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Mercado Financeiro

Merge do Ethereum é finalizado e rede migra para o sistema PoS, com promessa de ser mais sustentável

Merge do Ethereum começou em 6 de setembro e foi concluído no dia 15 do mesmo mês

Data de publicação:19/09/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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No último dia 15, nove dias após iniciar sua atualização, a rede blockchain Ethereum concluiu sua migração do sistema de prova de trabalho (Proof of Work, ou PoW) para prova de participação (Proof of Stake, ou PoS). Na prática, o que mudou foi o mecanismo de consenso, ou seja, a forma como os participantes da rede aprovam as operações feitas com as criptomoedas.

Para Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset, O Merge do Ethereum ocorreu tranquilamente, depois de anos de planejamento. "Os desenvolvedores fizeram repetidos testes em testnets antes de implementar na rede principal (mainnet), diria que operacionalmente ocorreu da forma mais sem fricção possível", pontua.

ethereum 2.0 merge
Merge do Ethereum começou em 6 de setembro e foi concluído no dia 15 do mesmo mês | Foto: Reprodução/AotuNote

O especialista destaca que o único ponto de atenção que ocorreu no processo de migração era o risco de que uma nova rede baseada no sistema PoW fosse criada como derivação da mudança, caso participantes do antigo Ethereum não aceitassem migrar para a rede 2.0. A cautela do mercado era saber, caso isso acontecesse, como a rede derivada funcionaria, "mas ocorreu uma coordenação da comunidade que mitigou esse risco", afirma Ludolf.

O que mudou com o Ethereum 2.0?

Toda blockchain precisa de uma rede de consenso para verificar os dados e validar as operações que acontecem naquele ambiente. O modelo utilizado pelo Ethereum antes da atualização (que a forma de mineração tradicional, também usada pelo Bitcoin) é a PoW, onde os mineradores, por meio de computadores de altíssima tecnologia e processamentos, competem entre si para poder verificar operações e, a partir deste trabalho, são recompensados com ether (ETH), a criptomoeda da rede.

Os mineradores precisam decifrar códigos matemáticos complexos e, por isso, precisam de máquinas muito potentes, o que envolve muita energia elétrica, explica Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa Investimentos. No Ethereum 2.0, no entanto, a exigência para que os investidores possam se cadastrar e, assim, receber transações para verificar é de que sejam mantidos, pelo menos, 32 ETH "trancados" na carteira de cada um dentro da rede.

"O que vai acontecer é que a prova de participação vai permitir que o Ethereum escale de maneira mais fácil, porque vai custar mais barato e vai ser mais rápido transacionar."

Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa Investimentos

Insatisfação dos mineradores com o Merge do Ethereum

De acordo com reportagem do Valor Econômico, algumas pessoas mais céticas em relação ao Merge do Ethereum consideram que a rede blockchain "virou as costas" para os mineradores. De fato os mineradores pararam de participar da rede com a transformação.

Afinal, para avaliar as operações realizadas dentro do Ethereum, agora, não é mais necessário trabalhar com máquinas específicas. Basta manter a quantidade exigida de criptomoedas armazenada e, assim, o participante da rede poderá ser sorteado para validar os negócios, o que o recompensará com novos ativos digitais.

"Alguns investidores já faziam o staking e, com a mudança de mecanismo de consenso bem sucedida, mais investidores devem fazê-lo. Os mineradores vão precisar vender suas máquinas ou plugar essa capacidade de processamento em outras blockchains como o Ethereum Classic. Para os investidores temos um menor gasto de energia elétrica que pode ser um apelo a investidores que são mais sensíveis a pautas ESG e uma provável redução na curva de oferta de ethers o que pode ser positivo para preço."

Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset

Perspectivas com o Merge do Ethereum

Em termos de concentração de renda, Ludolf não enxerga grandes diferenças. "A atividade de mineração também é muito capital intensiva e está nas mãos de grandes conglomerados. O staking em determinados sentidos é inclusive mais democrático ao permitir que players menores participem da validação da rede", aponta.

Sobre a liquidez do ether com o Merge do Ethereum, ele afirma que cerca de 10% da criptomoedas já estava e continua neste formato "staked", o que não deve trazer alterações significativas.

"Acho o impacto positivo para o mercado como um grande feito de coordenação e engenharia. Não acho que significa que o PoW é melhor ou pior que o PoS, há espaço para ambos os mecanismos no mercado."

Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset

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Sobre o autor
Bruna Miato
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