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Utility token e security token: o que são e quais suas diferenças?

Você sabe qual é a diferença entre um utility token e um security token? Essas são apenas duas classificações entre as inúmeras oportunidades de investimento no…

Data de publicação:16/03/2022 às 09:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Você sabe qual é a diferença entre um utility token e um security token? Essas são apenas duas classificações entre as inúmeras oportunidades de investimento no mercado dos criptoativos.

Mercado Livre compra participação no Mercado Bitcoin e Paxos com foco em criptomoedas
Foto: Envato

No entanto, para poder responder a esta pergunta, precisamos primeiramente contextualizar os ativos digitais e, principalmente, o universo dos tokens. Se esse é um assunto que te interessa, acompanhe o nosso artigo para esclarecer as suas principais dúvidas sobre o tema.

Afinal, o que são tokens?

Se você tem a ideia de que o universo dos criptoativos se resume apenas às moedas digitais (como Bitcoin, Ethereum, entre outras), saiba que essa é apenas uma pequena parte desse mercado. É verdade que as criptomoedas representam uma parcela importante dos investimentos nessa categoria, mas há muito mais por trás desse conceito inovador.

Um exemplo disso são justamente os tokens. Esse é o nome dado para uma representação de um ativo de forma digital. Os itens que podem ser transformados em tokens vão muito além das moedas do mercado financeiro, mas são válidos para outros tipos de bens também. Veja, logo abaixo, alguns exemplos:

  • Contratos;
  • Equipamentos;
  • Moedas;
  • Imóveis;
  • Obras de arte.

O que um token faz é registrar um bem, como acabamos de aprender, em um código numérico e digital. Em outras palavras, é uma forma de mantê-lo registrado de forma online, algo extremamente útil no contexto atual até mesmo em potenciais negociações que possam envolver esses ativos.

Há, inclusive, um neologismo criado para explicar esse processo de forma prática: a "tokenização". Basicamente, qualquer tipo de posse ou bem que você possua tem a possibilidade de ser convertido em um token. E, dentro desse formato de registro, existem algumas variações — entre elas o utility token e o security token.

Utility token vs. security token: quais são as diferenças?

Cada tipo de token possui características e particularidades específicas no contexto do mercado de ativos digitais. Uma dessas classificações, mais conhecida por parte dos investidores, são os payment tokens (tokens de pagamento) cuja função é justamente agir como uma moeda digital.

No entanto, essas características podem ir muito além de simplesmente servir como uma transação financeira. É justamente o que encontramos tanto no caso de um utility token, como também de um security token. Vamos entender um pouco melhor essas diferenças.

Utility token

Um utility token é uma classificação de um ativo digitalizado que possui alguma utilidade, como o próprio nome sugere. Ele também possui as propriedades de pagamento de uma moeda digital, mas o benefício acaba por ser um atrativo adicional.

E qual seria essa utilidade? Elas são diversas, mas podemos mencionar alguns exemplos. Um deles é o acesso antecipado a algum tipo de produto ou serviço digital. É um sistema similar às recompensas por pontos de cartão de crédito, mas com uma oferta muito mais completa para o usuário.

Há casos em que a posse de um utility token também se converte a um direito. Pode acontecer de conceder a oportunidade de votar em uma determinada situação, por exemplo, gerando uma propriedade similar ao que temos com as ações ordinárias no mercado de capitais. Situação similar seria o acesso a um site ou comunidade restrito para aqueles que possuírem o token.

A mineração de um utility token não é necessária, pois muitos são compostos por base em contratos inteligentes disponibilizados pela empresa que disponibiliza o ativo. Já o seu valor depende das condições mercadológicas — as quais, em muitas vezes, dependem diretamente da utilidade oferecida pelo token.

Security token

A dinâmica, pensando nesse cenário, é muito similar ao mercado de ações. Neste caso, por exemplo, a empresa pode oferecer uma parte da sua sociedade em tokens, permitindo assim que investidores comprem esses ativos digitais. Ao mesmo tempo, esse dinheiro investido na compra do token acaba por ser uma fonte de captação de recursos ao negócio.

Para que sejam negociados, os security tokens precisam ser lançados a um preço determinado pela empresa que oferta o ativo digital. É um processo similar ao IPO (Oferta Pública Inicial) do mercado de ações. Após o início das negociações, entretanto, o preço de cada ativo digital pode variar de acordo com a atratividade do projeto.

O recurso dos security tokens também pode ser utilizado em outros formatos dentro do mercado financeiro tradicional. É o caso dos fundos de investimentos, por exemplo. Ao encontrar uma regulação muito forte, a emissão de tokens na captação de recursos pode ser uma alternativa.

Por fim, outra característica dos security tokens, ao menos até a última revisão deste artigo, estava na baixa liquidez. Pelos projetos apresentarem características muito específicas, eles acabam chamando menos atenção em relação a produtos mais populares e conhecidos (como os jogos). E isso pode dificultar a localização dos ativos nas corretoras.

Como funciona a tokenização de um ativo real?

Imagine que você tenha um apartamento que valha um milhão de reais. Em teoria, precisaria de um comprador para ter acesso a parte desse dinheiro. No entanto, com o processo de tokenização, é possível captar recursos sem vendê-lo em sua totalidade.

Você poderia, por exemplo, converter esse imóvel em 500 tokens em que cada um deles teria um valor de R$2.000. Os investidores, em seguida, estariam abertos a comprar os tokens e ter assim uma participação no imóvel. E, claro, eles poderiam se beneficiar com a valorização natural do ativo ao longo do tempo.

Vamos supor então que o mesmo imóvel passou a valer R$1.200.000 pouco tempo depois. Isto é, houve uma valorização de 20% sobre o ativo real. Os tokens atrelados a ele teriam o mesmo benefício. Portanto, ao invés de R$2.000, os proprietários passariam a ter os ativos com preço de R$2.400. A lógica, portanto, é bem similar ao mercado de ações.

Deu para entender como funcionam os tokens no mercado de ativos digitais e as suas variações de utility token e security token? Esperamos que sim e, em caso de dúvidas, não deixe de entrar em contato conosco. Por aqui, seguiremos produzindo conteúdos para que você possa ficar por dentro do universo dos criptoativos.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.