Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta sexta-feira, 28 de janeiro
Investidores voltam suas atenções para a inflação, FED e alta da Selic que deve ocorrer na próxima semana
A Bolsa abriu o pregão do último dia da semana em queda, operou entre perdas e ganhos, e depois voltou a sustentar baixa, com os mercados que ainda repercutem as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que implicam na adoção de uma política monetária mais apertada para os EUA.
Além disso, o mercado absorve os últimos dados econômicos globais, incluindo dados de inflação e de crescimento, e volta suas atenções internamente para a nova alta da Selic, que deve ocorrer na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. Às 14h42, o Ibovespa recuava 0,69%, aos 111.832 pontos, e o dólar caía 0,62%, cotado a R$ 5,39.
Ajudam ainda a puxar o Ibovespa para baixo a queda nas ações de gigantes exportadoras de commodities, como Petrobras e Vale, que reportam desvalorização de 1,42% e 0,71%, respectivamente, após trafegarem em alta. Dados atualizados às 14h35.
O recuo nas ações da Petrobras está ligado às falas do ex-presidente Lula, de que, ao invés de distribuir proventos aos acionistas, deveria investir em refinarias.
Mercado ainda repercute as posturas do Fed
Sobre o Fed, o mercado adota posição de cautela porque há mais dúvidas do que certezas em relação às medidas que serão adotadas pela autoridade monetária americana. Segundo analistas, as últimas decisões não passaram uma ideia mais clara aos mercados de como deve ser configurada a política monetária americana daqui para frente.
Houve a indicação da aceleração do processo de retirada de estímulos, que viria seguido do início da elevação das taxas de juros, mas sem a sinalização de quantos aumentos estariam previstos para o ano. Os especialistas que apostam em um tom mais agressivo na postura do Fed acreditam em até cinco altas no ano.
O mercado global repercute também os números do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que apontou alta de 0,4% em dezembro na base de comparação mensal, segundo dados do Departamento do Comércio. Na comparação anual, a alta foi de 6,5%.
Principais índices/bolsas americanas
- S&P 500: + 1,03%
- Dow Jones: + 0,30%
- Nasdaq 100: + 1,88% (dados atualizados às 14h46)
Inflação também repercute no cenário interno
No ambiente local, os investidores também têm a inflação no centro de suas atenções - além das expectativas com a nova alta da Selic na semana que vem – que mostra um movimento de aceleração. Segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel avançou 1,82% em janeiro após alta de 0,87% em dezembro
O resultado ficou abaixo da mediana dos analistas, que indicava variação positiva de 2%, em um intervalo de 0,80% a 2,34%. No acumulado de 12 meses, houe queda de 17,78% para 16,91%, também abaixo da mediana do mercado de 17,10%.
De acordo com a FGV, boa parte dessa alta decorreu do aumento de 18,26% no minério de ferro, além de avanços nos preços de bens de investimentos.
Ao longo da manhã, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego ficou em 11,6% no trimestre até novembro, atingindo as expectativas do mercado, que apostavam exatamente nessa porcentagem para o resultado. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) promovida pelo instituto.
Juros futuros
Os juros futuros operam em baixa, em meio à notícia de que o presidente Jair Bolsonaro teria vetado a PEC dos Combustíveis, para redução dos preços, em reunião com ministros.
Por volta das 14h40, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 marcava 11,17%, de 11,27% na abertura. O DI para janeiro de 2025 exibia 11,17%, de 11,35%, e o para janeiro de 2023 estava em 12,16%, de 12,27%.
