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Fundos de Investimentos

O que esperar dos multimercado em 2023; confira o ranking dos mais rentáveis em 2022

Especialistas esperam por reação do setor, que perdeu muitos recursos este ano; campeões do ano rendem mais de 30%

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Data de publicação:27/12/2022 às 04:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Especialistas e gestores esperam uma virada dos fundos multimercado em 2023. Tanto em captação como em desempenho, depois de forte sangria nas carteiras em 2022 – os fundos multimercado acumulam uma geração líquida de R$ 83,7 bilhões no ano, até novembro, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O cenário continua desafiador, tomado ainda por elevados riscos, tanto aqui como no exterior, mas com boas oportunidades de ganhos, segundo especialistas. A questão é arriscar e mirar na ponta certa de diferentes mercados para entregar bons resultados aos cotistas.

renda fixa
Cenário continua desafiador com riscos elevados para os multimercado - Foto: Reprodução

O apelo está em uma estratégia em que os grandes fundos multimercados em geral acenam para uma rentabilidade superior ao benchmark, o CDI, comenta Jonas Doi, sócio e portfólio manager da Alphatree Capital. “Algo como CDI mais 5% ou até mais no longo prazo.”

Rendimento além do CDI

As casas de maior porte estão redirecionando os clientes para os multimercados que acenam com CDI e um adicional de rentabilidade. “O CDI, que anda colado na Selic, pode até cair, mas dificilmente ficará abaixo de 10%. O que parece certo é que deve continuar alto, em torno de 14%, por mais tempo. E poderá até subir”, acredita.

A aposta nos multimercados tem como expectativa central a permanência do CDI ao redor de 14% no ano que vem. “O benchmark dificilmente ficará abaixo disso, em uma estimativa bem conservadora”.  A única preocupação é como ficará o governo nesse processo de transição para o do presidente eleito. Incertezas com a política econômica, fiscal, equilíbrio das contas públicas e tudo o mais.

Esse é o ponto principal, destaca. Em 2022, a preocupação foi mais com o cenário externo, em 2023 o cenário doméstico ficará mais relevante. “A mudança de governo chama mais a atenção do mercado.”

Jonas Doi acredita que a volatilidade tende a ficar mais alta nos mercados “e o CDI alto é muito relevante nesse cenário”. Em um ambiente de incerteza fiscal, com inflação em alta e com eles os juros, “os multimercados, além de gerar ganhos, servem também como proteção”.

Multimercado como proteção

Como ocorreu este ano, aponta, quando os multimercados serviram de defesa, uma espécie de proteção contra a alta de juros globais e de commodities. Os gestores reagiram a esse movimento com uma posição tomada em juros americanos e em commodities. A estratégia levou a duplo ganho. Com os juros elevados, para o controle da inflação, e com a alta das commodities, responsáveis por boa parte da pressão sobre os preços, que reforçaram o ganho das carteiras com esses ativos.”

O movimento poderá ser repetido em 2023, de acordo com especialistas, se a flexibilização da política de covid zero levar a uma retomada da economia chinesa e à valorização das commodities. Analistas apontam, contudo, uma eventual recessão como possível risco a essa dinâmica.

Em geral, a estratégia dos multimercados consiste na alocação diversificada da carteira, com boa parte dos recursos investidos nos mercados internacionais de juros, moedas, ações e commodities.

De olho no exterior

Em face das incertezas domésticas e internacionais, uma estratégia interessante é a diversificação do risco com a exposição de parte do portfólio em ativos no exterior, diz Jones Doi. Com peso ainda maior ao cenário externo. “Uma estratégia que dê preferência a ativos que não estejam  correlacionados com o cenário interno, de risco maior, com a redução de posições locais e o aumento no exterior.”

Ele destaca que o cenário internacional passou por um movimento de ajuste de política monetária forte nos Estados Unidos e a economia pode dar uma freada forte. “A questão é saber até quando Powell (Jerome Powell, presidente do Fed) levará a política dura de juros, já que a economia deve ficar mais fraca.” Ele acredita que o ciclo, embora com ritmo mais fraco de ajuste, poderá ir até os miados do próximo ano.

Em sua última reunião do ano, na quarta-feira, 14, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduziu o ritmo de ajuste de juros nos EUA. Em vez de 0,75 ponto porcentual, a taxa referencial de juros americana subiu 0,50 ponto, para uma faixa entre 4,25% e 4,50%. O sócio e portfólio manager da Alphatree Capital estima que a taxa terminal no fim do ciclo fique em um intervalo entre 4,50% e 5,00%.

Jonas Doi avalia que o horizonte para o ano que vem tende a ser desfavorável para o mercado de ações, com a perspectiva de persistência de juros altos e o risco de possível recessão. Um cenário que derrubou o mercado de ações americano, sobretudo as de empresas de tecnologia este ano. “Os juros nos EUA parecem estar em bom patamar, mas parecem pouco atrasados em outros países”, principalmente na Europa.

Gustavo Peres, sócio e diretor comercial da Alphatree Capital, avalia que o cenário, doméstico e global, continua desafiador, mas favorável para os multimercados. Ele acredita em uma virada de fluxo para os fundos multimercado, “à medida que passar a gerar alfa”, após as fortes saídas de recursos dessa classe de ativos ao longo deste ano.

Os melhores multimercado em 2022

Dez fundos multimercado apresentam o rendimento superior a 30% acumulado no ano até o dia 9 de dezembro. O maior deles, em patrimônio e número de cotistas, o Asa Hedge, é também o mais rentável no ano.

Destaque também para o Ibiuna Long Short e os fundos que replicam a sua carteira, todos se posicionando no ranking seleto dos dez campeões. 

Todos esses fundos superam com larga margem de vantagem o benchmark, o CDI, que ficou em 11,52% e também a inflação, com IPCA acumulado de 5,32% no mesmo período.

FundoRend. 2022Patrimônio R$Cotistas
Asa Hedge FIC FIM37,95%1,918bi30,9 mil
Exploritas Alpha A.Latina37,83%190,8 mi3,24 mil
Systematica Blue Trend Adv.36,29%246,4 mi2,08 mil
Mar Absoluto FIC FIM32,66%1,536 bi3,85 mil
Ibiuna Long Short Adv.31,87%261,6 mi7,97 mil
Ibiuna Long Short STLS 31,81%828,9 mi1,35 mil
Acesso Ibiuna L.S. 2 Multi31,69%232,0mi4,29 mil
Ibiuna L.S. Ágora31,52%24,07mi1,11 mil
Manager Ibiuna L.S.31,33%111,2mi1,91 mil
Ibiuna L.S. STLS Seleção31,22%199,5mi1,98 mil

Fonte: Rastreador de Fundos da Mais Retorno

Em período um pouco mais longo, de 17 meses, os mesmos fundos se encontram em posições de destaque. Ganham também do CDI e da inflação.

O Asa Hedge permanece na liderança, com rendimento acumulado de, e dois fundos Vinland Macro Plus aparecem no ranking de mais rentáveis.

multimercado
Fonte: Comparador de Ativos da Mais Retorno

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Sobre o autor
Tom
Repórter da Mais Retorno