PIB dos Estados Unidos avança 5,7% em 2021 e surpreende o mercado
Em 2020, o resultado foi uma contração de 3,4%
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve expansão real de 5,7% em 2021, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 27, pelo Departamento do Comércio do país. O resultado veio bem acima da mediana das expectativas do mercado, de uma variação positiva de 5,5%. Em 2020, a economia dos EUA havia sofrido uma contração de 3,4%, em meio aos efeitos da pandemia de covid-19.
O mesmo Departamento do Comércio informou que o PIB dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 6,9% no quarto trimestre de 2021, de acordo com a primeira leitura do indicador. No terceiro trimestre de 2021, a economia norte-americana teve expansão anualizada bem menor, de 2,3%.
O órgão informou ainda que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu à taxa anualizada de 6,5% entre outubro e dezembro. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 4,9% no mesmo intervalo.
Dados econômicos dos EUA
PIB anualizado 4T21 | Pedidos de Seguro Desemprego | |
Valor | 6,9% | 260 mil |
Expectativas | 5,5% | 260 mil |
Anterior | 2,3% | 290 mil |
Destaques do PIB dos Estados Unidos
Em análise, a equipe de Research do BTG Pactual Digital destaca que, no quarto trimestre, foi possível observar uma relevante recuperação da atividade econômica nos primeiros dois meses após a onda de infecções da variante Delta. "A despeito das pressões inflacionárias, a sutil melhora nos gargalos produtivos impulsionaram a indústria e a forte demanda, mesmo com o fim dos auxílios governamentais, guiaram os dados de consumo", explica o banco.
Os analistas ressaltam que:
- Os investimentos contribuíram com uma alta de 5,2% no PIB dos Estados Unidos;
- A recomposição dos estoques apresentou alta de 4,9%
- A contribuição do consumo no PIB passou de 1,35% para 2,25% no quarto trimestre, sendo 2,2% de serviços;
- O setor externo apresentou contribuição neutra.
Perspectivas
"Para 2022, esperamos uma leve desaceleração impactada pelo avanço da variante ômicron (principalmente no primeiro trimestre, que tende a ser o mais fraco do ano) e, também, sinais de acomodação dos indicadores que foram fortemente impulsionados pela elevada liquidez, pelos incentivos governamentais e pela retomada da economia. Vale ressaltar que o carrego deixado pelo PIB de 2021 para 2022 foi de 1,9%, próximo do crescimento potencial do país".
BTG Pactual Digital
Com Agência Estado