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Coin NFT
Finanças Pessoais

Cripto NFT e Coin NFT: Conheça os fundos que investem em token não fungível; mercado movimentou R$ 39 bi em 2021

Os dois fundos abrem caminho para investidores participarem do mercado digital

Data de publicação:17/02/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Poucas tecnologias movimentaram o mercado financeiro em 2021 como o token não fungível (NFT, na sigla em inglês). Ao longo do último ano, milhares de obras de arte registradas na blockchain criaram um mercado que já é avaliado em US$ 39,64 bilhões. Não é à toa que já surgem os primeiros fundos de investimento focados em NFTs.

Desde o final de 2021, os fundos Cripto NFT e Coin NFT, da Vitreo, chegaram ao mercado com a proposta de facilitar a entrada de investidores nesse mercado digital.

Um deles é focado em investimentos mais arrojados, enquanto o outro está de olho naquelas pessoas mais conservadoras, que não querem depender totalmente de tokens não fungíveis.

NFT rende milhões ao redor do mundo
Alguns NFTs, como os desenhos de macacos com diferentes roupas e humores, estão sendo vendidos por milhões - Foto: Pixabay

"Os fundos de NFT já estão se tornando uma tendência, principalmente se você olhar para o mundo das artes digitais e de colecionáveis, com as principais plataformas de negociação atingindo um volume de milhões de dólares todo mês", diz George Wachsmann, sócio e chefe de gestão da Vitreo, em entrevista concedida para o Mais Retorno.

O funcionamento, de acordo com especialistas, é simples. "Esses fundos funcionam de forma parecida com fundos imobiliários, levantando o capital, escolhendo os ativos que estarão dentro de um conjunto e vendendo uma participação nesse conjunto de ativos por meio de cotas. Quando o valor do conjunto de ativos aumenta, o valor de cada cota individual também aumenta. No caso dos fundos de NFT, os ativos podem ser artes digitais, terrenos em metaversos, músicas, direitos autorais", diz Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre.

O que são o Cripto NFT e o Coin NFT

Mais arrojado e arriscado, o Cripto NFT aplica todos os recursos em tokens não fungíveis no exterior. Segundo a Vitreo, ele é voltado apenas para investidores qualificados, tendo um aporte mínimo de R$ 5 mil. Enquanto isso, as taxas de administração e de performance são de 1,40% ao ano (taxa máxima de 1,50% ao ano) e em 20% sobre o que exceder o referencial (o índice IDCOTS + 2%, respectivamente. O resgate é em dez dias (D+10).

Enquanto isso, o Coin NFT é voltado para o investidor de varejo, que está entrando nesse mercado, contando com uma composição de 20% em NFTs e de 80% em ETFs de criptoativos, como QBTC11, QETH11 e o HASH11. Com aporte mínimo de R$ 1 mil, o fundo conta com uma taxa de administração de 0,34% ao ano (taxa máxima de 0,50% ao ano) e a de performance recai apenas sobre os fundos investidos. O resgate é em cinco dias (D+5).

Além disso, para finalizar, os fundos expõem o investidor ao mercado das chamadas "gamecoins", que são moedas digitais atreladas à jogos. "Os NFTs também vão revolucionar a maneira como os jogos funcionando, principalmente se você pensar como os artigos colecionáveis já se encaixam no mundo dos games", diz. "E o mercado possibilita o 'play to earn', quando o capital circula dentro do jogo e o dinheiro fica com os jogadores, permitindo ganhar por jogar".

Os fundos também se tornam boas opções para investidores que não querem entrar de fato no mercado digital. "Acho esse mercado muito interessante. Existem as pessoas que compram NFTs para o uso, que pode ser fazer parte de um clube, comprar imóveis em metaversos, ingressos para jogos, entre outras coisas. E pessoas que compram puramente como um investimento. Para essas pessoas que só querem se expor ao mercado, o fundo facilita bastante a vida, pois permite ao investidor uma maior diversificação e uma alocação mais inteligente", contextualiza Felipe Veloso.

Mercado de NFT

Vale destacar que, apesar de ser uma novidade no mercado financeiro brasileiro, os fundos de NFT são realidade em outros países. No final de 2021, por exemplo, a Bitwise lançou o Bitwise Blue-Chip NFT Index Fund, fundo para que investidores possam fazer aportes em NFTs com investimento mínimo de US$ 25 mil. Na época da abertura do fundo, Matt Hougan, diretor de informações da empresa, ressaltou a importância desses novos fundos. “Novas fronteiras na arte são raras. Meios artísticos inteiramente novos são ainda mais raros ", disse. “NFTs surgiram como o primeiro meio digital nativo para possuir arte e itens colecionáveis, com potencial de significado, valor e uso em nosso mundo”.

Depois, fundos ainda mais robustos começaram a pipocar no mercado. É o caso do fundo de NFTs da Wave Financial. A financeira norte-americana divide os aportes em 70% direcionado para colecionáveis e outros 30% para plataformas e protocolos, avançando também para metaverso e finanças descentralizadas (DeFi), para o fundo não ser restrito.

Um dos mais famosos é o Defiance Digital Revolution ETF. Esse fundo compra ações de empresas que operam serviços de emissão, criação e comercialização de NFTs e/ou investem ou financiam projetos voltados para a emissão, criação e comercialização de NFTs que são de importância material para tal empresa.

Futuro dos fundos

Por fim, é normal que as pessoas tenham certo receio de entrar no mercado de NFT neste momento. Afinal, as criptomoedas, principalmente o Bitcoin, apresentaram um desempenho abaixo da média no começo de 2022 -- no final de janeiro, o Bitcoin já havia perdido cerca de 20% de seu valor. É o pior mês de janeiro desde 2018, um dos piores anos do setor. 

Final de 2021 e começo de 2022 foram ruins para o Bitcoin (Crédito: Reprodução/Coinglass)

E não dá para dissociar o NFT das criptomoedas. Afinal, mais do que serem registradas em blockchain, as duas tecnologias estão intimamente ligadas: NFTs são negociados apenas por meio de criptomoedas. Será que, com a queda do Bitcoin e Ethereum, esses fundos também pode sair prejudicados? O que o investidor pode esperar nesse mercado no futuro?

"Vejo esse mercado convergindo para segmentos de NFTs. Imagino no futuro fundos específicos para artes digitais, direitos autorais, músicas, terrenos em metaversos, de forma que o investidor poderá escolher especificamente o nicho a se expor", explica Felipe, da Cripto Mestre.

Alguns especialistas, porém, indicam que é preciso prestar atenção para não cair em jogadas de marketing e entender, exatamente, como funciona o fundo em questão.

"Fundos de NFT não parecem ser algo que valha muito a pena. É como se fosse um fundo para comprar peças de arte. Uma peça de arte pode valer muito, comprar caro e vender barato. É um mercado que não tem muita liquidez", contextualiza Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance. "O investidor precisa analisar e estudar na hora de fazer investimento em fundos focados totalmente em NFTs".

Sobre o autor
Matheus Mans
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