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Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quarta-feira, 2 de março
Mercado Financeiro

Fala de Powell, que sugere juros mais elevados nos EUA para inflação persistente, traz cautela ao mercado

Bolsa perdeu força na quarta-feira após afirmação do presidente do banco central americano

Data de publicação:27/01/2022 às 01:40 -
Atualizado 3 anos atrás
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A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter a estabilidade dos juros nos Estados Unidos momentaneamente e pontuar que a inflação segue persistente, trouxe um pouco de cautela para os mercados nesta quinta-feira, 27, com os futuros americanos sem direção única e as bolsas asiáticas fechando mais uma vez em queda.

Na véspera, em um primeiro momento, os mercados reagiram com relativa tranquilidade à manutenção da taxa de juros de curto prazo americana entre zero e 0,25% ao ano.

Mercado
Mercado de ações perdeu força quando Powell afirmou que inflação poderá ser mais persistente nos EUA - Foto: Reprodução

A bolsa de valores chegou a subir até mais forte, após o anúncio, mas a resposta positiva perdeu força com a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, de que a pressão sobre os preços poderá ser mais persistente. Uma inflação com essa característica, entendeu o mercado, poderia exigir remédio mais amargo, o que significaria juros mais elevados.

No dia anterior, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que chegou a subir ao nível máximo de 2,26%, para 112.694 pontos, animada com o anúncio do Fed, perdeu força em seguida, com a declaração de Powell, e fechou o pregão com a valorização diluída a 0,98%, em 111.289 pontos.

Trajetória semelhante foi seguida pelas bolsas americanas, que reagiram positivamente no momento seguinte à decisão, mas inverteram rapidamente o sinal. O índice Dow Jones fechou o pregão com queda de 0,38%, em 34.166 pontos; o S&P 500 recuou 0,15%, para 4.349 pontos.  A guinada mais forte foi a do índice Nasdaq, que chegou a avançar mais de 3% no dia, antes de fechar com discreta desvalorização de 0,17%.

A perspectiva, segundo especialistas, é que o mercado financeiro, incluído o americano, passe uma sinalização de tendência mais clara à medida que o Fed indique com mais clareza também os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos. Indicação sobre quanto e quando subirão os juros e quantas vezes o Fed recalibrará as taxas este ano.

Enquanto isso, a expectativa é que o mercado doméstico de ações, que tem andado descolado das bolsas americanas, mais afetadas pelas expectativas com os juros, continue sendo influenciado pelo comportamento dos preços da commodities no mercado externo.

As contínuas altas da cotação internacional do petróleo, com o barril do tipo Brent flertando com US$ 90, permaneceram impulsionando as ações de Petrobras, que puxam o Ibovespa para cima. Os papeis da estatal de petróleo e da Vale, que se beneficia da valorização de outra commodity, o minério de ferro, têm forte participação na composição da carteira e influência na trajetória do Ibovespa.

Retirada de estímulos da economia americana também traz apreensão

Na prática, os dias de juros zerados durante está próximo do fim. Na sequência, a retirada mais acelerada de estímulos da economia americana entra em ação para enxugar a enxurrada de trilhões de dólares despejada dentro das bolsas dos Estados Unidos.

"A linha tênue entre tomar medidas para conter a inflação, sem comprometer a recuperação em curso, é o desafio que o chefe do Fed, Jerome Powell, deve seguir, com o mercado de olho em cada passo seu a partir de agora", diz Filipe Teixeira, sócio da Wisir Research.

Em seu comunicado, Powell reconheceu que o mercado de trabalho avançou bastante nos últimos meses, mas que ainda existem gargalos na cadeia produtiva que devem pressionar a inflação. Dessa forma, de acordo com Lucas Carvalho, especialista em renda variável da Blue3, a economia não precisaria de tantos estímulos e apertos monetários devem ser adotados a fim de controlar a meta de inflação no longo prazo. "Detalhes dessa mudança ainda precisam ser esclarecidos", ressalta.

Nesta quinta-feira, o mercado aguarda a divulgação do volume de pedidos de seguro desemprego americano registrado na semana anterior, além dos resultados do PIB do país do quarto trimestre.

Futuros/bolsas americanas

  • S&P 500: + 0,07%
  • Dow Jones: - 0,05%
  • Nasdaq 100: - 0,23% (dados atualizados às 7h48)

Tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia segue no radar

A tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia segue no radar dos investidores, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que consideraria sanções pessoais ao presidente Vladimir Putin se a Rússia invadir a Ucrânia.

Segundo Carvalho, da Blue3, esse fato pode continuar implicando em um aumento de volatilidade e aversão ao risco dos mercados globais. "O Banco Central Europeu (BCE) já fez alertas aos demais bancos da região com exposição relevante à Rússia sobre o risco de novas sanções serem impostas", aponta.

Além disso, os lideres ocidentais intensificaram os preparativos militares e fizeram planos de proteger a Europa de um possível choque no fornecimento de energia.

Cenário interno: PEC dos combustíveis já está acertada com a equipe econômica, segundo Bolsonaro

Além do ambiente externo, os investidores têm ainda na pauta de monitoramento o andamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o assunto já está acertado com a equipe econômica. A apoiadores, ele disse ainda esperar a aprovação do texto pelo Congresso Nacional.

No momento em que a alta da gasolina e do diesel pressiona a inflação e afeta a popularidade do presidente, a ideia do governo é apresentar aos parlamentares um texto que permita zerar impostos de combustíveis - mas também de energia elétrica e gás - sem a apresentação de contrapartida do lado da receita.

A ideia do Executivo desagradou governadores, avessos à ideia de zerar o ICMS, uma das principais fontes de receita dos Estados. Em resposta às articulações de Bolsonaro, hoje, 21 chefes de Executivos estaduais decidiram congelar o imposto por mais 60 dias.

Exterior: Europa e Ásia

Bolsas europeias operam sem direção única

Na Europa, as principais praças financeiras operam mistas, refletindo as decisões do Fed. Além disso, os investidores digerem novos dados da economia da região.

O índice de confiança do consumidor da Alemanha subiu de -6,9 para -6,7 pontos em fevereiro, segundo projeção divulgada nesta quinta-feira pelo instituto alemão GfK. A estimativa ficou acima das expectativas dos analistas, que previam recuo do indicador a -8 pontos e sugere que a confiança no país vai interromper uma tendência de queda e apresentar leve melhora, apesar do aumento de casos de infecção por covid-19 e salto da inflação doméstica.

Bolsas europeias/principais praças financeiras

  • Stoxx 600 (Europa): - -0,15%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,39%
  • DAX (Frankfurt): - 0,47%
  • CAC 40 (Paris): - 0,16% (dados atualizados às 7h50)

Bolsas asiáticas fecham no vermelho

As bolsas asiáticas encerraram os negócios desta quinta-feira, 27, em forte baixa, refletindo as novidades do Fed. /com Júlia Zillig e Agência Estado

Fechamento/principais índices

  • Nikkei (Tóquio): - 3,11% (26.170 pontos)
  • Kospi (Seul): - 3,50% (2.614 pontos)
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,99% (23.807 pontos)
  • Taiex (Taiwan): - 0,15% (17.674 pontos)
  • Xangai Composto (China continental): - 1,78% (3.394 pontos)
  • Shenzhen Composto (China continental): - 2,87% (2.262 pontos)
  • S&P/ASX 200 (Sydnei): - 1,77% (6.838 pontos)
Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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