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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa cai 0,51% e atinge nova mínima desde 6 de novembro de 2020, na casa dos 102 mil pontos

Incertezas em relação à PEC dos Precatórios fizeram investidores redobrar a cautela

Data de publicação:18/11/2021 às 18:32 -
Atualizado um ano atrás
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Em mais um dia de movimentação fraca no mercado, reflexo das incertezas fiscais por conta das perspectivas de dificuldades para fazer passar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios no Senado, a Bolsa fechou o pregão em novo dia de queda nesta quinta-feira, 18, renovando o nível mais baixo desde novembro de 2020, aos 102.426 pontos, com desvalorização de 0,51%.

Desde o dia 6 de novembro de 2020, quando bateu os 100.925 pontos, a Bolsa não chegava a níveis tão rasteiros. Na contramão e refletindo as preocupações fiscais, o dólar encerrou o dia em alta de 0,83%, cotado a R$ 5.570.

Foto: B3/Divulgação etfs
Cenário fiscal de incertezas contribuiu para o Ibovespa renovar a mínima de pontos desde novembro de 2020 - Foto: B3/Divulgação

O Ibovespa iniciou o dia em trajetória positiva, mas acabou perdendo a força por conta da queda das blue chips, principalmente do setor de mineração e siderurgia - que tem um peso relevante na cesta de ativos do principal índice da B3 - por conta da queda no preço das commodities. "O minério de ferro caiu 2%, com o preço da tonelada próximo de US$ 90", enfatizou Gustavo Gomes, estrategista de renda variável da Acqua Vero.

Sobre o ambiente fiscal, de acordo com os especialistas de várias casas de análise, o mercado reagiu com apreensão em relação à sinalização do Senado sobre a necessidade de fazer mudanças no texto da PEC. Ao retornar para a Câmara, o texto pode encontrar entraves para ser votado novamente, o que pode acarretar um prolongamento do assunto e causar mais volatilidade ao mercado.

Para Camila Abdelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos, a reação negativa do mercado não está ligada à proposta em si da PEC, mas sim à falta de um cenário definido. “O texto manteria pelo menos o teto dos gastos de pé. Não haveria pedalada dos precatórios. Não é uma questão técnica, mas o fato de que essas mudanças podem prolongar o período de incertezas e não se sabe se haverá adesão na Câmara para uma nova aprovação”.

Os senadores Alessandro Vieira, José Aníbal e Oriovisto Guimarães apresentaram uma proposta alternativa ao texto da PEC já aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados - e que, agora, depende da aprovação no Senado.

O novo texto propõe a retirada dos R$ 89 bilhões em pagamento de dívidas judiciais do alcance do teto de gastos em 2022. A proposta, no entanto, mantém a reformulação do teto de gastos a partir da inflação acumulada em 12 meses de janeiro a dezembro do ano anterior. Hoje, o teto de um ano é calculado com base na inflação acumulada de junho a junho do ano anterior.

Pela emenda dos três senadores, o espaço fiscal aberto em 2022 seria de R$ 89 bilhões, exatamente o montante de despesas com precatórios, que ficariam fora do teto no ano que vem. Desse valor, R$ 64 bilhões seriam destinadas ao Auxílio Brasil, novo programa social do governo e o restante a outras despesas com seguridade social. As emendas de relator seriam extintas pelo texto.

Quem ganhou ou perdeu na Bolsa

Nesta quinta-feira, a Méliuz engatou mais um dia de forte alta no pregão, fechando o período com avanço de 9,95%. Em seguida, a Alpargatas cravou a segunda maior elevação, com avanço de 5,39%.

Na sequência vieram os papéis da Notre Dame Intermédica, Hapvida e Iguatemi, com valorização de 4,17%, 3,57% e 3,42%, respectivamente.

Já as siderúrgicas estiveram entre as maiores baixas, influenciadas pela queda de cerca de 2% do preço da tonelada do minério de ferro na China. O maior recuo foi registrado pela Usiminas, com forte desvalorização de 6,17%. Na sequência vieram a CSN, Bradespar, PetroRio e Vale, com perdas de 5,59%, 4,71%, 4,42% e 4,31%, nesta ordem.

As preocupações fiscais também refletiram no comportamento dos papéis dos grandes bancos, que fecharam no vermelho. Itaú e Bradesco encerraram o pregão com baixa de 1,20% e 1,79%, nesta sequência.

Lá fora

No exterior, as bolsas americanas fecharam sem direção única nesta quinta-feira. Segundo Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, os investidores buscaram proteção por conta da cautela em relação a pautas como a indefinição sobre a troca de cadeira na presidência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), da persistência da inflação e do teto da dívida, cujo efeito do remédio temporário termina no próximo mês.

O índice S&P 500 finalizou o dia em alta de 0,33%, aos 469,67 pontos. Já o Dow Jones terminou o pregão em leve queda de 0,17%, aos 35.871 pontos. E o Nasdaq 100 subiu 1,07%, aos 16.482 pontos.

Ao longo do dia, o Departamento do Trabalho divulgou que o volume de solicitações de auxílio desemprego caiu perto de patamares anteriores à pandemia na semana encerrada em 13 de novembro, mostrando recuperação do mercado de trabalho.

A queda foi de 1 mil solicitações, somando 268 mil, segundo dados com ajustes sazonais. Esse foi o patamar mais baixo desde o início da pandemia de covid-19 no país, há mais de 20 meses.

O resultado veio bem próximo à previsão dos economistas, que previam 260 mil novos pedidos.

As bolsas da Europa fecharam as atividades em queda, puxadas por ações ligadas à produção de commodities, em meio às incertezas sobre oferta e demanda. O contínuo avanço do coronavírus no continente também debilitou o sentimento de risco nas mesas de operações.

O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou o pregão em baixa de 0,46%, a 487,70 pontos.

Embora tenham iniciado a tarde em alta, os contratos futuros de petróleo tiveram uma sessão marcada pela volatilidade e chegaram a cair mais de 1% no início do dia. A notícia de que os Estados Unidos estariam articulando com a China uma liberação conjunta das reservas nacionais contribuiu para o movimento.

Sobre o autor
Julia Zillig
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