Focus: estimativas para a inflação neste ano sobem de 10,15% para 10,18%; PIB cai de 4,78% para 4,71%
Já as projeções da Selic para este ano foram mantidas em 9,25%, segundo o documento do BC
O horizonte projetado pelos economistas do mercado segue direcionado para uma inflação cada vez mais forte nos próximos anos. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 6, as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano subiram de 10,15% para 10,18%, ante 9,33% há um mês.
Em relação ao próximo ano, o indicador deve ultrapassar a meta da autoridade monetária de manter a inflação em 3,25%, com 1,5% para frente ou para trás. De 5,00%, no boletim anterior, as expectativas para o índice subiram levemente para 5,02%. E de 3,42% para 3,50% em 2023.
Os especialistas mantiveram suas previsões para a Selic, taxa básica de juros do País, em 9,25% para 2021 e em 11,25% para 2022. No entanto, para 2023, ajustaram as suas estimativas de 7,75%, nos últimos sete dias, para 8,00%.
Sobre o crescimento do País, a visão do mercado segue voltada para o arrefecimento das atividades. De 4,78%, no boletim anterior, as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) recuaram para 4,71%.
Segundo o Focus, o mesmo movimento foi adotado para as projeções do índice para 2022: de 0,58%, caíram para 0,51%. E de 2% para 1,95% em 2023.
Dólar e inflação do aluguel
Após se manter estável no documento anterior, as projeções para o câmbio feita pelos economistas voltaram a ser ajustadas para cima. De R$ 5,50, nas últimas semanas, subiram para R$ 5,56. O mesmo movimento foi feito para as expectativas de 2022: de R$ 5,50, foram elevadas para R$ 5,55. E de R$ 5,30 para R$ 5,40 para o ano seguinte.
Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) segue desacelerando para este ano. De acordo com as previsões dos economistas, sofreu variação negativa: de 18,08% para 17,07%. Já sobre 2022, o viés de ajuste foi de alta: de 5,38% subiu para 5,40% e foi mantido em 4,00% para o ano subsequente.