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bolsa
Mercado Financeiro

Temor com conflito russo na Ucrânia deve recair sobre mercados nesta sexta-feira

Mercado fez uma pausa na véspera para a realização de lucros após as seguidas altas, acreditam especialistas

Data de publicação:18/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 3 anos atrás
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O comportamento do mercado nesta sexta-feira, 18, vai depender muito da evolução do conflito entre Rússia e Ucrânia. Pelo que parece, deve ganhar algum alento após a notícia de que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, aceitou o convite para se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, no fim de semana - desde que Moscou não invada a Ucrânia, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Por lá, os futuros operam em alta, diferentemente do dia anterior, com a volta do temor de uma guerra entre os dois países. A aversão ao risco aumentou, sentimento que ficou refletido na queda das bolsas de valores pelo mundo e fortalecimento do dólar. Investidores retomaram a cautela, em meio a informações desencontradas das partes envolvidas, e saíram das ações para ativos considerados mais seguros e proteção, o dólar.

Mercado tem atenções voltadas e deve reagir à evolução do conflito entre Rússia e Ucrânia
Investidores acompanham os desdobramentos dos conflitos entre Rússia e Ucrânia - Foto: Reprodução

A expectativa de especialistas é que o mercado financeiro continue cauteloso, sem grandes iniciativas, com o dedo no gatilho. Na Ásia, os mercados fecharam a semana majoritariamente no terreno negativo.

Investidores temem uma guerra no Leste europeu, porque um conflito desses traria consequências desastrosas, tanto geopolítica quanto economicamente, em escala global.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que vinha descolada de desempenhos negativos de outras bolsas internacionais, não resistiu desta vez. Sentiu o baque do aumento de tensão no Leste da Europa e do impacto disso sobre os investidores.

Mercado doméstico sem capital estrangeiro

O capital estrangeiro, que vinha dando as caras no mercado doméstico, como comprador de ações, embarcou na aversão ao risco e recuou. Sem as compras do investidor externo, o Ibovespa interrompeu uma coleção de sete altas seguidas, perdeu o suporte dos 115 mil pontos, passou batido pelos 114 mil e fechou em 113.528 pontos, com queda de 1,43%.

Com a retração do estrangeiro na bolsa, o dólar ganhou fôlego suficiente para deixar para trás três quedas consecutivas. Fechou com valorização de 0,76%, cotado por R$ 5,17% para venda.

Especialistas estão divididos na análise dessa queda da B3 como possível tendência. Todos compartilham da ideia de que a Bolsa deve reagir aos desdobramentos dos confrontos entre Rússia e Ucrânia. Entendem também que o mercado fez uma pausa para realização de lucros, após a sequência recente de altas, e a alta poderia ser retomada.

Seria uma queda pontual, dizem analistas, que para ser revertida precisa contar com a volta do apetite do capital estrangeiro  às compras. Uma decisão que depende, por sua vez, do andamento da crise no Leste Europeu, cujo desfecho é o principal ponto de dúvida do mercado.

Exterior

Wall Street: mercados sob 'fogo cruzado'

A preocupação com o conflito na Ucrânia ocorre em um momento em que o mercado já estava sob "fogo cruzado", tentando antecipar não apenas o ritmo, mas a quantidade e a magnitude dos aumentos das taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No dia anterior, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, reiterou seu apelo para que a taxa de juros seja aumentada para 1% até julho para conter a inflação, que se mostra bastante persistente a cada leitura.

A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que apoia a alta das taxas no próximo mês e o aperto da política monetária em um ritmo mais rápido, se necessário, para conter as pressões de preços.

Futuros/bolsas americanas

  • S&P 500: +0,52%
  • Dow Jones: +0,35%
  • Nasdaq 100: +0,71% (dados atualizados às 7h41)

Europa: bolsas operando em alta, com exceção da Alemanha

Na velha economia, as bolsas seguem os futuros americanos e operam em alta, com exceção da Alemanha, que aponta queda marginal.

Por lá, os investidores também seguem apreensivos com a crise entre a Ucrânia e Rússia e digerem novos dados econômicos da região. De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do Reino Unido nesta sexta-feira, as vendas no varejo tiveram expansão de 1,9% em janeiro ante dezembro.

O resultado ficou ligeiramente abaixo da expectativa dos analistas, que esperavam avanço mensal de 2%. Na comparação anual, as vendas do setor varejista saltaram 9,1%, mas a projeção do mercado era um ganho mais robusto, de 10,2%.

Bolsas europeias/principais praças

  • Stoxx 600 (Europa): +0,14%
  • FTSE 100 (Londres): +0,23%
  • DAX (Frankfurt): -0,08%
  • CAC 40 (Paris): +0,38% (dados atualizados às 7h45)

Bolsas asiáticas fecham mistas

Na Ásia, os mercados fecharam o pregão desta sexta-feira sem direção única, com os investidores atentos ao conflito entre Rússia e Ucrânia, comprometendo o apetite ao risco. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Bolsas asiáticas/fechamento

  • Nikkei (Tóquio): -0,41% (27.122 pontos)
  • Hang Seng (Hong Kong): -1,88% (24.327 pontos)
  • Taiex (Taiwan): -0,20% (18.232 pontos)
  • Xangai Composto (China continental): +0,66% (3.490 pontos)
  • Shenzhen Composto (China continental): +0,42% (2.311 pontos)
  • Kospi (Seul): +0,02% (2.744 pontos)
  • S&P/ASX 200 (Sydney): -1,02% (7.221 pontos)
Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.