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Conheça os fundos de ações com índice de Sharpe elevado e que remuneram bem seus cotistas

O Índice de Sharpe mostra quanto o fundo obteve de retorno excedente para cada unidade adicional de volatilidade

Data de publicação:29/04/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Em março, sete fundos de ações com Índice de Sharpe mais elevado, acima de 10, estão também no pelotão dos mais rentáveis do mês, com valorização entre 10% e 20%. Investidores desses fundos ficaram expostos a mais riscos, mas foram contemplados com resultados mais robustos.

O Índice de Sharpe é útil para o investidor porque mostra se a volatilidade do fundo está compatível com a remuneração paga. É uma relação entre risco e retorno. Dito em outras palavras: o índice mostra quanto de volatilidade foi necessário assumir para ter em troca a rentabilidade mais robusta. Quanto mais alto o Sharpe, mais interessante tende a ser o retorno ajustado ao risco.

Índice de Sharpe mais alto em março

FundoÍndice Sharpe
março/22
Rend. março/22
Clic FIA16,2715,25%
BB Ações Cielo13,9820,60%
BB Ações BB Seguridade11,3510,70%
Ágora Small Caps11,0513,23%
Forpus Ações 10,1911,01%
Forpus Koi10,1610,99%
Alaska Black FIC FIA II BDR10,0815,29%
Fonte: Mais Retorno

Vale a pena assumir mais risco para ter ganho maior?

O que determina o grau de risco de um fundo é a sua volatilidade, explica Nicolas Paulino, especialista da SVN Investimentos. Para saber se vale a pena entrar em um fundo com uma determinada volatidade, o investidor deve observar o seu Índice de Sharpe e verificar se o retorno oferecido compensa o risco a ser tomado e se vai se sentir confortável com ele.

É uma escolha que depende muito do perfil de cada um, afirma o especialista. O investidor mais agressivo, que busca retorno de longo prazo, como é o investimento em ações, pode expor-se a um fundo de maior volatilidade.

“O que acontece no curto prazo não deve preocupá-lo, o que vale para ele é a estratégia traçada de busca de resultados no longo prazo".

Nicolas Paulino, da SVN Investimentos

Não é uma escolha adequada para o investidor conservador, emenda Paulino, aquele que procura retorno de curto prazo. O objetivo de quem aplica em bolsa não combina com essa expectativa.

“Para quem tem esse perfil e objetivo não faz sentido esse tipo de fundo”, avalia. Uma escolha adequada é a renda fixa, que tem um Sharpe baixo, mas positivo.

Pelo recorte de rentabilidade, o campeão em março foi o BB Ações Cielo FI, fundo de ações com 20,60% com um índice de Sharpe de 13,9836, e o segundo colocado, o Alaska Black FIC FIA II BDR Nível I, entregou retorno de 15,29%, com Sharpe de 10,0867.

Índice de Sharpe mais alto em 2022

Ao considerar a volatilidade mais elevada do fundo registrada pelo Sharpe nos três primeiros meses deste ano, há igualmente uma correlação entre índice elevado com boa rentabilidade.

Todos os fundos de ações exibem uma valorização acima de 20% acumulada em 2022. E apenas 2 fundos que estavam entre os mais voláteis e rentáveis em março, estão na liderança também no ano: o Alaska Black, e o BB Ações BB Seguridade.

FundoÍndice de Sharpe 1º tri/2022Índice de Sharpe em 12 mesesRend. 1º tri/2022
Itaú Unibanco Ações Holding7,14 0,4731,04%
Itaú Index Itaú Unibanco Ações7,07 0,4430,86%
Itaú Unibanco Ações6,84 0,3530,20%
Alaska Black6,39 0,4735,43%
BB Ações BB Seguridade6,29 0,0727,37%
Fia Caixa Indexa Setor Finan.6,02-0,2923,84%
Fonte: Mais Retorno

Índice deve ser avaliado no longo prazo

Quem passa os olhos nos seis fundos de ações da lista com os maiores índices de Sharpe no 1º trimestre de 2022 nota que os índices altos em períodos curtos despencam em 12 meses. Todos para baixo de 1, uma queda correlacionada com a rentabilidade nesse período.

