CSN registra lucro líquido de R$ 369 milhões no 2° trimestre, queda de 93% na comparação anual
Dívida líquida da companhia cresceu 59% no mesmo período
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou lucro líquido de R$ 369 milhões no segundo trimestre de 2022, queda de 93% na comparação com o mesmo período de 2021. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a queda foi de 73%.
Em seu relatório de resultados, a companhia, cuja ação ON opera na Bolsa com o ticker CSNA3, afirma que o lucro foi impactado pelo ajuste do preço do Platts, parcialmente compensado pelo sólido resultado da siderurgia e pelo resultado recorde de cimentos.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 3,262 bilhões, queda de 60% em um ano e de 31% na comparação com o primeiro trimestre. A margem foi de 29,7%, o que representa uma contração de 9,2 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior.
A receita líquida ficou em R$ 10,566 bilhões, queda de 31% em um ano e de 10% em relação ao primeiro trimestre. Segundo a CSN, as receitas foram impactadas pelo ajuste negativo no preço do Platts no segmento de mineração, que acabou por compensar o maior volume de vendas verificado no período.
Dívida líquida da CSN
Em seu balanço, a CSN informou ainda que encerrou o segundo trimestre com uma dívida líquida de R$ 21,034 bilhões, alta de 59% frente ao segundo trimestre do ano passado e 13% acima de março. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, subiu para 1,31 vez, o que representa um aumento de 121% se comparado com o indicador de junho de 2021 e de 48% frente ao patamar de março.
A companhia explica que esse aumento da alavancagem é consequência da variação cambial e dos desembolsos realizados no período, como o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), além da aquisição das PCHs Santa Ana e Sacre.
De toda a forma, a CSN diz que segue ativa em seu objetivo de alongamento da sua dívida e que, ao longo do segundo trimestre concluiu uma operação de longo prazo com a SACE no valor de US$ 375 milhões na sua subsidiária CSN Mineração, que também emitiu sua segunda operação de debêntures de infraestrutura no valor de R$ 1,4 bilhão. Esses recursos serão utilizados nos projetos de expansão de capacidade no segmento de mineração, de acordo com a empresa. / Com Agência Estado
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