam gerando empregos, que o dólar se apreciou frente ao euro e alguns outros indicadores também estão positivos", afirma Arthur Siqueira, Sócio e Analista de Investimentos da GeoCapital.

A contração do PIB foi até marginalmente menor do que as projeções do mercado e a leitura prévia realizada pelo Departamento do Comércio, de 0,7% e 0,8%, respectivamente. Também nesta quinta-feira, houve a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego da última semana no país e os números surpreenderam positivamente, com 243 mil pedidos, contra 252 mil de expectativas do mercado.

Inflação e juros americanos

O Departamento do Comércio informou, ainda, os dados de inflação medidos pelo PCE no segundo trimestre. PCE é a sigla em inglês para preços de gastos com consumo e é o indicador de inflação preferido do Fed para tomar suas decisões de política monetária.

Entre abril e junho, o indicador subiu 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, subiu 4,4% no mesmo intervalo.

Neste contexto de inflação elevada - já é a maior em 40 anos -, somada a outros fatores mundiais que podem continuar contribuindo com a escalda dos preços (como a continuidade da guerra da Rússia na Ucrânia, a crise de energia na Europa e os problemas com calor intenso na China, por exemplo), o Fed passou a adotar uma postura mais dura frente à política monetária no país.

Assim, em sua última reunião a instituição aumentou mais uma vez as taxas de juros americanas, que subiram ao nível entre 2,25% e 2,50%. Na ata do encontro e em discursos realizados posteriormente, os dirigentes sinalizaram que devem continuar com o ciclo de altas até que a inflação retome a meta do Fed, de 2% no acumulado em 12 meses.

Perspectivas macroeconômicas para além do PIB dos Estados Unidos

Caio Braz, sócio da Urca Capital Partners, afirma que espera ver um recuo da inflação americana e, consequentemente, a pausa no ciclo de aumento de juros pelo Fed nos próximos três ou quatro trimestres.

O especialista destaca que a inflação não é um problema dos Estados Unidos, mas sim de todo o mundo, já que boa parte do aumento dos preços é proveniente das escalada do petróleo, commodity energética que fornece combustível para atividades de todos os setores econômicos. Dessa forma, com a normalização dos preços do petróleo, a inflação deve arrefecer.

Como investir nos Estados Unidos com o PIB em baixa?

De acordo com Siqueira, da GeoCapital, é praticamente impossível saber como estará a economia americana daqui a cinco anos. "Se em 2017, cinco anos atrás, alguém falasse que viveríamos dois anos de pandemia, com tantas mortes, ninguém acreditaria", ressalta o analista, explicando que, daqui para frente, é difícil saber qual cenário vai se materializar e quais serão seus impactos socieconômicos.

Neste contexto, o especialista considera que as melhores opções de investimento para proteger o patrimônio no longo prazo são as empresas dominantes de cada setor da economia.

"Essas empresas são aquelas que conseguem sustentar sua rentabilidade, repassando a inflação para o preço de seus produtos, porque os clientes vão consumir. Elas sofrem menos nas crises e elas crescem mais nas retomadas. Como a gente não sabe quanto tempo cada uma dessas etapas vai durar, é interessante buscar sempre estar investido nessas empresas."

Arthur Siqueira, Sócio e Analista de Investimentos da GeoCapital

No portfólio de longo prazo da gestora, as 10 principais alocações - pensando nas empresas dominantes - são as seguintes:

  • CBOE Holdings;
  • Comcast Corporation;
  • Visa;
  • Berkshire Hathaway;
  • Intercontinental Exchange;
  • The Walt Disney Company;
  • Inditex;
  • Booking Holdings;
  • Microsoft;
  • Thermo Fisher.

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Sobre o autor
Bruna Miato
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