O Itaú Unibanco Ações Holding FIC FI, o fundo campeão no ano, entregou uma rentabilidade de 31,04% no trimestre e tem também o Sharpe mais elevado para o período, de 7,14%. No entanto, se medido em período de 12 meses, o índice recua para 0,4748.

Esse índice, como os de outros fundos que abarca 2021, é visto como ponto fora da curva pelos especialistas. Para Paulino, “o ano de 2021 foi muito atípico, anormal, com o mercado de ações ainda carregando os efeitos da crise” do ano anterior, provocada pela pandemia.

O especialista diz que o risco/retorno, pelo índice de Sharpe, precisa ser avaliado em períodos de tempo maiores, de preferência desde a criação do fundo. Uma perspectiva necessária, para qualquer tipo de comparação, principalmente para expectativas de retorno no longo prazo.

Por que o Sharpe é alto em fundos monoação?

Dois fundos com carteiras monoação se destacaram em março no grupo dos sete fundos de ações que combinaram Índice de Sharpe elevado com rentabilidade atraente. O Clic FIA, com Sharpe de 16,2790, rendeu 15,25%, e o BB Ações Cielo FI, com Sharpe de 13,9836, entregou 20,60% aos cotistas.

O especialista da SVN diz que, por definição, o que evita ou reduz a volatilidade de uma carteira é a diversificação de ativos. “Não é o caso de fundos monoação, que alocam o portfólio em ações de uma única empresa”, comenta Paulino.

“A diversificação diminui o risco de perda de patrimônio no curto prazo e a falta dela deixa o fundo mais exposto a percalços”, explica. Uma característica que está por trás do alto Índice de Sharpe desses fundos.

O Clic Fundo de Investimento em Ações tem o portfólio alocado preponderantemente em ações da Cemig. Já o BB Ações Cielo FI investe os recursos da carteira basicamente em ações da Cielo (Companhia Brasileira de Meios de Pagamento).

Quando o Sharpe é negativo

Na outra ponta de desempenho negativo diante de alto nível de volatilidade (risco) está em destaque o fundo de ações Vitreo Tech Asia FIA BDR Nível I.

Esse fundo apresentou a maior volatilidade de março, de 87,71%, com um rendimento negativo de 15,72%, o que resultou em índice de Sharpe negativo, de 1,11.

O Índice de Sharpe, explica Nicolas Paulino, demonstra que a volatilidade (risco) do fundo não é compatível com o retorno que está sendo entregue. Nele, o investidor estará assumindo risco mais elevado, mas sem um rendimento que compense.

Ganho de 85% dos fundos de ações superou a inflação

Os fundos de ações, em sua maioria, não decepcionaram os cotistas em março. Do universo de 491 fundos, base de levantamento exclusivo da Mais Retorno, 416 ou 85% do total pesquisado entregaram rendimento líquido, já descontado o imposto de renda, acima de 2,12%. Ganho positivo acima da inflação de 1,62% calculada pelo IPCA.

O que é o Índice de Sharpe

O Índice de Sharpe, explica Nicolas Paulino, mensura a relação de risco x retorno de um investimento, obtida por uma fórmula em que a rentabilidade é dividida pelo risco. “O resultado é um índice que mostra que determinado fundo, apesar do risco mais alto, entrega um bom retorno.”

O índice bom é o positivo, acima de zero, avalia Paulino. O Sharpe negativo ou abaixo de zero, alerta Paulino, indica que a rentabilidade do fundo não está adequada ao risco que o investidor está correndo.

O ideal é considerar períodos mais longos, no mínimo anualizados, para um cálculo mais realista do Índice de Sharpe: do rendimento do fundo é preciso subtrair o benchmark, no caso o CDI, também anualizado para obter o retorno excedente do investimento.

O resultado deve ser dividido, então, pela volatilidade do fundo para o mesmo período, e o número encontrado será o índice de Sharpe.

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Ouça também:

#21 pocket – Índice de Sharpe: qual sua importância?

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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