Direitos (contabilidade)
O que são direitos?
Direitos são os recursos a receber ou compensar em benefício de uma entidade e, assim, são exigíveis. Fazem parte do patrimônio ativo (bruto) e são créditos junto a terceiros, como os empregados, outras empresas e até o governo. Junto com os bens, eles compõem o ativo circulante do patrimônio. Alguns exemplos de direitos são:
- Duplicatas a receber: títulos resultantes da venda de um produto ou serviço a prazo;
- Notas promissórias, títulos a receber ou commercial papers: quando alguém promete pagar determinado valor em uma data específica;
- Juros a receber: quantias decorrentes de juros de empréstimos;
- Notas fiscais: documentos que formalizam a compra e que concedem a exigibilidade da quantia combinada;
- Faturas: documentos comerciais que também formalizam uma operação de venda, mas a prazo;
- Depósitos bancários: métodos de pagamento que também levam certo tempo para serem recebidos pela empresa;
- Aplicações financeiras: são os investimentos efetuados pela empresa em títulos de liquidez imediata, isto é, se a empresa necessitar do dinheiro, ela pode se desfazer da aplicação e receber o retorno sem grandes problemas.
Como ter mais direitos com aplicações financeiras?
Quando uma pessoa jurídica (PJ) faz investimentos, sua gestão financeira só tem a ganhar. O capital de giro e a reserva para expansões, quando acumulados na conta corrente, só geram perdas de oportunidades. Para receber juros dos bancos em vez de ter que pagá-los um dia por empréstimos, vale a pena conhecer investimentos para PJ, como:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB possui diversos prazos e rentabilidades e não é descontado no Imposto de Renda (IR). Por essa e outras razões é bastante popular, até porque o financiamento de crédito (destino dos Certificados) é o que sustenta as atividades bancárias.
- Fundos de Investimentos
Os fundos de investimentos são como investimentos coletivos, entre os chamados cotistas e podem render muito, comparado ao CDB, que é mais conservador. Por mais que o seu capital, como PJ, seja interessante, procure economizar com corretoras independentes, não apenas as do banco.
- Compromissadas
Esta opção é similar ao CDB, já que é de renda fixa, mas o banco se compromete em comprar o título de volta do investidor depois de um prazo combinado em acordo por ambas as partes. Outra diferença é que nas compromissadas há desconto no IR e também de IOF.
- P2P (Peer to Peer Lending)
Este tipo de investimento é uma novidade no país, mas se mostra muito promissor para a maioria das empresas. No P2P, existe uma plataforma virtual com o objetivo de reunir investidores, assim, quando uma empresa precisa de capital, ela recorre a essa plataforma para obter o ‘empréstimo coletivo’. As remunerações dos investidores participantes são os juros desses empréstimos.
Como proteger seus direitos?
Agora que você já sabe como multiplicar seus bens a receber, vale a pena garantir que eles estejam seguros, certo?
Faça auditorias periodicamente
Na rotina de uma empresa, não é incomum encontrar avarias e ações com potencial de lesionar o seu negócio. O problema é você encontrá-las, por isso a importância do auditor, que investiga esses problemas e outros contratos de risco.
Conte com a blindagem patrimonial e proteja seus direitos
Apesar da blindagem ser voltada para pessoa física, ela protege os seus bens de possíveis dívidas contraídas pelos sócios dos empreendimentos. Esse método cria holdings patrimoniais, faz a adoção de fundos exclusivos, contrata seguros empresariais, dentre outros.
Trabalhe com gestão anticorrupção
Adote o compliance no seu negócio. Essa gestão busca manter a companhia alinhada com os dispositivos legais vigentes, o que reduz a chance de episódios de corrupção envolvendo a empresa. A certificação ISO 37001 é bastante utilizada com esse objetivo.