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Mercado Financeiro

Bolsa fecha em queda de 0,80% no último pregão de agosto, com Vale, siderúrgicas e Petrobras; dólar cai a R$ 5,156

Investidores acompanham os desdobramentos dos cenários fiscal e político do País

Data de publicação:31/08/2021 às 10:56 -
Atualizado 3 anos atrás
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A Bolsa fechou em queda de 0,80% nesta terça-feira, 31, aos 118.781,03 pontos, puxada, principalmente, pela desvalorização das ações da Vale, siderúrgicas e Petrobras. O mercado também teve o impacto negativo do exterior e os investidores seguiram acompanhando os novos capítulos de crise política e riscos fiscais do País.

Em relação ao último pregão do mês passado, a B3 contabilizou uma queda de 2,48%. O desempenho do Ibovespa neste mês foi bastante afetado por muitos fatores: dos ruídos políticos internos, alta da inflação e perspectivas de risco fiscal internamente, até a preocupação pelo avanço da variante delta de covid-19 pelo mundo, além de queda no preço do minério de ferro e expectativas em relação às decisões de política monetária nos EUA.

Foto: B3
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

As ações das empresas de commodities fecharam no vermelho. Com a queda de mais de 5% no preço do minério de ferro na China, Vale, Usiminas, CSN e Gerdau caíram 1,37%, 0,80%, 4,99% e 1,29%, respectivamente

Os papéis da Petrobras e PetroRio também registraram perdas, de 3,92% e 0,67%, na sequência.

Após o pregão anterior em baixa, por conta da notícia da saída do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal da Febraban, os bancões viveram um dia de ganhos na B3. As ações do Itaú, Bradesco e Santander apontaram alta de 1,31%, 0,56% e 1,57%.

Após apresentar proposta para a compra do grupo HB Saúde, as ações da SulAmérica caíram 0,91%.

Já os papéis da Alliar despencaram 16,98%, com a sinalização da Rede D'Or sobre a desistência de fazer um oferta pública de aquisição (OPA) da totalidade de ações de emissão da rede de exames por imagem.

A rede carioca de hospitais, por sua vez, viu suas ações caírem 6,11%, após um leilão, nesta manhã, de um bloco de 30 milhões de suas ações na B3. 

Orçamento, precatórios e desemprego

Os cenários político e fiscal do País seguiram no radar do mercado no último pregão do mês, com os investidores atentos à divulgação do parecer da reforma administrativa e à entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022 ao Congresso.

Os precatórios também voltaram à cena e foram tema de encontro entre o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego no segundo trimestre foi de 14,1%, com queda de 0,6% ante os primeiros três meses do ano (14,7%). Sobre o mesmo período de 2020, houve alta de 13,3%.

O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, que apostavam em uma taxa de 14,4% no período.

No total, segundo o IBGE, o Brasil somou 14,4 milhões de pessoas desempregadas, montante estável ante o trimestre terminado em março de 2021 - 14,8 milhões de pessoas - e aumentou 12,9% (mais 1,7 milhões de brasileiros) ante a mesma base comparativa de 2020.

Dólar em queda

O dólar fechou em baixa nesta terça-feira, com a disputa técnica em torno da taxa Ptax do fim de agosto. A moeda americana à vista reportou recuo de 0,53% no mercado local, cotada a R$ 5,156, o nível mais baixo desde o dia 28 de julho, quando a cotação ficou em R$ 5,116.

Os ajustes foram influenciados pelo dólar fraco no exterior e ganharam tração com ajuda dos investidores vendidos - apostaram na queda das cotações - em contratos cambiais, enfatizou um operador de câmbio.

Em um mês marcado pela volatilidade, o comportamento da moeda americana frente ao real variou muito ao longo das semanas, chegando a fechar na casa dos R$ 5,29 em 17 de agosto. No entanto, em relação ao último pregão de julho, o dólar caiu 1,07%.

Poderes e crise hídrica

No lado político, o embate entre os Poderes pelos ataques do presidente Bolsonaro, principalmente aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) está sendo acompanhado pelo mercado.

Uma batalha que tende a ficar mais acirrada à medida que se aproxima o dia 7 de setembro, quando estão previstas manifestações de apoio ao presidente, como parte da comemoração da data da Independência.

Outro ponto de atenção que preocupa é a crise hídrica, especialmente pelo aumento de custo da energia elétrica, que provoca efeitos nocivos sobre a inflação, já bastante pressionada.