Sobe e desce da Bolsa nesta sexta-feira
As maiores altas
Braskem (BRKM5) | + 8,34% |
Cielo (CIEL3) | + 4,65% |
Raia Drogasil (RADL3) | + 1,92% |
JBS (JBSS3) | +1,53% |
Eletrobras (ELET6) | + 1,23% |
As maiores baixas
Magazine Luiza (MGLU3) | - 5,96% |
Americanas (AMER3) | - 5,05% |
Méliuz (CASH3) | - 4,41% |
Rumo (RAIL3) | - 4,86% |
Alpargatas (ALPA4) | -4,87% |
Exterior
Europa: bolsas fecham em forte queda
As bolsas no continente europeu fecharam em forte queda nesta sexta-feira, com os investidores repercutindo os novos dados econômicos do bloco e de alguns países divulgados durante a manhã que mostram, na média geral, sinais de uma desaceleração econômica na região.
Segundo a Comissão Europeia, o índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, caiu de 113,8 pontos em dezembro para 112,7 pontos em janeiro, atingindo o menor nível em nove meses em meio ao aumento de casos de infecção pela covid-19 com a disseminação da variante ômicron.
O resultado deste mês ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam o indicador a 114 pontos. O dado de dezembro foi revisado para baixo, de 115,3 pontos originalmente.
O Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee) reportou que o Produto Interno Bruto (PIB) da França cresceu 0,7% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre, segundo dados preliminares.
A alta representa uma desaceleração ante a expansão de 3,1% registrada no terceiro trimestre. O número do último trimestre, porém, veio acima da previsão de analistas, que esperavam crescimento de 0,5% no período. Na comparação anual, o PIB francês teve avanço de 5,4% entre outubro e dezembro, informou o Insee. Ao longo de 2021, a economia francesa teve crescimento de 7,0%, após encolher 8,0% em 2020.
Na comparação anual, o PIB francês teve avanço de 5,4% entre outubro e dezembro, informou o Insee. Ao longo de 2021, a economia francesa teve crescimento de 7,0%, após encolher 8,0% em 2020.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha encolheu 0,7% no quarto trimestre ante o terceiro trimestre de 2021, de acordo com dados preliminares divulgados pela Destatis, a agência alemã de estatísticas. O resultado ficou abaixo da projeção dos analistas, que previam queda de 0,5% no período. Por outro lado, o PIB alemão teve expansão de 1,4% na comparação anual do quarto trimestre.
A Destatis também revisou levemente para cima a alta do PIB da Alemanha em 2021, de 2,7% para 2,8%. Dados finais do quarto trimestre estão previstos para serem divulgados no dia 25 de fevereiro.
Já na Espanha, o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha cresceu 2% no quarto trimestre ante o terceiro trimestre de 2021, segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Na comparação anual, o PIB espanhol teve expansão de 5,2% entre outubro e dezembro. No fechamento de 2021, a economia da Espanha cresceu 7,2%, considerando-se o PIB a preços correntes, e teve alta de 5% em termos de volume, informou o INE.
Bolsas europeias/encerramento do pregão
- Stoxx 600 (Europa): - 1,02% (465,54 pontos)
- FTSE 100 (Londres): - 1,17% (7.466 pontos)
- DAX (Frankfurt): - 1,32% (15.318 pontos)
- CAC 40 (Paris): - 0,82% (6.965 pontos)
Bolsas asiáticas fecham mistas no último dia da semana
As bolsas asiáticas encerraram os negócios desta sexta-feira, sem direção única, um dia após uma sessão volátil em Wall Street e antes do feriado do ano-novo chinês. Na semana que vem, os mercados chineses não irão operar devido às comemorações do chamado ano-novo lunar.
Em Taiwan, a bolsa local não operou hoje e seguirá fechada ao longo da próxima semana. Feriados também irão manter os mercados de Hong Kong e da Coreia do Sul inativos durante parte da próxima semana. / com Tom Morooka e Agência Estado
Fechamento/bolsas asiáticas
- Nikkei (Tóquio): + 2,09% (26.717pontos)
- Kospi (Seul): + 1,87% (2.663 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): - 1,08% (23.550 pontos)
- Xangai Composto (China continental): - 0,97% (3.361 pontos)
- Shenzhen Composto (China continental) - 0,04% (2.262 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydnei): + 2,19% (6.988 pontos)