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Mercado Financeiro

Empresas listadas na bolsa: conheça o setor de saúde

Nos últimos anos, um dos setores mais comentados da bolsa de valores é o de saúde. Com o aumento da expectativa de vida populacional, as empresas…

Data de publicação:10/07/2021 às 06:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Nos últimos anos, um dos setores mais comentados da bolsa de valores é o de saúde. Com o aumento da expectativa de vida populacional, as empresas desse segmento ganham notoriedade e destaque, além da natural evolução tecnológica dos recursos. 

Se essa já era uma tendência verificada no comportamento dos investimentos, a pandemia enfrentada pelo mundo no ano de 2020 trouxe ainda maior relevância para as companhias de saúde.

Neste artigo, temos o objetivo de apresentá-lo ao segmento, assim como as empresas de saúde listadas na B3 nas quais você pode investir caso acredite na tese de crescimento da importância do grupo ao longo dos próximos anos.

O que é o setor de saúde da bolsa de valores?

Quando pensamos no setor de saúde, é natural que a primeira imagem seja dos hospitais. No entanto, esse é apenas um dos tipos de empresas que encontramos na bolsa no segmento.

Além do atendimento ao paciente em si, temos atividades como o desenvolvimento de medicamentos, algo que acontece em companhias farmacêuticas. Ou então a realização de exames e diagnósticos. De certa forma, podemos até mencionar as seguradoras e seus respectivos planos de saúde — algumas delas, tecnicamente, são consideradas do ramo financeiro.

Portanto, mesmo dentro do grupo de saúde, as características e condições de cada negócio podem variar. Contudo, elas possuem algo em comum: a importância para a vida do seu consumidor.

Quais são as empresas do setor de saúde?

Uma vez que existem diversos formatos de atuação entre as empresas de saúde, é essencial que o investidor conheça essas variações, bem como as características que podem ajudar na elaboração de uma carteira de investimentos balanceada.

A seguir, listamos as principais empresas de saúde que estão listadas atualmente na nossa bolsa de valores.

Comércio e distribuição

Abrindo a nossa lista, o setor de comércio e distribuição reúne as empresas farmacêuticas. Elas são responsáveis por criar e comercializar os medicamentos para a nossa população.

Esse grupo de empresas acaba sendo mais popular justamente pela sua conexão com o público geral. Afinal, todos nós frequentamos farmácias ocasionalmente para comprar remédios ou mesmo produtos de higiene.

Empresas do setor de comércio e distribuição:

  • Biomm (BIOM3)
  • Blau Farmacêutica (BLAU3)
  • D1000 (DMVF3)
  • Grupo Dimed (PNVL3)
  • Pague Menos (PGMN3)
  • Hypera (HYPE3)
  • Nortec Química (NRTQ3)
  • Ouro Fino (OFSA3)
  • Profarma (PFRM3)
  • Raia Drogasil (RADL3)

Diagnósticos e hospitais

Outro grupo de companhias que formam o setor de saúde está nas empresas focadas no atendimento aos pacientes. Aqui estão tanto os tradicionais hospitais, como também clínicas de serviços diagnósticos.

Você terá também algumas empresas que atuam com plano de saúde categorizadas aqui. No entanto, se houver outras linhas de seguros, como é o caso da Sul América ou da Porto Seguro, a companhia passa a ser considerada como uma organização financeira.

Empresas do setor de diagnóstico e hospitais:

  • Alliar Medicina Diagnóstica (AALR3)
  • Dasa (DASA3)
  • Fleury (FLRY3)
  • Hapvida (HAPV3)
  • Hospital Mater Dei (MATD3)
  • Instituto Hermes Pardini (PARD3)
  • Notre Dame (GNDI3)
  • OdontoPrev (ODPV3)
  • Qualicorp (QUAL3)
  • Rede D'Or (RDOR3)

Outras atividades

Por fim, ainda temos algumas empresas na bolsa de valores que não se enquadram nos dois grupos anteriores. É o caso da Baumer (BALM3), companhia que atua com a produção de equipamentos de saúde, ou então da Orizon (ORVR3), responsável pelo tratamento de resíduos.

Quais são as vantagens de investir em empresas de saúde?

Agora que você já conhece as principais empresas de saúde listadas na B3, quais são os principais benefícios do segmento para os seus investidores?

Em primeiro lugar, o próprio ramo de atuação. Como a saúde é uma prioridade para a enorme parcela da população, o setor tende a apresentar uma menor exposição ao ciclo econômico. Isto é, mesmo durante crises, as pessoas seguem buscando remédios e tratamentos, algo que favorece as empresas do segmento.

Além disso, a sua função social tende a reduzir o risco em relação a outros tipos de negócios. Caso a empresa passe por problemas financeiros, há maior probabilidade de flexibilização de pagamentos ou condições especiais de empréstimos. O fechamento de um hospital, por exemplo, é prejudicial para a população.

Outra vantagem de investir em empresas de saúde está no potencial de crescimento. O setor é bastante fragmentado, de modo que há espaço para fusões e aquisições. Neste contexto, empresas capitalizadas podem aproveitar boas oportunidades. Até 2020, segundo dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), menos de 30% da população tinha um plano de saúde contratado. Há margem para melhorar a comercialização.

Quais são os riscos de investir em empresas de saúde?

O maior risco para as empresas do setor de saúde é o SUS (Sistema Único de Saúde). Hoje, boa parte do interesse nas empresas privadas está diretamente relacionada com a ineficiência do serviço público. Uma melhora de qualidade do SUS faria com que essa demanda fosse reduzida. No entanto, a verdade é que não há qualquer perspectiva de mudança do cenário no curto prazo.

Também é um fator de risco a concorrência do segmento. Como não há uma companhia dominante, a competição se destaca, assim como uma forte regulação setorial por parte do governo.

Vale a pena investir em empresas de saúde?

Para quem busca investir em empresas de setores mais defensivos, o segmento de saúde pode ser uma alternativa interessante. Isso vale especialmente por conta da sua baixa ciclicidade: há uma menor correlação com o desempenho da economia.

No entanto, cada tipo de atividade pode oferecer um cenário diferente. No momento em que este artigo foi produzido, ainda enfrentamos uma pandemia, algo que aumenta a demanda por serviços de diagnósticos, hospitais e remédios. No entanto, para as seguradoras é um cenário adverso, pois há maior custo com cobertura de gastos dos seus clientes.

Ao mesmo tempo, não há como ignorar que o envelhecimento populacional — e um consequente aumento da expectativa de vida — acaba por beneficiar o setor. Afinal, quem vai deixar de precisar de serviços de saúde? A tendência é, inclusive, de crescimento da demanda no longo prazo.

Ainda que as perspectivas sejam atrativas, reforçamos que esse é um segmento como qualquer outro. Portanto, mesmo que a tese de saúde agrade ao seu perfil de investidor, tenha uma carteira diversificada, equilibrando riscos.

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Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.
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