A estimativa de economistas do mercado financeiro para a inflação deste ano passou por novo ajuste no boletim Focus divulgado pelo Banco Central no dia anterior - passou de 7,11%, da semana anterior, para 7,27%.

Previsão de inflação mais elevada gera expectativa de taxa de juros também mais alta, o que costuma inibir o crescimento da economia, que já tem andado em marcha lenta.

Reunião com governadores

Uma semana após terem oficializado um pedido de reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com outros chefes de Poderes, os governadores não receberam qualquer resposta do chefe do Executivo até o momento.

Preocupado com a instabilidade política no País e com seus efeitos sobre a economia, o Fórum de Governadores se reuniu em Brasília, no início da semana passada, na tentativa de encontrar um caminho para diminuir a temperatura política. Para evitar maiores atritos com Bolsonaro, foi proposto o convite para uma reunião.

A ideia foi ignorada até agora pelo presidente por sugestão de seus principais aliados, que veem no movimento uma pressão contra o governo.

Mesmo assim, os governadores já marcaram uma conversa com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que comanda o Congresso, para a próxima quinta-feira, 2. Existe a possibilidade de que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também confirme presença no encontro.

CPI da Covid: requerimentos

Em uma reviravolta na agenda, a Comissão Paramentar de Inquérito (CPI) da Covid se reuniu nesta terça-feira para votar requerimentos, segundo Omar Aziz, presidente da comissão.

O depoimento do motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, antes agendado para hoje, foi cancelado após o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder a ele o direito de não comparecer à oitiva ou permanecer calado.

A cúpula da CPI tentava até há pouco, no lugar de Ivanildo Gonçalves da Silva, ouvir a diretora-presidente da VTCLog, Andréia Lima, mas ela não confirmou presença.

Antes do início da sessão, o relator da comissão afirmou que a lista de investigados pela CPI da Covid deve ser "atualizada" ainda hoje. O senador não indicou quantos nem quais nomes devem ser incluídos.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em posse da CPI apontam movimentações milionárias, com dinheiro em espécie, por parte da VTClog.

Contratada em 2018, durante a gestão do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, à frente do Ministério da Saúde, a empresa é responsável por fazer a logística de medicamentos e vacinas para a pasta.

NY: bolsas em queda

Nos Estados Unidos, os contratos negociados nas bolsas de Nova York fecharam em queda, com os investidores em compasso de espera sobre o anúncio do payroll de agosto, na próxima sexta-feira, 3, atentos ao avanço da variante delta da covid-19, bem como à manutenção da atual política de apoio do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

Tanto o índice S&P 500 quanto Dow Jones registraram recuo sensível de 0,11%. Enquanto isso, Nasdaq 100 caiu 0,14%.

O declínio nos rendimentos do Tesouro americano, a partir de sua máxima verificada em março, segundo Filipe Teixeira, sócio da Wisir Research, pode refletir parcialmente as preocupações de uma recuperação mais lenta à frente, em face especialmente dos riscos trazidos por novas variantes da covid-19.

O Danske Bank aponta que Powell deu aos investidores um pouco mais de tempo para aproveitar um cenário de estímulo aos ativos de risco.

"Os ganhos foram amplos, mas os investidores tiveram uma preferência clara por ações cíclicas e de pequena capitalização", aponta o banco dinamarquês, que em relatório descreve que foi "interessante ver o efeito do discurso nos mercados, e nem é preciso dizer que o Fed e Powell terão um impacto enorme nas ações no segundo semestre".

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, após novos recordes em Wall Street e apesar de sinais de desaceleração da atividade manufatureira na China e de temores com o avanço da covid-19 no Japão.

O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,08% em Tóquio, aos 28.089,54 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 1,33% em Hong Kong, aos 25.878,99 pontos.

O sul-coreano Kospi se valorizou 1,75% em Seul, aos 3.199,27 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,54% em Taiwan, aos 17.490,29 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,45%, aos 3.543,94 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,46%, aos 2.429,86 pontos.

Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) oficial da indústria caiu mais do que o esperado em agosto, para 50,1, mostrando que a manufatura cresce apenas marginalmente, enquanto o PMI de serviços diminuiu para 47,5 neste mês, com a leitura abaixo de 50 indicando que o setor voltou a se contrair.

Outro fator negativo é a disseminação da covid-19 no Japão, onde a campanha de vacinação sofreu um revés após a aplicação do imunizante da Moderna ser suspensa no país.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul nesta terça, impulsionada por ações de tecnologia e consumo. O S&P/ASX 200 avançou 0,41% em Sydney, aos 7.534,90 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

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