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Economia

Qual o cenário-base e as projeções para o Ibovespa em 2023; 9 casas opinam

Mesmo com todas as incertezas, aqui e lá fora, analistas apostam em alta da Bolsa no ano que vem

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Data de publicação:14/12/2022 às 08:00 -
Atualizado um ano atrás
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O cenário-base visto por analistas e gestores para a Bolsa em 2023 embute dois fatores de preocupação principais, um interno decorrente de piora dos riscos fiscais , e outro externo, ligado ao aperto esperado e recessão global .

Mesmo com todos os possíveis percalços pela frente, os especialistas trabalham com valorização do mercado de ações. As apostas chegam a uma alta de até 31% do Ibovespa, em relação ao fechamento desta terça-feira, 13, aos 103 mil pontos.

Casa

Ibovespa

em 2023

Alta
BofA135.00031%
Órama132.00028%
Modal132.00028%
Messem Inv.130.00026%
Warren Asset128.00024%
Toro125.00021%
XP125.00021%
Blue3125.00021%
Genial109.7006,5%

(*) Cálculos com Ibovespa em 103 mil pontos

Problemas domésticos

Pelo lado doméstico, está na mira a condução da política econômica do novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva . São dois os focos. De saída, com os nomes dos principais assessores que formarão a equipe do ministro indicado para a Fazenda Fernando Haddad . E com a condução da política fiscal, relacionada ao controle das contas públicas de acordo com a âncora fiscal formalizada na PEC da Transição .

A questão fiscal do País ganha relevância para o mercado à medida que muitos analistas vinham apostando em corte da Selic já a partir de meados de 2023. O novo rearranjo fiscal, desenhado na PEC de Transição, turvou essa crença e uma ala passou a temer até uma retomada de alta de juros diante do provável aumento de gastos públicos pelo novo governo.

Questões internacionais

No cenário internacional, os fatores de incerteza estão associados ao aperto monetário pelos bancos centrais de países desenvolvidos, principalmente pelos EUA e países da Europa, que ainda possam provocar uma queda da economia mundial.

O novo ano começa até com sinais de certa reversão de expectativas em relação ao cenário mais pessimista que predominou no mercado ao longo de 2022.

Parte dos analistas já vê uma perspectiva de recuperação da economia dos países centrais, um freio na alta dos juros e uma nova dinâmica da atividade global com a provável reabertura da economia chinesa, na esteira do afrouxamento ou fim da política de covid zero na China.

ms global
Projeções de alta para o Ibovespa vão de 6,5% a 31% em 2023

O que esperar das ações

Os analistas da XP veem as ações brasileiras em 2023 com uma visão mais cautelosa, por causa de riscos globais e domésticos. “Caminhamos para o início de mais um período de incertezas e desafios para os mercados, no Brasil e no mundo”, escreve em relatório a equipe de análise.

No exterior, apontam os riscos de recessão ainda altos em um ambiente de juros contracionistas das principais economias globais. Um cenário que pode levar a novas revisões de lucros das empresas para baixo. Internamente, a trajetória da política fiscal ainda é bastante incerta, o que deve manter a volatilidade no mercado em alta.

Em termos globais, vários indicadores apontam uma possível recessão nos países desenvolvidos. Um cenário em que a preocupação com a inflação, que marcou 2022, deve ser substituída pelas incertezas em relação ao crescimento das principais economias, como os EUA e a Europa.

Um evento visto como alentador, nesse quadro, é a perspectiva de relaxamento da política zero covid na China, que pode levar à reabertura da economia, com efeitos positivos para os preços de commodities. A equipe de analistas da XP destaca que, no Brasil, as incertezas fiscais devem manter a volatilidade em alta no mercado financeiro.

Como investir nesse cenário

Os riscos globais e domésticos impõem uma visão mais cautelosa para as ações brasileiras, dizem os analistas. A equipe reafirma que não gosta de ativos com valuations muito altos, por exemplo, empresas de crescimento como e-commerce, ações do segmento mais voltado para o consumo em um cenário macro ainda desafiador e papeis que se correlacionam negativamente com taxas de juro em alta, como as construtoras.

