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Que ações você teria em sua carteira para atravessar turbulências em novembro? Especialistas fazem as recomendações

Confira as recomendações de investimento no mercado de ações para novembro

Data de publicação:03/11/2021 às 07:00 -
Atualizado um ano atrás
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Depois de um outubro marcado pela deterioração do cenário macroeconômico no País, com expectativas de que a inflação e os juros continuem subindo enquanto o crescimento encolhe, além da piora na percepção de risco fiscal, o mercado busca mais proteção nas opções de investimento para atravessar novembro.

Diante dessas condições, as casas de investimento atualizaram as suas recomendações para este mês, incluindo as ações de companhias com boas perspectivas de crescimento e geração de caixa. Entre os principais destaques, os papéis ligados às commodities e aos bancos lideram as indicações dos portfólios em novembro.

ações

Cenário macroeconômico

Em outubro, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, reportou o pior desempenho mensal do ano, com uma queda de 6,74%. No último pregão do mês, o Ibovespa fechou aos 103.500,71 pontos, o menor patamar registrado em 2021. De acordo com a XP Investimentos, a principal contribuição para os números negativos veio de Brasília, com a sinalização de que o teto de gastos pode ser violado para a implementação de programas sociais.

"Embora os gastos extras de R$ 30 bilhões possam parecer pequenos se comparados ao tamanho do orçamento geral, a preocupação agora é que esses gastos não parem por aí. Eventos como esses indicam um enfraquecimento do atual quadro fiscal do país, uma vez que a regra do teto de gastos, principal âncora para o controle dos gastos públicos, não será muito eficaz daqui para a frente", explica a corretora.

Em relatório, os analistas comentam também que os últimos acontecimentos nas esferas política e fiscal levaram a XP a revisar suas projeções para a economia brasileira. "Estamos agora nos aproximando de um antigo equilíbrio macro: mais gastos, inflação mais alta e taxas mais altas", destacam os especialistas.

A corretora espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 9,5% em 2021, enquanto em 2022 a inflação fique em 5,2%. Para tentar frear a escalada dos preços, a XP projeta uma Selic de 9,25% neste ano e em 11,00% no próximo. Ao mesmo tempo, as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caíram de 5,3% para 5,0% em 2021, e de 1,3% para 0,8% no ano que vem.

Ações defensivas

Para a XP, nesse ambiente de preços e juros subindo, "há ações ganhadoras e perdedoras". A corretora explica que as ações "ganhadoras" neste contexto, ou seja, aqueles papéis que podem trazer um viés mais defensivo para a carteira são as que apresentam algum desses pontos:

  • Empresas que podem repassar aos consumidores os maiores custos, como é o caso dos supermercados, como Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e Atacadão (CRFB3), e de companhias como a Sabesp (SBSP3), Klabin (KLBN11) e o Grupo CCR (CCRO3), por exemplo;
  • Companhias que não são tão expostas ao cenário macroeconômico brasileiros e em que a inflação do País influencia pouco na receita, como a Embraer (EMBR3);
  • Empresas que podem se beneficiar da consequente elevação da taxa de juros, que é o caso dos bancos, como Bradesco (BBDC3 e BBDC4) e Santander (SANB11);
  • Companhias que têm expansão de margem com a subida de inflação, como a geradoras e transmissoras de energias AES Brasil Energia (AESB3) e Taesa (TAES11), cujos contratos são indexados à inflação.

Commodities

O setor de commodities tem uma participação muito importante na B3: só a Vale e a Petrobras, por exemplo, correspondem a cerca de 14% e 7% da composição do Ibovespa, respectivamente. Na economia, esse setor também é de grande impacto, tendo em vista que o Brasil é um país, principalmente, exportador de commodities.

