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Mercado
Mercado Financeiro

Sem novidades, mercado deve reagir a fatores pontuais nesta 5ª feira

Andamento da reforma tributária e CPI da covid-19 continuam no radar

Data de publicação:15/07/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro continua reagindo a fatores pontuais do dia a dia, locais ou internacionais, à espera dos desdobramentos de eventos domésticos mantidos no radar, como as negociações do projeto de reforma tributária na Câmara, principalmente as mudanças no imposto de renda, e os trabalhos da CPI da Covid no Senado.

petróleo

Sem grandes novidades nessas frentes, mas animado com a retirada do texto do projeto da reforma do imposto de renda da taxação sobre os dividendos distribuídos pelos fundos imobiliários, que agradou aos investidores, o mercado financeiro dedicou mais atenção ao exterior.

Investidores e gestores do mercado estiveram atentos ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), com renovado interesse, depois que dados divulgados na véspera apontaram uma inflação acima das expectativas.

O objetivo foi tentar pinçar no pronunciamento de Powell, feito no Congresso americano, uma sinalização sobre uma possível a retirada mais rápida de estímulos monetários à economia, uma perspectiva que entra na agenda de especulações do mercado a cada pronunciamento de membros da equipe ou reunião do Fed.

Quem procurou uma pista sobre o futuro da política monetária dos EUA se frustrou, porque Powell insistiu mais uma vez na tese de que a pressão inflacionária é localizada e temporária, sem necessidade, portanto, de exigir ações mais duras em relação aos juros e aos estímulos pelo Fed.

Valorização do real

A sinalização foi entendida pelos investidores domésticos de que a manutenção das taxas de juro dos fed funds, que se assemelham à Selic, próximas de zero ou ao redor de 0,2% ao ano, tende a valorizar o real, à medida que deve atrair mais capitais de fora para aplicação na renda fixa do País referenciada na taxa básica de juros.

A Selic está em 4,25% ao ano, mas a expectativa é que permaneça em alta e feche 2021 acima de 6% ao ano.

A entrada de recursos, atraídos pela diferença de juros domésticos e externos, deprime o dólar no mercado interno. A moeda americana recuou 1,87%, a maior queda em um só dia desde 31 de março, para R$ 5,08.

Com a perspectiva de ingresso de capitais, mas para aplicações que remuneram com juros na renda fixa, a Bolsa de Valores tem reagido a fatos pontuais, mais recentemente relacionados ao movimento de sobe e desce das ações de empresas do setor siderúrgico.

Wall Street com futuros mistos

No exterior, os futuros negociados nas bolsas de Nova York operam sem direção única com os investidores repercutindo as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell e aguardando novas declarações que serão feitas hoje no Senado, que reforçou a postura acomodatícia mesmo depois dos sinais de alta da inflação nos EUA.

Além disso, segue em andamento a nova temporada de divulgação de balanços trimestrais das empresas, o que também mantém o mercado financeiro atento.

Na véspera, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,13%, aos 34.933,23 pontos, o S&P 500 subiu 0,12%, aos 4.374,30 pontos, e o Nasdaq recuou 0,22%, aos 14.644,95 pontos.

Segundo o analista da Oanda, Edward Moya, Powell mostrou “teimosia contínua em uma postura de política monetária ultraflexível”. Em sua percepção, o depoimento do dirigente não revelou “que o Fed está preocupado com o superaquecimento da economia ou que as pressões de preços podem permanecer por mais tempo do que o inicialmente esperado”.

Desta forma, a postura monetária mais branda - favorável à manutenção de estímulos -  foi confirmada, uma vez que Powell acredita que a economia está longe de ver um progresso substancial para começar a reduzir as compras de ativos, na visão de Moya.

No caso de o Fed estar errado sobre a inflação ser transitória, "claramente está pronto para reagir de acordo se a inflação não moderar na queda. Wall Street vai testar a postura mais leve nos próximos meses, à medida que as pressões generalizadas de preços atingem a economia", avalia Moya.

CPI da Covid: trabalhos prorrogados

Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que seguem sendo acompanhados de perto pelo mercado, foram prorrogados por mais 90 dias. As investigações devem ser concluídas até o mês de outubro.

Na véspera, a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, voltou ao Senado e foi novamente ouvida pelo colegiado. A empresa foi responsável por intermediar a compra pelo governo Bolsonaro da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech.

Na versão apresentada aos senadores, Emanuela negou que existam irregularidades na negociação, afirmando também que não houve interferência política na compra do imunizante.

Durante o depoimento, Emanuela também confrontou as versões apresentadas à CPI da Covid pelos funcionários do Ministério da Saúde.

O servidor Luis Ricardo Miranda e o consultor técnico William Amorim afirmaram que a Precisa enviou à pasta no dia 18 de março a primeira invoice da compra da vacina, enquanto a empresa alega que encaminhou apenas no dia 22 daquele mês.

Em razão disso, Emanuela afirmou ainda que os irmãos Miranda mentiram à CPI ao falar que a invoice foi apresentada em reunião com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, na esteira de uma série de indicadores da China, que mostraram forte desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), mas também sinalizaram um desempenho melhor do que o esperado da indústria e do varejo.

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,02% hoje, aos 3.564,59 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35%, aos 2.478,72 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng valorizou 0,75% em Hong Kong, aos 27.996,27 pontos, o Kospi teve alta de 0,66% em Seul, aos 3.286,22 pontos, após o banco central sul-coreano manter seu juro básico na mínima histórica de 0,50%. E o Taiex registrou ganhos de 1,06% em Taiwan, aos 18.034,19 pontos.

Exceção, o japonês Nikkei caiu 1,15% em Tóquio, aos 28.279,09 pontos, pressionado por ações de petrolíferas em meio a um avanço do iene em relação ao dólar. O Banco do Japão (BoJ) anuncia decisão de política monetária nas primeiras horas de amanhã, mas não há expectativa de mudanças na sua postura ultra-acomodatícia.

Dados oficiais mostraram que o PIB chinês teve expansão anual de 7,9% no segundo trimestre, bem menor do que o salto de 18,3% observado no trimestre anterior, mas em linha com as expectativas.

Já a produção industrial e as vendas no varejo da China subiram mais do que o esperado em junho, assim com os investimentos em ativos fixos no primeiro semestre.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, à medida que o país vem retomando lockdowns para conter uma nova onda de infecções por covid-19. O S&P/ASX 200 caiu 0,26% em Sydney, aos 7.335,90 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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