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Mercado Financeiro

Mercado pode começar a definir trajetória depois de abalo com ata do Fed; questão fiscal aqui segue no radar

Falas do mundo político trazem preocupações com a evolução das contas públicas

Data de publicação:07/01/2022 às 02:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Uma vez superados os abalos sofridos na quarta-feira, depois da divulgação da ata do Fed (Federal Reserve, banco central americano) que indicou possível aceleração no processo e ritmo de elevação dos juros nos Estados Unidos, e a correção dos ativos no dia seguinte, o mercado financeiro pode indicar trajetórias mais claras a partir desta sexta-feira, 7.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, recuperou-se nesta quinta-feira, 6, descolada da queda das bolsas internacionais e subiu 0,38%, para 101.392 pontos. Foi uma valorização discreta, mas suficiente para garantir o primeiro pregão de fechamento positivo em 2022, após três baixas.

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O dólar, que vinha de três valorizações consecutivas, também passou por uma correção de preços, ao recuar e voltar abaixo de R$ 5,70. A moeda americana fechou o dia com desvalorização de 0,56%, cotada por R$ 5,68. Em Nova York, em pregão de elevada volatilidade, o índice Dow Jones fechou com queda de 0,47%, em 36.236 pontos; o S&P 500 caiu 0,10%, para 4.696 pontos, e o índice Nasdaq recuou 0,13%, para 15.081 pontos.

Descompressão de juros futuros trouxe alívio ao mercado

Um indicador visto como positivo foi a descompressão dos juros futuros em contratos negociados na B3. Em média, as taxas embutidas nesses contratos, que refletem as expectativas em relação à inflação e aos juros, recuaram cerca de 1%. O juro DI em contratos com vencimento em 2029 rodou ao redor de 11,27%, baixa de 1,14%, e o de vencimento em 2025, em11,32%, queda de 0,92%, no fim da tarde desta quinta-feira.

A recomposição dos ativos ocorreu em um ambiente menos estressado que o do dia anterior, quando apenas a expectativa com a ata do Fed já deu um tom negativo aos mercados. Especialistas afirmam, contudo, que o mercado financeiro está longe da volta à normalidade.

O que pode adicionar volatilidade ao mercado?

A ata do Fed, para os analistas, apenas sinalizou uma política monetária mais dura, com a antecipação do início de alta dos juros e mais vezes no ano, mas faltam definições que poderiam dar maior previsibilidade a investidores e gestores. Persistem incertezas e dúvidas que geram tensão permanente e deixam o mercado sujeito a maior volatilidade.

O clima mais tranquilo no mercado financeiro nesta quinta-feira refletiu também um dia sem notícias negativas ou ruins, na área política ou econômica que, segundo especialistas, pudessem agravar as expectativas, especialmente em relação à questão fiscal.

As preocupações com a evolução das contas públicas vêm dando tom negativo aos mercados desde o início da semana, a partir de falas no mundo político em favor da revisão do teto de gastos, de afrouxamento da lei de responsabilidade fiscal e outras ideias que podem deteriorar o cenário fiscal com gastanças neste ano eleitoral.

Novos dados da zona do euro

Inflação ao consumidor

A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 5% em dezembro, acelerando levemente em relação à alta de 4,9% observada em novembro, segundo dados preliminares divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado do mês passado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam arrefecimento da taxa a 4,7%.

O CPI recorde, que é igual à taxa de julho de 1991, amplia pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) aperte sua política monetária. A meta de inflação do BCE é de 2%.

O núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo anual de 2,6% em dezembro, um pouco maior do que o aumento de 2,5% projetado pelo mercado.

Vendas no varejo

As vendas no varejo da zona do euro subiram 1% em novembro ante outubro, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 7, pela agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Eurostat. O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 0,5% nas vendas do período.

Na comparação anual, as vendas do setor varejista do bloco tiveram expansão de 7,8% em novembro. A Eurostat também revisou para cima sua estimativa mensal para as vendas de outubro, para aumento de 0,3%.

Ásia: bolsas fecham sem direção única

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 7, enquanto investidores aguardam novos dados do mercado de trabalho dos EUA, que têm forte influência na direção da política monetária americana, e acompanham a difícil situação do setor imobiliário chinês.

Após relatos de que a incorporadora chinesa deu calote num pagamento de empréstimo, no último sinal das dificuldades financeiras enfrentadas pela indústria imobiliária da China, o papel do Shimao Group sofreu um tombo de 5,43%.

  • Xangai Composto (China continental): baixa de 0,18%
  • Shenzhen Composto (China continental): baixa de 1,15%
  • Hang Seng (Hong Kong): alta de 1,82%
  • Nikkei (Japão): baixa de 0,03%
  • Kospi (Coréia do Sul): alta de 1,18%
  • Taiex (Taiwan): baixa de 1,08%

Na Oceania, a bolsa australiana se recuperou parcialmente das perdas de ontem. O S&P/ASX 200 garantiu alta de 1,29% em Sydney, a 7.453,30 pontos, apagando parte do tombo de 2,74% da sessão anterior. / com Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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