As small caps também podem sofrer por causa de maior exposição ao crescimento doméstico. Os analistas apontam ainda as expectativas crescentes de alta dos juros em 2023 que pode continuar pressionando essas empresas de menor valor de mercado.

Um dos setores que devem beneficiar-se pela dinâmica de oferta e demanda, apontam, é o de commodities, sobretudo o de petróleo e gás. O valor estimado como justo para o Ibovespa, para a equipe, é de 125.000 pontos para o fim de 2023.

China é ‘copo meio cheio’, analisa Genial

A equipe de análise da Genial Investimentos espera, no cenário doméstico, por maiores gastos públicos, o que deverá manter a Selic em patamar elevado por mais tempo. “A PEC de Transição gera escalada do risco fiscal”, escreve em relatório. E diz acreditar também que, no exterior, o mercado vai mudar aos poucos sua narrativa de inflação para recessão.

O cenário global continua desafiador, embora em algumas regiões, como a China, investidores comecem a olhar o “copo meio cheio”, avalia. 

Após meses de lockdowns, em uma estratégia de combate à covid, a flexibilização dessa prática mudou a percepção e a expectativa de investidores sobre a economia chinesa. Com o setor imobiliário ainda fragilizado, a equipe acredita que a melhor forma de se expor a esse cenário será via commodities agrícolas e energéticas.

A equipe de analistas afirma que espera uma reabertura da economia chinesa nos próximos meses, “o que seria positivo para os preços das commodities”. Seguindo a postura conservadora e mais focada no cenário internacional, a estratégia da casa reforçou o aumento de exposição em commodities e reduziu a exposição em ações ligadas à economia local.

A cautela com o cenário doméstico levou a uma reprecificação alvo para o Ibovespa no fim de 2023. De uma faixa de 112.400, que seria uma pontuação justa de acordo com o modelo de análise da gestora, foi rebaixado agora abaixo do neutro em 109.700 pontos.

Blue3 aposta mais na reação da economia chinesa 

Leonardo Neves, especialista em renda variável da Blue3, comenta que o mercado de ações estará focado em dois eventos em 2023: na transição de governo, que tenderia a ser mais um fator de instabilidade nos mercados, e a provável reabertura total da economia chinesa como etapa pós-covid, “que poderá levar o Ibovespa a patamares mais elevados”.

O especialista considera que “a China pode fazer muito mais preço no nosso mercado que as questões ligadas à transição para o novo governo do presidente eleito”. Neves diz que o mercado vai avaliar os nomes da nova equipe econômica, do ministro da Fazenda a seus principais assessores, “isso vai fazer preço, mas a flexibilização chinesa tende a ser muito mais impactante no mercado de ações”, acredita.

Neves diz que a reabertura total da China significaria “aumento do consumo e do preço de commodities, uma valorização do setor e do Ibovespa, formado basicamente por commodities”. Sua estimativa, “em termos de preço sobre lucro, com a taxa de juros de hoje, é que o Ibovespa poderia chegar com facilidade a 125.000 pontos”.

Órama tem visão otimista e atualiza o Ibovespa

Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Órama Investimentos, diz ter uma visão moderadamente otimista, com a perspectiva de uma política fiscal responsável do novo governo. Expectativa que motivou uma atualização da projeção do Ibovespa para 132 mil pontos no fim de 2023.

Com âncora fiscal, BofA prevê alta superior a 20% do Ibovespa 

A equipe de estratégia do Bank of America (BofA) prevê uma alta superior a 20% para a bolsa brasileira ao longo do próximo ano, com o Ibovespa chegando ao fim de 2023 em 135 mil pontos. Embora as estimativas indiquem um crescimento fraco da economia, o banco projeta um aumento do lucro das empresas nos próximos dois anos.

“Continuamos acima do peso (acima do desempenho médio do mercado) no Brasil. Não vemos o movimento nas taxas como estrutural e nosso cenário-base inclui algum tipo de âncora fiscal ”, anotam os estrategistas do banco americano.

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Sobre o autor
Tom
Repórter da Mais Retorno

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