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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa fecha em alta de 0,80% com bancos e Petrobras; dólar cai a R$ 5,17

Investidores seguem com cautela por conta das manifestações que acontecem no feriado de 7 de setembro

Data de publicação:06/09/2021 às 11:00 -
Atualizado um ano atrás
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Após alguma volatilidade no começo do dia, refletindo a cautela dos investidores com as manifestações políticas marcadas para amanhã, feriado do Dia da Independência, a Bolsa brasileira fechou em alta de 0,80%, aos 117.868,63 pontos, puxada, principalmente, pelos bancos e pela Petrobras. O volume de negócios ao longo do dia ficou bastante abaixo da média, destacam os especialistas, por conta do feriado de Dia do Trabalho nos Estados Unidos.

O dólar, que pela manhã chegou a oscilar em um range de R$ 5,21 a R$ 5,15, reforçou o ritmo de queda e, fechou o pregão com recuo de 0,36%, cotado a R$ 5,17.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

De acordo com a analista da Rico Investimentos, Paula Zogbi, a alta de hoje não pode ser vista como um diagnóstico positivo para o mercado, tendo em consideração que o Ibovespa derreteu mais de 3% na semana passada.

Sobe e desce da B3

Os sinais de manutenção de estímulos nos Estados Unidos e de novas ações para impulsionar a economia do Japão e da China permitiram ao Ibovespa registrar alta no pregão desta segunda-feira, 06.

Contudo, o mercado ainda se mantém apreensivo em relação ao feriado de 7 de Setembro amanhã no Brasil, quando estão programados manifestos a favor e contrários ao presidente Jair Bolsonaro.

O temor é que a relação entre os Poderes fique ainda mais conturbada, dependendo do tom que os protestos tomarem, dificultando a agenda de reformas e comprometendo a parte fiscal.

Refletindo a queda de cerca de 6% no preço do minério de ferro na China, a Vale - que responde por cerca de 14% da cesta de ativos do Ibovespa - caiu 2,09%, segurando um avanço mais forte da Bolsa no pregão. A CSN colheu perdas de 2,21%.

Já a Usiminas e a Gerdau, que também iniciaram o dia no vermelho, inverteram o sinal e registraram valorização de 1,72% e 1,50%.

As petroleiras viveram um dia de alta em seus ativos. A Petrobras, que também tem um peso significativo de 9,2% no principal índice da B3, avançou 0,34%. Já as ações da PetroRio subiram 2,04%.

Os bancões Itaú, Bradesco e Santander reportaram valorização de 1,18%, 0,86% e 0,28%, nesta ordem.

Apesar da notícia de que o Ministério da Agricultura suspendeu a exportação de carnes brasileiras para a China por conta de casos de "vaca louca" no gado, as ações da Marfrig, Minerva e JBS fecharam o dia no azul, com altas de 2,91%, 7,19% e 2,60%, na sequência.

Manifestações de 7 de setembro

A movimentação nos mercados segue reduzida, além da cautela e do exterior, porque muitas pessoas estão viajando. Porém, o que mais pesa para o mercado são as manifestações programas para amanhã, em todo o País, que devem dividir os participantes em dois grupos, um de apoio ao presidente Bolsonaro e outro contra.

A tensão política vem aumentando a cada dia, com novas falas do presidente, em tom de ameaça, contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na sexta-feira, 3, Bolsonaro declarou que ele e seus apoiadores “mostrarão o que fazer a quem quiser jogar fora das quatro linhas da Constituição”. E acrescentou que o 7 de setembro servirá de “um ultimato para duas pessoas que precisam entender seu lugar”.

Embora não tenha dito nomes, presume-se que o recado tenha sido dirigido aos ministros do STF, Alexandre Moraes e Luís Roberto Barroso, dois desafetos do presidente.

No sábado, 4, ao participar de um evento, Bolsonaro convidou os ministros para marcar presença junto com ele durante as manifestações. “Qualquer ministro meu, qualquer um deles, ou todos eles, estão convidados a participar comigo desses eventos”, afirmou.

Além disso, o presidente defendeu a participação de policiais militares nos atos. "Hoje você vê alguns governadores ameaçando expulsar policiais militares que porventura estejam de folga no dia 7 e compareçam para festejar o 7 de setembro. Se nós falarmos 'eu não sou policial militar, não tenho nada a ver com isso', aguarde que sua hora vai chegar".

Para especialistas, são declarações que indicam que a temperatura política aumentou nestes dias que antecedem o feriado, o que acirra a preocupação com possíveis confrontos entre as alas pró e contra o presidente durante os atos de manifestação.

Em paralelo, os governadores de vários Estados, como Distrito Federal, Espírito Santo, São Paulo e Ceará, estão montando esquemas para tentar afastar dos atos os PMs e diminuir o risco de conflitos no dia da Independência. Promoções, mobilização de efetivos que estariam de folga e o planejamento de operações para controlar a disciplina da tropa estão entre as medidas adotadas nos últimos dias.

Projeções econômicas

Durante a manhã, o Banco Central divulgou a edição semanal do Boletim Focus, que traz as estimativas dos economistas do mercados sobre os principais índices econômicos.

Seguindo o movimento de adotar um viés altista a cada relatório, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do País, para 2021 subiram de 7,27%, na última semana, para 7,58%. Para o ano seguinte, as estimativas da inflação também seguem sendo ajustadas: de 3,95% avançou para 3,98%.

