Light: Conheça os 5 fundos com maior exposição a ações e debêntures da empresa

Em apenas dois dias, as ações da Light (LIGT3) caíram quase 20%, com investidores preocupados com a confirmação de que a companhia contratou a Laplace finanças, escritório que recentemente assessorou a OI durante seu processo de recuperação judicial.

Com R$ 3,1 bilhões em dívidas que vencem entre 2023 e 2024, para um caixa de R$ 4 bilhões, a notícia caiu como uma bomba no mercado financeiro, inclusive no exterior, onde os bonds (títulos de dívidas emitidos nos Estados Unidos) fecharam ontem em nova queda, comercializados a 55,9% do preço de face (um derretendo 27% em 48 horas).

As mesas de operações ocuparam o dia com ordens de venda dos papeis, que são negociados fora do Ibovespa. Os gestores, por sua vez, já não andavam animados com a empresa, que sofre principalmente com ligações ilegais no Rio de Janeiro. 

Um levantamento realizado pela Mais Retorno, empregando banco de dados próprio, identificou cinco fundos com maior exposição aos ativos da companhia.

O mais carregado de Light, é justamente um fundo de ações voltado a investidores profissionais, o Santander PB FIA 1, com 90% de seu patrimônio aplicado em  LIGT3. Esse fundo é uma máquina de moer dinheiro: já teve R$ 840 bilhões em patrimônio líquido, posição sustentada no começo de 2021, e hoje conta com R$ 190 milhões. Em 12 meses, seu desempenho acompanha o das ações da Light. Enquanto a LIGT3 caiu 69,43%, o Santander PB FIA 1 derreteu 57,65%.

Procurada, a asset do Santander disse que não se pronunciaria sobre esse fundo. 

Abaixo, a queda de 23,46% do Santander PB FIA, desde setembro de 2022, mês em que sua carteira foi aberta ao mercado pela última vez.

Fundos com debêntures da Light

No segmento de crédito corporativo, as posições dos fundos estão mais pulverizadas. E o impacto nas cotas tende a ser menor. No entanto, aqui são todos fundos mais parrudos, com até R$ 59 bilhões em patrimônio, caso do BB TOP Arrojado FI RF LP, um gigante que recebe recursos de carteiras administradas e outros fundos de investimento geridos pela asset do Banco do Brasil.  

Com pouco menos de R$ 100 milhões alocados em debêntures da Light, o BB TOP Arrojado FI RF LP tem a menor alocação em papeis da Light em relação ao patrimônio total, apenas 0,16%. De acordo com o gestor, do BB, o fundo permite em seu mandato investimento em crédito privado.

Já o Brasilprev TOP TP III FI RF CP conta com um aporte de R$ 92,69 milhões em papeis da empresa, o que representa 4,85% do patrimônio. Dentro do portfólio em debêntures, a posição em Light é a terceira maior, ficando atrás somente de títulos da Companhia Siderúrgica Nacional (6,38%) do patrimônio total) e Nova Transportadora Sudeste (4,81%).

O Santander RF Referenciado DI CP Equilíbrio FI, de renda fixa, também tem uma posição relativamente baixa em debêntures da Light, 0,72% de seu patrimônio. Há uma grande diversificação de empresas em sua carteira.

E o Santander Prev RF CP Crescimento FI, de previdência, igualmente com o portfólio diversificado, tem uma alocação de 0,44% de seu patrimônio em papeis da Light.

Desempenho 

De março de 2022 a 30 de janeiro deste ano, o Santander PB FIA 1 despencou 55,93%, refletindo a forte concentração em LIGT3. Em um ano, os papeis da empresa recuaram cerca de 70%. Os demais fundos estão no azul.

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