Veja as 5 ações que podem entrar no Ibovespa em maio e subir; prévia sai nesta quinta-feira, dia 1º
Nesta quinta-feira, dia 1º de abril, a Bolsa de Valores (B3) vai divulgar uma prévia das ações que farão parte do Ibovespa, a partir do dia…
Nesta quinta-feira, dia 1º de abril, a Bolsa de Valores (B3) vai divulgar uma prévia das ações que farão parte do Ibovespa, a partir do dia 3 de maio.
Essa informação é importante, porque ela dá pistas ao investidor de que ações poderão ganhar destaque, ampliar a liquidez, e ser mais valorizada na bolsa.
O Índice Bovespa é composto atualmente por 82 ações (clique aqui), as que são mais negociadas a cada dia no pregão. Com base no comportamento dessas ações, umas com maior e outras com menor peso, é o Ibovespa que define quanto a bolsa subiu ou caiu, no Brasil.
Portanto, essas ações contam com alta liquidez e costumam despertar o interesse dos investidores. Tanto pela perspectiva de valorização como pela facilidade de sair do mercado quando há nuvens negras e carregadas pelo céu.
A B3 faz rebalanceamento do Ibovespa três vezes por ano, um a cada quatro meses. Nessa oportunidade, algumas ações entram para o índice, por ter apresentado uma boa performance em negócios, e outras saem, por terem perdido o brilho.
Os analistas e estrategistas da XP se debruçaram sobre o comportamento das ações negociadas na B3 para identificar as que estão em destaque e tentar antecipar como será formado o Ibovespa, a partir do dia 3 de maio.
São análises baseadas puramente em números, explica Jennie Li, estrategista de ações da XP. Mas usando os mesmos critérios de avaliação de entrada ou saída do Ibovespa.
A primeira relação a ser observada, segundo ela, é o total negociado com determinado papel diante do total negociado pelo índice, considerando todas as ações componentes. E aí observando-se três aspectos:
O primeiro é a regularidade: é preciso que o papel tenha sido negociado com regularidade no último ano, na vigência das três carteiras anteriores, participando de 95% dos pregões nesse período, no mínimo.
O segundo é o volume de negócios: o papel deve ter sido o responsável, pelo menos, por 0,1% do volume total negociado na B3, durante o último ano, na vigência das três carteiras anteriores.
E o terceiro é o preço da ação: não entram no índice, ações negociadas a valor menor do que R$ 1,00, as chamadas penny stocks.
Considerando esses critérios, a estrategista conta que foi levantado um histórico de volume, o número de ações negociadas, e o número de negócios com a ação na B3.
Uma vez obtido o histórico de comportamento da ação, foram feitas 10 mil simulações com cenários diferentes para identificar como vai se comportar a ação desta quinta-feira, dia 1º, até o dia 3 de maio. Dia em que será feita a troca de composição da carteira. Para cada um dos cenários, foi replicada a mesma metodologia usada pela B3.
Com base nisso, a conclusão dos estudos foi a de que cinco ações contam com grande possibilidade de entrar na composição do Ibovespa: Alpargatas (ALPA4); Banco Inter (BIDI11); Locaweb (LWSA3); Sanepar (SAPR11); e Linx (LINX3).
Lin explica que as análises foram feitas em cima de métricas numéricas, que servem como norte para os investidores, mas que não são consideradas, por exemplo, análises fundamentalistas do papel.
Diferentemente do que do que acontece com os índices do mercado acionário dos EUA, como o S&P500, que têm números fixos para o cálculo do índice, o Ibovespa não tem a exigência de um determinado número de ações em sua composição, nem mínimo, nem máximo.
Assim, com o ingresso dos cinco papeis, o Ibovespa passaria a ser composto, então, por 87 ações. Mesmo porque, no estudo, nenhuma ação apareceu como candidata a sair da atual composição. Jennie Li comenta que desde 2015 apenas três ações deixaram de fazer parte do índice.
Fique de olho nas pistas do papel que entrará no Ibovespa
A primeira delas indica um aumento de negócios com a ação que poderá ingressar no índice.
“Ações cotadas para entrar no Ibovespa passam a ser alvo de compra pelos gestores de fundos. Isso aumenta as negociações até a data de início do novo índice, o que tende a provocar um aumento de preço temporário”, analisa a estrategista.
Há também os fundos passivos e os ETFs, os que buscam replicar o retorno do Índice Bovespa. Eles também saem em busca desses papeis, aumentando a sua liquidez e pressionando os seus preços para cima.
E, além disso, a entrada no índice tende a despertar maior interesse do investidor pelo papel, buscando informações das empresas. O aumento da liquidez favorece a empresa emissora com a redução os custos de capital e, consequentemente, o preço da ação tende a subir.
Uma prévia é divulgada nesta quinta-feira, dia 1º, pela B3. Outra virá daqui a 15 dias, e uma terceira, às vésperas do dia 3 de maio. Acompanhar com atenção as indicações podem representar ganhos com essas ações.