Focus: inflação sobe de 7,27% para 7,58% para 2021; e Selic, de 7,50% para 7,63%
Economistas seguem apostando em um IPCA e Selic mais parrudos para 2021
A inflação para 2021 deve ser maior, segundo projeções dos economistas do mercado divulgadas no Boletim Focus desta segunda-feira, 6. As estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o período subiram de 7,27%, na última semana, para 7,58%. Há um mês era de 6,88%.
As projeções seguem se mantendo cada vez mais distantes da meta estipulada pelo Banco Central de 3,25%, com margem de 1,5% para frente ou para trás. Para o ano seguinte, os especialistas também adotaram um viés altista. De 3,95%, nos últimos sete dias, aumentou para 3,98%. E se manteve em 3,25% para 2023.
A expectativas sobre Selic, considerada a taxa básica de juros do País, para 2021 também se mantém sendo ajustadas para cima. Segundo o Focus, de 7,50% foi elevada para 7,63%. Há quatro semanas a aposta era de 7,25%.
O mesmo viés altista foi adotado pelos economistas para estimar a taxa de juros de 2022. De acordo com o boletim do Banco Central, aumentou de 7,50% para 7,75%. E ficou estável em 6,50%.
Após uma sequência de altas, as expectativas sobre o Produto Interno Bruto engataram uma visão negativa. De 5,22%, na semana anterior, os economistas reduziram o índice para 5,15%, contra 5,30% no mês.
Para 2022, as apostas dos especialistas que participaram do levantamento do BC desta semana também baixaram para o PIB. De 2,00%, no boletim anterior, caiu para 1,93%, ante 2,05% nas últimas quatro semanas.
No ano seguinte, o índice também deve ser menor, segundo o Focus. De 2,50%, nos últimos sete dias, as estimativas foram reduzidas para 2,35%.
Seguindo os números da semana anterior, o câmbio permanece subindo para este ano. De R$ 5,15, na semana anterior, foi ajustado para R$ 5,17, contra R$ 5,10 nos últimos 30 dias.
Para o ano seguinte, o índice ficou no patamar de R$ 5,20 e para 2023, subiu de R$ 5,05, nos últimos sete dias, para R$ 5,07.
IPCA 5 dias e IGP-M
O IPCA 5 dias úteis de 2021, segundo o Focus, aumentou de 7,46% para 7,76%, ante 6,94% em quatro semanas. Em 2022, o índice também deve ser mais alto. De 3,92%, nos últimos sete dias, subiu para 3,98%, e ficou estável em 3,25% para 2023.
Já o Índice Geral de Preços – Médio (IGP-M), considerado a inflação do aluguel seguiu o caminho contrário nas projeções dos economistas para 2021. De 19,65%, na última semana, recuou para 19,31%.
No entanto, os especialistas acreditam que o índice deve ser mais elevado no ano seguinte. De 4,91%, nos últimos sete dias, aumentou para 5,00%. E ficou em 4,00% para 2022.