Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta sexta-feira, 18 de fevereiro
Fluxo de capital estrangeiro segue contribuindo para manter a B3 no azul
Em dia de vencimentos de opções sobre ações, a Bolsa opera em queda nesta sexta-feira, 18, seguindo o exterior e puxada pela desvalorização de mais de 1% dos papéis da Petrobras, que refletem a forte queda no preço do barril do petróleo no mercado internacional. Durante a manhã, o Ibovespa chegou a trafegar em alta, mas acabou virando o sinal.
Com a agenda econômica esvaziada, as atenções seguem voltadas para o conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia, que tira o apetite ao risco lá fora. Às 13h34, o Ibovespa recuava 0,37%, aos 113.103 pontos, e o dólar caía 0,84%, cotado a R$ 5,124.
O temor de uma guerra entre os dois países ainda é iminente e deprime os mercados internacionais. Porém, algumas notícias podem trazer algum alento ao mercado, como a confirmação de que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrova, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, irão debater o assunto na próxima semana.
A grande preocupação dos investidores são as consequências dessa crise sobre o abastecimento do petróleo e de gás natural aos países da Europa, principais consumidores desses insumos, que chegam à região pelo gasoduto que passa pelo território da Ucrânia.
Até a retirada efetiva do contingente militar russo da região da Ucrânia, os mercados devem se manter alertas e adotando cautela.
A apreensão com o conflito na Ucrânia ocorre em um momento no qual o mercado já está sob “fogo cruzado”, segundo Artur Borges, especialista em Renda Variável da Blue3, tentando antecipar não apenas o ritmo, mas a quantidade e a magnitude dos aumentos das taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
No dia anterior, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, reiterou seu apelo para que a taxa de juros seja aumentada para 1% até julho para conter a inflação, que se mostra bastante persistente a cada leitura.
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que apoia a alta das taxas no próximo mês e o aperto da política monetária em um ritmo mais rápido, se necessário, para conter as pressões de preços.
Qualquer movimentação na política americana impacta diretamente as economias globais, incluindo os mercados emergentes, como o Brasil.
Futuros/bolsas americanas
- S&P 500: -0,45%
- Dow Jones: -0,34%
- Nasdaq 100: -0,83% (dados atualizados às 13h40)
Juros futuros
Os juros futuros operam em leve baixa na manhã desta sexta-feira, acompanhando o movimento do dólar ante o real em dia mais calmo no exterior, apesar da preocupação com o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Por volta das 13h20, a taxa do contato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 estava em 11,29%, de 11,30% na abertura. O DI para janeiro de 2025 caía a 11,39%, de 11,41%, e o para janeiro de 2023 se mantinha em 12,36%, mesmo patamar de início de dia.
Sobe e desce da Bolsa
Maiores altas
Cielo (CIEL3) | +14,68% |
MRV (MRVE3) | +4,18% |
Energias do Brasil (ENBR3) | +3,51% |
B3 (B3SA3) | +2,18% |
Banco do Brasil (BBSA3) | +1,81% |
Maiores baixas
Rumo (RAIL3) | -7,13% |
Cosan (CSAN3) | -4,20% |
Assaí (ASAI3) | -3,81% |
Locaweb (LWSA3) | -3,50% |
Petz (PETZ3) | -3,80% |
Temporada de balanços corporativos segue no radar
No lado microeconômico, a temporada de balanços corporativos segue em curso e sendo acompanhada pelo mercado.
Durante a manhã, várias empresas divulgaram seus números referentes ao desempenho do quarto trimestre de 2021. A Rumo registrou prejuízo de R$ 384 milhões no período, pressionada pela quebra da safra, e a receita líquida recuou 9%, para R$ 1,51 bilhão.
A Taesa reportou lucro líquido de R$ 423,1 milhões, queda de 43,6% em base anual, e a receita recuou 39%, para R$ 717 milhões.
A Vamos, do grupo Simpar, teve lucro de R$ 117,7 milhões no quarto trimestre, mais que o dobro do mesmo período de 2020, e a receita cresceu 90,7%, para R$ 807,2 milhões. Hoje, após o fechamento, sai o resultado da Cosan .
Europa: bolsas encerram o pregão em queda
Na velha economia, as bolsas encerraram o dia em baixa, seguindo o mercado americano. Por lá, os investidores também se mantiveram apreensivos com a crise entre a Ucrânia e Rússia e digeriram novos dados econômicos da região.
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do Reino Unido nesta sexta-feira, as vendas no varejo tiveram expansão de 1,9% em janeiro ante dezembro.
O resultado ficou ligeiramente abaixo da expectativa dos analistas, que esperavam avanço mensal de 2%. Na comparação anual, as vendas do setor varejista saltaram 9,1%, mas a projeção do mercado era um ganho mais robusto, de 10,2%.
Fechamento/bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): -0,80% (460,84 pontos)
- FTSE 100 (Londres): -0,31% (7.514 pontos)
- DAX (Frankfurt): -1,46% (15.044 pontos)
- CAC 40 (Paris): -0,25% (6.929 pontos)
Bolsas asiáticas fecham mistas
Na Ásia, os mercados fecharam o pregão desta sexta-feira sem direção única, com os investidores atentos ao conflito entre Rússia e Ucrânia, comprometendo o apetite ao risco. / com Tom Morooka e Agência Estado
Bolsas asiáticas/fechamento
- Nikkei (Tóquio): -0,41% (27.122 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): -1,88% (24.327 pontos)
- Taiex (Taiwan): -0,20% (18.232 pontos)
- Xangai Composto (China continental): +0,66% (3.490 pontos)
- Shenzhen Composto (China continental): +0,42% (2.311 pontos)
- Kospi (Seul): +0,02% (2.744 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydney): -1,02% (7.221 pontos)