A Selic, considerada a taxa básica de juros, também se mantém com suas estimativas em trajetória ascendente para este ano. De 7,50%, na semana anterior, foram elevadas para 7,63%. E de 7,50% para 7,75% para 2022.

Já as projeções para Produto Interno Bruto (PIB) para 2021 estão sendo ajustadas para baixo. De 5,22%, caíram para 5,15%. E para 2022, o crescimento do País também deve ser menor, segundo os economistas que participaram do Focus. De 2,00% foi reduzido para 1,93%.

STF e os precatórios

Além da tensão sobre as manifestações do feriado de 7 de setembro, os investidores seguem acompanhando o cenário fiscal do País. Após uma nova ameaça do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), acabou a boa vontade do Judiciário para ajudar o governo a encontrar uma solução para o gasto de R$ 89 bilhões com o pagamento dos precatórios no Orçamento de 2022.

Uma solução estava sendo costurada pelo presidente do STF, Luiz Fux, e pelo vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, via Conselho Nacional de Justiça (STJ), sem a necessidade de aprovação de uma Proposta de Emenda à Constitucional (PEC).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que vem reclamando do aumento nos gastos com esses pagamentos, batizado por ele de "meteoro", participou das tratativas, que envolveram ainda os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progresistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RJ). Guedes chegou a falar que esta seria uma solução "mais efetiva, mais rápida e, inclusive, mais adequada juridicamente".

Fux disse que as conversas eram embrionárias, mas havia a expectativa de que pudessem avançar depois do feriado e do resultado das manifestações. Mas, depois da fala de Bolsonaro de que o 07 de setembro será "ultimato" a dois ministros do STF, uma fonte a par das negociações afirmou sob a condição de anonimato, que "não precisa nem esperar" o feriado.

O humor azedou com as declarações do presidente e que dificilmente haverá clima para uma futura negociação, já que não faz sentido ajudar Bolsonaro a encontrar espaço no Orçamento para suas promessas eleitorais, sendo que ele continua "rosnando" contra as instituições.

A solução "Fux-Dantas" ajudaria, na prática, o presidente a ter mais espaço no Orçamento para fazer uma nova proposta para um Bolsa Família turbinado.

Uma fonte ouvida pela reportagem do jornal O Estado de S.Paulo recomendou que o presidente tente aprovar no Congresso a PEC de parcelamento dos precatórios em até dez anos - proposta criticada dentro e fora do governo como calote e pedalada.

Mesmo assim, alerta que, se aprovada a PEC, poderá enfrentar judicialização no STF. A solução dos precatórios via CNJ também é polêmica e vinha recebendo críticas, a ponto de ser chamada de uma "pedalada judicial".

NY: futuros em leve alta

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York têm os contratos futuros operando em leve alta, à medida que os investidores vão digerindo os dados abaixo do esperado sobre a folha de pagamento do país e aumentos salariais mais rápidos que o projetado. Os mercados locais estão fechados nesta segunda-feira para o feriado do Dia do Trabalho.

Os índices futuros do S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 subiram 0,22%, 0,22% e 0,32%, respectivamente.

Na última sexta-feira, 3, o Departamento do Trabalho divulgou o payroll de agosto, que veio abaixo do esperado. Na avaliação de analistas, o resultado deve fazer com o que o Fed aguarde mais algum tempo antes de anunciar uma freada nos estímulos.

A Capital Economics afirma que o resultado tira qualquer possibilidade de anúncio da redução dos estímulos após a reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed e, "se a fraqueza persistir, a decisão pode ser adiada para o ano que vem".

O crescimento do emprego está moderando, mas Wall Street ainda acredita que este é um mercado de trabalho forte, aponta Edward Moya, analista da Oanda.

Entre os entraves apontados ao crescimento econômico está a inflação, que segundo ele continuará alta, e uma aprovação instável para o plano de gastos de US$ 3,5 trilhões dos democratas.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, 6, à medida que dados fracos do mercado de trabalho dos EUA alimentaram esperanças de que o Fed manterá suas agressivas medidas de estímulo por mais tempo do que se previa.

Em Tóquio, o índice acionário Nikkei teve seu segundo pregão seguido de forte desempenho, com ganho de 1,83%, aos 29.659,89 pontos, favorecido também pelo anúncio na semana passada de que o impopular primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, deixará o cargo até o fim do mês.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 1,01% em Hong Kong, aos 26.163,63 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve ligeira alta de 0,07% em Seul, aos 3.203,33 pontos.

Na China continental, os mercados foram impulsionados também por especulação de que Pequim possa ampliar incentivos monetários e fiscais, diante de indícios de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O Xangai Composto avançou 1,12%, aos 3.621,86 pontos, atingindo o maior nível em mais de três meses, e o menos abrangente Shenzhen Composto se valorizou 2,03%, aos 2.463,36 pontos.

Exceção na região, o Taiex apresentou leve perda de 0,12% em Taiwan, aos 17.495,30 pontos.

Nesta segunda-feira, o feriado do Dia do Trabalho nos EUA, que manterá os mercados do país fechados, comprometeu a liquidez na Ásia e faz o mesmo em outras partes do mundo.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou em alta marginal, ao reverter perdas na última meia hora do pregão em Sydney. O S&P/ASX 200 subiu 0,07%, aos 7.528,50 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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