Ranking de maio: Bolsa lidera com alta de 3,22% e dólar fica no vermelho com queda de 3,86%
Escalada nos preços das commodities também ajudou a sustentar o Ibovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, foi a aplicação mais rentável de maio. A valorização de 3,22% do Ibovespa no mês, contudo, não foi suficiente para neutralizar a forte queda de 10,10% em abril. O dólar foi uma das piores aplicações, com desvalorização de 3,86%, no mês.
Maio terminou com um sentimento mais positivo dos investidores e os mercados, global e local, em recuperação. A melhora no humor do mercado financeiro foi consequência do afrouxamento das medidas de restrição adotadas pela China para conter o novo surto de covid em algumas regiões do país, incluindo Shangai.
O alívio nas expectativas negativas em relação ao impacto de possíveis novos bloqueios chineses na economia global não afastou as preocupações com o avanço inflacionário pelo mundo. Uma pressão sobre os preços, originada no choque de oferta, causada principalmente pela guerra no Leste da Europa, entre Ucrânia e Rússia.
A escalada dos preços das commodities e de energia, que favoreceu as exportadoras como a Vale e a Petrobras, ajudou a impulsionar a Bolsa. Em contrapartida, aumentou a preocupação com a inflação global e acentuou o sentimento de aversão ao risco dos investidores.
A ação dos bancos centrais das principais economias do mundo para o controle da inflação, via manejo de juros, não tem causado maiores estresses nos mercados, principalmente nos de risco. As bolsas de valores passaram por forte volatilidade, mas fecharam o mês em recuperação.
Para especialistas, os bancos centrais têm adotado uma gestão moderada de política monetária em meio a uma preocupação crescente com o surto inflacionário que se espalha pelo mundo.
Gustavo Bertotti, head de renda variável da Messem Investimentos, diz que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) adotou uma política de juros mais branda, em relação à prevista por analistas e investidores. Com o aumento de 0,50 ponto porcentual, em vez de uma alta maior, na última reunião, “o Fed agiu com parcimônia na política de normalização dos juros americanos”, avalia Bertotti.
A postura dos bancos centrais das principais economias, principalmente do Fed, contribuiu para pavimentar o caminho de recuperação das bolsas de valores em maio. Um movimento que se animou também com as medidas de relaxamento de bloqueios e sinais de novos estímulos do governo chinês para tentar dar tração à economia.
O rendimento das aplicações em maio
Confira o rendimento das aplicações em maio, de acordo com os cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo.
Aplicação/índice | Variação |
---|---|
1 - Ibovespa | 3,22% |
2 - Títulos indexados ao IPCA | de 1,05 a 1,15%* |
3 - Fundos DI | de 1,05 a 1,15%** |
4 - Fundos de Renda Fixa | de 1,02 a 1,12%** |
5 - CDB | de 0,97 a 1,07%** |
6 - Poupança | 0,67% |
7 - IPCA | 0,59%*** |
8 - IGP-M | 0,52% |
9 - Fundo Imobiliário (Ifix) | 0,26% |
10 - Euro | -2,15% |
11 - Dólar | -3,86% |
12 - Ouro | -6,69% |
13 - Bitcoin | -17,05%**** |
Obs.:
* indicativo
** média
*** estimativa
**** Dado calculado pelo site investing.com