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Mercado Financeiro

‘Nova batalha dos ETFs’: XP zera taxa de administração do BOVX11 na briga por investidores

Além da casa, bancos como Itaú e BTG Pactual buscam espaço nesse mercado que não para de crescer

Data de publicação:26/07/2021 às 14:30 -
Atualizado um ano atrás
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Na guerra dos ETFs, uma nova batalha está em curso, a de reduzir as taxas de administração: bastou o BTG lançar nesta segunda-feira, 26, o seu ETF IBOB11, que segue o Ibovespa, com o custo de apenas 0,03% ao ano em seu ETF, para que a XP zerasse a taxa do seu ETF BOVX11, vinculado ao mesmo índice, ainda que temporariamente.

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XP zera taxa de administração de seu ETF IBOVX11 e apimenta ainda mais a disputa de gigantes no mercado - Foto: Envato

A XP tem concorrentes de peso nessa disputa, como Itaú, BTG Pactual, Caixa, Black Rock, entre outros. Mas essa briga começou há alguns dias entre esses bancos.

Inicialmente o produto da XP foi lançado pela casa em junho, replicando o Ibovespa, com taxa de administração que ja era competitiva em relação aos demais, de 0,15%.

Porém, o Itaú fez uma “contraofensiva” e reduziu a taxa do seu ETF atrelado ao Ibovespa, o BOVV11, de 0,30% para 0,10%. Depois disso, foi a vez de o BTG Pactual anunciar o novo IBOB11, na última sexta-feira, 23, com taxa de apenas 0,03%. ETF que passou a ser negociado na B3, nesta segunda-feira.

Um movimento que faz muito sentido, segundo analistas, porque os ETFs terão uma gestão mais passiva, na medida em que vão espelhar ações que compõem o Ibovespa.

Com esse tombo da taxa a zero, a XP vai oferecer o seu ETF sem custo até que o patrimônio do fundo some R$ 1 bilhão, quando retorna com a taxa a 0,15%.

Criado em 2016, o ETF BOVV11 do Itaú tem patrimônio de R$ 7,4 bilhões. Já o da BOVX11 da XP tem R$ 62,3 milhões, com cotas negociadas abaixo de R$ 13.

Em um segmento em franca expansão, os ETFs atrelados ao Ibovespa são os principais produtos que têm puxado o crescimento desse tipo de produto financeiro no Brasil.

Os especialistas consideram os fundos de índice uma opção prática e interessante de diversificação na renda variável, com valor e custos baixos. A aplicação é feita por compra de cotas, que são negociadas na B3, em qualquer corretora de valores, como se fosse uma ação.

Diversidade de produtos

Segundo o chefe de renda variável do BTG Pactual, Will Landers, o IBOB11 concorrerá com outros produtos que também seguem o indicador – além do Itaú e XP, há também os ETFs da Black Rock.

Com esse ETF, de acordo com Landers, a intenção é democratizar e facilitar o acesso dos clientes à renda variável, aos ativos negociados em Bolsa.

Além do IBOB11, o banco também lança mais dois ETFs para atuar com mais musculatura no segmento: o BTG Pactual S&P/B3 Ingenius Fundo de Índice e o BTG Pactual Ibovespa B3 Fundo de Índice.

O ETF de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), o BTG Pactual S&P/B3 Ingenius Fundo de Índice, que será negociado com o código GENB11, aplicará os recursos de cotistas nas 15 companhias globais com mais liquidez listadas na B3, por meio de BDR, como Amazon, Microsoft e Facebook, dentre outros.

A ‘briga’ é de gigantes, todos interessados em atrair os investidores, principalmente os pequenos, para seus produtos, considerados uma forma barata e prática de diversificar a carteira de investimentos, com perspectiva de uma rentabilidade mais atraente que a de renda fixa, principalmente.

O ETF pioneiro do BTG Pactual no mercado negociado com o código ESGB11 acompanha o índice S&P/B3 Brazil ESG, que investe nas empresas da B3 com as melhores práticas de sustentabilidade.

A grade de fundos de ETF do banco na B3 pode aumentar ainda mais em agosto. O BTG já tem engatilhado o lançamento de mais dois, ampliando para cinco o número de produtos dessa modalidade no mercado.

Fundo verde

Outra empresa que também está entrando para reforçar essa disputa é a Hashdex, que anunciou na última sexta-feira, 23, que listará seu novo ETF, totalmente alocado em bitcoin e com pegada de sustentabilidade no próximo dia 5 de agosto.

O novo produto espelhará um fundo chamado Hashdex Nasdaq Bitcoin ETF e será negociado na B3 com o código BITH11.

O ETF terá taxa de administração de 1% ao ano, com valor mínimo de aplicação previsto de R$ 50. As reservas de cotas para participação no fundo podem ser feitas até 30 de julho nas plataformas dos coordenadores das ofertas (XP, Itaú BBA e banco Genial).

O que é e como funcionam os ETFs

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos negociados em bolsa de valores - em nosso país, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Eles são negociados na forma de cotas, como as de fundos imobiliários e ações.

O objetivo de um ETF é replicar um índice, como o Ibovespa, ou um segmento de mercado. Quem aplica em um produto desses fica exposto de forma passiva ao índice de referência ou ao segmento que o gestor mira para formar a carteira e entregar o que faz parte da proposta para o cotista.

A gestão passiva, que redunda em uma estratégia mais simples, possibilita que o custo de aplicação em um ETF tenha uma taxa de administração mais baixa – o que estimula a “guerra de taxas” dentre os ETFs atrelados ao Ibovespa. Uma disputa em que o beneficiado é o investidor.

Sobre o autor
Julia Zillig
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