Como a renda dessas companhias que trabalham com a exportação é, na maior parte, em dólares, ter esses papéis na carteira pode ajudar a proteger o patrimônio contra a desvalorização cambial. Além disso, o relatório da XP destaca que as ações de commodities são uma boa proteção, também, contra a inflação, uma vez que o aumento de preços está bastante relacionado à alta na cotação das commodities nos mercados internacionais.

A Genial Investimentos, que tem 10% de exposição à PetroRio em sua carteira recomendada de ações, afirma que "outubro foi mais um mês positivo para boa parte das commodities, principalmente aquelas ligadas ao fornecimento de energia, como carvão, gás natural e petróleo. Esse movimento de alta foi justificado por alguns fatores, dentre eles a falta de investimentos nos últimos anos para a produção de carvão, gás natural e petróleo".

Outra casa que optou por manter o setor em seu portfólio foi o Banco Safra, que tem 11% de exposição à Petrobras e 10% à Vale. Especificamente sobre a petroleira, a instituição explica que as ações das empresas devem se beneficiar da continuidade do processo de redução do endividamento e a consequente adoção da nova política de dividendo, "além do foco nos ativos com maiores retornos e dos níveis atuais do preço do petróleo".

Já sobre a mineradora, o Safra ressalta que "apesar dos menores preços do minério de ferro e da maior incerteza sobre o nível de crescimento da China, que podem limitar o desempenho do papel no curto prazo, seguimos com uma visão positiva para a as ações da Vale".

Para o banco, a empresa deve continuar a gerar um fluxo de caixa sólido e manter níveis atrativos de remuneração aos acionistas. "Adicionalmente, o prêmio de qualidade para o minério tende a se manter próximo do nível atual, devido à busca por maior eficiência e elevados padrões ambientais das siderúrgicas", consideram os analistas do Safra.

O BTG Pactual Digital também manteve suas posições em commodities para novembro, com as ações da Gerdau e da PetroRio. A Ativa Investimentos continuou com a Vale em seu portfólio.

Bancos

Conforme explica a XP Investimentos, enquanto o setor de commodities protege contra a inflação, o setor financeiro, com destaque aos bancos e seguradoras, tendem a se beneficiar do aumento da Selic. Com a taxa de juros mais alta, as operações de financiamento, crédito e seguros também ficam mais caras, levando as empresas financeiras a lucrarem mais.

Neste sentido, o BTG aumentou a sua exposição ao setor bancário para 15% com as ações do Itaú Unibanco, enquanto manteve a posição de 10% para a Porto Seguro.

Sobre o Itaú, os analistas do BTG destacam que a carteira de crédito cresceu a um ritmo mais forte do que o esperado no primeiro semestre e o ânimo segue positivo para o restante do ano e 2022. O resultado surpreendente no crédito, com linhas rotativas ganhando espaço, aliado à inflação e aos juros em alta, geram uma expectativa de que a margem financeira cresça em ritmo acelerado no segundo semestre deste ano.

Em relação à Porto, o banco explica que este continua a ser "um ativo defensivo num ambiente de elevadas taxas de juro e volatilidade macro/política".

A Ativa foi outra casa de investimento que manteve suas posições no setor financeiro, com exposição aos papéis do Itaú Unibanco, Bradesco e B3. A Genial optou por manter, também, o Itaú e o Santander em sua carteira recomendada de ações.

Já o Banco Safra, além de manter o Itaúsa e o BB Seguridade em seu portfólio de novembro, também incluiu as ações do Banco do Brasil, seguindo uma estratégia de aumento da exposição em bancos, uma percepção de um valuation "extremamente descontado" e uma percepção de bons resultados, segundo os analistas.

"Estamos confiantes de que o Banco do Brasil deve entregar uma forte expansão de lucro neste terceiro trimestre por conta da combinação de bom crescimento de receita (margem financeira e serviços) e queda de despesa de provisão, o que deve levar o seu resultado de 2021 a próximo do topo do guidance para o período", comenta o Safra.

Sobre o autor
Bruna Miato
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