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ata do Copom
Economia

Para próxima reunião, Copom antevê provável extensão do ciclo com ajuste menor

Colegiado destacou a importância de ter ‘cautela adicional’ diante da conjuntura econômica atual

Data de publicação:10/05/2022 às 10:21 -
Atualizado 2 anos atrás
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O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central repetiu nesta terça-feira, 10, por meio da ata de seu último encontro, que vê como "provável" nova alta da Selic (a taxa básica de juros) na próxima reunião, em junho, em ritmo menor do que o movimento feito este mês.

Porém, não sinalizou a magnitude do próximo ajuste. Na semana passada, o Copom elevou a taxa de juros básica em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano.

Copom
Copom sinalizou novo ajuste na taxa Selic, de menor magnitude, na próxima reunião, segundo ata - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Mas o comitê afirmou que sua atuação demanda "cautela adicional" diante da incerteza elevada da conjuntura econômica atual e do estágio avançado do ciclo de ajuste monetário, com impactos ainda a serem observados.

Desde o início do processo de aperto monetário, a Selic já subiu 10,75 pontos porcentuais, a alta mais forte desde 1999.

"Para a próxima reunião, o Copom antevê como provável uma extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude. O comitê nota que a elevada incerteza da atual conjuntura, além do estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demandam cautela adicional em sua atuação".

Copom, em ata

O BC ainda repetiu que poderão ser feitos ajustes nos próximos passos para convergência da inflação às metas e a depender da evolução do balanço de riscos, da atividade econômica e das projeções e expectativas de inflação.

Ciclo monetário segue apertado

Apesar de sinalizar uma redução do ritmo na próxima reunião, o Copom voltou a dizer que é apropriado que o ciclo de aperto monetário "continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista", preocupado com o aumento de suas projeções de inflação e com o risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos.

"O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas".

Copom, em ata

Arcabouço fiscal vigente

O Copom enfatizou nesta terça-feira, por meio da ata de seu último encontro, o alerta sobre o fato de que o nível de aperto monetário apropriado também é condicional ao arcabouço fiscal vigente.

O colegiado destaca no documento que debateu como o risco fiscal afeta a condução da política monetária e repete que as incertezas em relação ao futuro das regras fiscais atuais - leia-se, o teto de gastos, questionado por todos os candidatos à presidência - resultam em elevação dos prêmios de risco e aumenta o risco de desancoragem das expectativas de inflação.

"Esse movimento já é observado, em alguma medida, e já está parcialmente incorporado nas expectativas de inflação para prazos mais longos extraídas da pesquisa Focus, assim como nos preços de diversos ativos locais", destacou o Copom.

Embora tenha deixado de incluir no comunicado da semana passada, o BC repetiu na ata que o esmorecimento no empenho por reformas estruturais, bem como alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas, podem elevar a taxa de juros neutra da economia.

O que pensa o mercado sobre a ata do Copom?

Para Fabio Louzada, economista e fundador da escola Eu me banco, a ata do Copom não trouxe nenhuma surpresa.

No entanto, ele chama atenção para um dos pontos do documento que diz que "é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista".

“Devemos chegar no fim de 2022 com a taxa de juros pelo menos a 13,5% ao ano. Essa ata traduz bem minha linha de pensamento, já que Roberto Campos Neto (presidente do BC) já afirmou que irá brigar para diminuir a inflação no país”.

Outro ponto destacado por Louzada diz respeito ao cenário inflacionário global, citado na ata, por conta da alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), choque de ofertas ligados à guerra na Ucrânia e política de lockdown na China.

“Esses três fatores têm gerado pressão muito maior e preocupação para o BC para continuar subindo juros”. / com Agência Estado

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