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Mercado Financeiro

Mercado recebe bem sinal do Copom de redução no ritmo de elevação da Selic e mantém riscos externos no radar

Juro básico da economia deve subir menos que 1,5 ponto porcentual na próxima reunião do Copom

Data de publicação:03/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Um tema que deve ocupar parte do tempo de profissionais do mercado financeiro nesta quinta-feira, 3, é a discussão sobre quanto o Banco Central (BC) deve subir a taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 16 de março. Embora entenda que haja uma desaceleração no ritmo de ajuste da taxa, o mercado considera que o comportamento dos juros americanos terá papel relevante para o rumo da Selic aqui. Por lá, os futuros operam em queda e as bolsas asiáticas fecharam sem direção única.

Mercado
Mercado prevê pressão no câmbio se juros americanos subirem mais que o esperado - Foto: Reprodução

A elevação de 1,50 ponto porcentual no encontro do colegiado do BC nesta quarta-feira que empurrou a Selic para 10,75% ao ano, já amplamente prevista e incorporada aos preços dos ativos, é considerada página virada por especialistas. Atrai a atenção do mercado, agora, o trecho contido no comunicado, divulgado após a reunião, que aponta para uma redução no ritmo de alta da taxa básica – a Selic teve aumento de 1,50 ponto porcentual nas três últimas reuniões do Copom.

Para o mercado, juros americanos vão interferir na Selic

Parte dos especialistas acredita que, a despeito da intenção do BC de moderar a velocidade do ajuste, o ritmo de alta da Selic tende a ser ditado pela evolução das taxas de juro americanas, que têm a primeira rodada de aumento prevista para março. Uma elevação mais forte dos juros nos Estados Unidos exigiria dose de ajuste semelhante por aqui, sob pena de os mercados locais perderem competitividade em relação aos americanos.

Uma saída mais acentuada de capitais, atraídos por juros mais altos nos Estados Unidos, tenderia a pressionar o câmbio, quando um dólar mais caro é um dos principais fatores de pressão inflacionária que o BC tenta conter. Enfim, também sob esse aspecto, o debate sobre o rumo da política monetária é um assunto que tende a continuar na mesa de investidores e gestores do mercado.

A queda da Bolsa de Valores em dia de decisão da Selic que interrompeu uma série de valorizações seguidas, vistas por alguns como uma espécie de rali atrasado que costumava animar o mercado em dezembro, criou dúvidas sobre possível inversão de tendência. Analistas, contudo, veem a queda como ajuste, provocado pela correção de preços de alguns papeis que vinham em contínua valorização. Casos de Petrobrás e Vale, no setor de commodities, e de bancos.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou o pregão com baixa de 1,18%, em 111.894 pontos, em descompasso com  a trajetória das bolsas americanas, que tiveram mais um dia de valorização, puxadas por resultados de balanços corporativos.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 0,63%, para 35.629 pontos; o S&P 500 avançou 0,94%, para 4.589 pontos, e o índice Nasdaq, da bolsa de tecnologia, subiu 0,50%, para 14.417 pontos.

Exterior

Wall Street com apetite reduzido ao risco

Os futuros nas bolsas de Nova York seguem a aversão ao risco da véspera - com destaque ao Nasdaq 100, que amarga baixa após os balanços da Meta e Spotify abaixo do esperado - com os investidores colocando as barbas de molho na véspera de divulgação do payroll, relatório de geração de empregos do país. Isso acontece após a ADP trazer dados abaixo do esperado em termos de criação de novas vagas.

A estimativa do mercado era de um saldo positivo de 200 mil postos, mas acabou registrando um número negativo de mais de 300 mil vagas.

Futuros/bolsas americanas

  • S&P 500: - 1,04%
  • Dow Jones: - 0,34%
  • Nasdaq 100: - 2,06% (dados atualizados às 7h43)

Europa: bolsas em queda em dia de reunião do BCE

Em dia de reunião do Banco Central Europeu (BCE) para definir os rumos da política econômica do bloco, as bolsas operam em queda, com o mercado digerindo mais dados econômicos divulgados ao longo da manhã.

O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 53,3 em dezembro para 52,3 em janeiro, segundo a IHS Markit. O número final ficou ligeiramente abaixo da leitura preliminar de janeiro e da previsão dos analistas de 52,4. De qualquer forma, o resultado acima da marca de 50 indica expansão da atividade no bloco.

No mesmo período, o PMI de serviços da zona do euro recuou de 53,1 para 51,1, também abaixo do cálculo inicial e do consenso do mercado de 51,2.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 26,2% em dezembro de 2021 ante igual mês do ano anterior, ganhando força ante o acréscimo anual de 23,7% observado em novembro, segundo dados publicados pela Eurostat. O resultado do mês ficou quase em linha com a expectativa dos especialistas, que previam alta de 26,3%.

Em relação a novembro, o PPI do bloco teve alta de 2,9% em dezembro, bem perto do aumento de 3% projetado pelo mercado. Excluindo-se os preços de energia, que tendem a ser voláteis, o PPI da zona do euro avançou 0,5% em dezembro ante novembro e registrou alta de 10% no confronto anual.

O BCE vinha insistindo que a pressão inflacionária era temporária e benigna, mas o dado da inflação recorde na zona do euro de 5,1%, divulgado no dia anterior, aumentou a expectativa sobre os juros na reunião desta quinta-feira.

Bolsas europeias/principais praças financeiras

  • Stoxx 600 (Europa): - 0,75%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,08%
  • DAX (Frankfurt): - 0,70%
  • CAC 40 (Paris): - 0,40% (dados atualizados às 7h54)

Conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia

Outro cenário que prende a atenção dos investidores lá fora é o conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia, cujos reflexos podem tornar o ambiente para o mercado de petróleo e gás natural mais desafiador. Os Estados Unidos devem enviar quase 3 mil soldados para a Polônia e Romênia, a fim de proteger o Leste Europeu de uma possível invasão russa, que segue concentrando duas tropas perto da fronteira com a Ucrânia.

A Rússia negou que tem planos de invadir a Ucrânia, mas sinalizou que não está disposta a fazer concessões ao zombar da Grã-Bretanha, classificando a postura do primeiro-ministro Boris Johnson como "totalmente confusa" e acusando políticos britânicos de "estupidez e ignorância".

Bolsas asiáticas fecham mistas

As bolsas da Ásia e do Pacífico encerraram os negócios desta quinta-feira, 3, sem direção única, com a Coreia do Sul retornando de um feriado. Os mercados da China, de Hong Kong e de Taiwan permaneceram fechados em razão do feriado do ano-novo lunar.

Em Seul, o índice Kospi avançou 1,67%, aos 2.707 pontos. Já em Tóquio, o japonês Nikkei caiu 1,06%, aos 27.241 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões positivos.

Na Oceania, a bolsa australiana teve baixa modesta hoje, após uma sessão volátil, com perdas mais intensas no setor de tecnologia. O S&P/ASX 200 recuou 1,4% em Sydnei, a 7.078 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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