Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta segunda-feira, 27 de dezembro
Investidores repercutem novos números econômicos para os próximos anos e acompanham as notícias da nova variante do coronavírus
Abrindo a última semana de 2021, a Bolsa iniciou suas atividades em alta nesta segunda-feira, 27, com o volume de negócios reduzido por conta dos feriados de fim de ano. Os investidores repercutem as projeções feitas pelos economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do País para 2021, 2022 e 2023, que apontam uma inflação mais branda e PIB mais fraco.
Além disso, seguem na pauta ainda as preocupações com o avanço da variante ômicron pelo mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. Por lá, os mercados operam no terreno positivo. Às 15h03, o Ibovespa subia 0,58%, aos 105.495 pontos. O dólar caía 0,39%, cotado a R$ 5,641.
Durante a manhã, o Banco Central divulgou a última edição do ano do Boletim Focus, na qual os economistas reajustaram para baixo, pela terceira vez consecutiva, as projeções para a inflação em 2021. De 10,04% caíram para 10,02%.
Em relação ao próximo ano, as estimativas do indicador foram mantidas em 5,03% e caíram de 3,40% para 3,38% em 2023. Segundo analistas, as expectativas apontam que a inflação não deve atingir o centro da meta no próximo ano, de 3,5%, e há um risco de que isso também não aconteça no ano seguinte.
Segundo o Focus, os economistas seguem firmes na premissa de que o País deve crescer menos nos próximos anos. As projeções para o PIB recuaram de 4,58% para 4,51% em 2021. Para 2022, de 0,50% para 0,42%. E para o ano seguinte, de 1,85% para 1,80%.
Já a Selic, taxa básica de juros, ficou estacionada no patamar de 11,50% para o próximo ano e em 8,00% para 2023. Embora o Banco Central já tenha adiantado que calibrará mais um aumento de 1,50 ponto porcentual na Selic, que está em 9,25% ao ano, na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de 2022, em fevereiro, especialistas torcem por uma posição mais branda da autoridade monetária na avaliação do cenário de inflação no novo ano.
IGP-M no radar
Os economistas esperam ainda um IGP-M na casa dos 17,47% para 2021 – as estimativas não foram alteradas, de acordo com o documento do BC. O indicador, considerado a inflação do aluguel, atrai interesse porque é visto como o índice que mede a variação de preços no atacado que podem chegar aos preços ao consumidor. O índice de dezembro será conhecido ainda nesta semana.
Juros futuros
Os juros futuros começaram o dia praticamente estáveis, mas passaram a subir levemente, acompanhando o avanço do dólar ante o real e algumas moedas emergentes, como a lira turca e o peso mexicano, num dia de agenda local esvaziada.
A escalada dos casos de ômicron na Europa ampara o menor apetite por risco e fortalece o dólar. Por volta das 12h30, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 caía a 10,54%, de 10,53% na abertura.
O DI para janeiro de 2025 marcava 10,61%, de 10,57%, e o para janeiro de 2023 exibia taxa de 11,64%, de 11,59% na abertura.
Sobe e desce da Bolsa
As maiores altas
Magazine Luiza (MGLU3) | + 6,29% |
Via (VIIA3) | + 5,56% |
PetroRio (PRIO3) | + 3,76% |
Americanas (AMER3) | + 3,58% |
Lojas Americanas (LAME4) | + 3,44% |
As maiores baixas
Locaweb (LWSA3) | - 3,41% |
Banco Pan (BPAN4) | - 2,76% |
Assaí (ASAI3) | - 2,84% |
Azul (AZUL4) | - 2,08% |
Marfrig (MRFG3) | - 2,11% |
Exterior
Nova York e Europa
No mercado internacional, os futuros em Nova York operam no positivo, assim como as bolsas europeias, tendo o avanço da variante ômicron no radar, principalmente nos Estados Unidos e Europa.
Nos EUA, o volume de infecções diárias causadas pela nova cepa ultrapassaram o da variante delta, de acordo com a CNN. As companhias aéreas do país interromperam mais de 2.800 voos no fim de semana do feriado por causa da falta de pessoal, cuja ausência está ligada ao aumento dos casos.
No domingo, 26, o principal conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci, alertou para o risco de que a nova cepa do vírus sobrecarregue os hospitais, mesmo que cause casos mais leves da doença.
Bolsas americanas/principais índices (27.12)
- S&P 500: + 1,12%
- Dow Jones: +0,65%
- Nasdaq 100: + 1,44% (dados atualizados às 15h22)
Fechamento/bolsas europeias (27.12)
- Stoxx 600 (Europa): + 0,55%
- DAX (Frankfurt): + 0,55%
- CAC 40 (Paris): + 0,76%
- PSI 20 (Lisboa): + 0,43%
- Ibex 35 (Madrid): + 0,68%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, em meio às persistentes incertezas em relação à disseminação da variante ômicron. Os mercados em Hong Kong e na Austrália ficaram fechados por conta do feriado de Natal, o que reduziu a liquidez na região e da Oceania.
Em meio a esse cenário, o índice Nikkei, referência em Tóquio, encerrou a sessão em queda. Segundo a emissora NHK, o Japão já registrou casos da nova cepa.
Na Coreia do Sul, a ação da aérea Korean Airlines cedeu 1,37%, depois que o governo de Hong Kong ordenou a suspensão de voos vindos de cidades sul-coreanas por duas semanas, para conter a covid-19.
No último sábado, 25, o Banco do Povo da China (PBoC) concluiu reunião trimestral na qual se comprometeu a aumentar o apoio à economia real e afirmou que planeja promover o desenvolvimento "saudável" do mercado imobiliário local, que enfrenta grave crise de liquidez. / com Tom Morooka e Agência Estado
Bolsas asiáticas/fechamento (27.12)
- Nikkei (Tóquio): - 0,73% (28.676 pontos)
- Kospi (Coreia do Sul): - 0,43% (2.999 pontos)
- Xangai (China continental): - 0,06% (3.615 pontos)
- Taiex (Taiwan): + 0,49% (18.048 pontos)