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Foto: B3/Divulgação
Mercado Financeiro

Mercados têm agenda cheia com China, EUA e CPI

O cenário internacional, com uma agenda carregada de eventos, como dados econômicos da China e Estados Unidos, será o foco das atenções do mercado financeiro também…

Data de publicação:17/05/2021 às 08:06 -
Atualizado 3 anos atrás
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O cenário internacional, com uma agenda carregada de eventos, como dados econômicos da China e Estados Unidos, será o foco das atenções do mercado financeiro também nesta semana. E dividem as atenções com o ambiente doméstico, com a divulgação do Relatório Focus e com os desdobramentos da CPI da Covid.

Nesta segunda-feira, 17, o mercado financeiro já amanheceu tendo à frente os dados da produção industrial da China.  Em abril, a produção industrial chinesa teve acréscimo anual de 9,8%, menor do que o ganho de 14,1% de março, mas próximo às expectativas do mercado, que eram de uma expansão de 10% no acumulado em 12 meses, até abril.

Foto: Envato
China: produção industrial atingiu crescimento anual de 9,8%, próximo das expectativas de do mercado - Foto: Envato

Investimentos em ativos fixos também subiram mais do que se previa entre janeiro e abril, com aumento de 19,9%, mas as vendas no varejo ficaram aquém das expectativas no último mês, ainda que tenham saltado 17,7%.

“Uma frustração dessa expectativa pode mexer com as cotações do minério de ferro e, por tabela, afetar as empresas brasileiras exportadoras dessa matéria-prima”, avalia Davi Lelis, especialista e sócio da Valor Investimentos. As ações de exportadoras de commodities já vêm de forte queda ao longo da semana passada.

Para Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, por consequência da queda do preço do minério de ferro pelo temor de que o governo chinês pode adotar medidas para intervir nos preços do aço.

O grande evento da semana, porém, que atrai renovado interesse após o esticão da inflação americana é a divulgação, na quarta-feira, da ata do FOMC (Comitê de Mercado Aberto, versão americana do Copom brasileiro).

“A grande preocupação dos mercados é a pressão inflacionária nos EUA”, afirma Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.

Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos entende que o FOMC, do Fed (Federal Reserve, banco central americano), pode mudar o discurso para um tom mais duro em relação aos juros após a aceleração da inflação em abril.

Simone, da Reag Investimentos, não acredita que os termos da ata tragam preocupação maior com a inflação, mas não descarta alguma sinalização dos rumos da política monetária americana. Ainda na quarta-feira serão divulgados os dados referentes ao estoque bruto de petróleo nos EUA.

A expectativa é que indiquem uma redução no nível de óleo armazenado, em linha com o aumento de consumo, diante dos sinais de retomada da economia, que exigiria maior demanda por petróleo. Para Lelis, é mais um dado que pode entrar na avaliação do Fed para traçar o rumo da política monetária nos EUA.

Cenário doméstico

O especialista e sócio da Valor Investimentos diz que o investidor dedicará mais atenção também aos dados do boletim Focus, que serão divulgados nesta segunda-feira, e ao andamento da CPI da Covid-19.

O foco, segundo Lelis, é a alta estimada para o PIB deste ano, que passou a atrair maior interesse depois que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na semana passada, apontou crescimento de 2,3% no primeiro trimestre.

O indicador é considerado uma prévia do PIB. Após três revisões para cima, a última projeção estampada no Focus apontou crescimento de 3,21% para este ano.

Outro ponto de atenção é o andamento da CPI da Pandemia, que apura as ações do governo Bolsonaro no combate à pandemia, em ambiente de crescente tensão política.

Por enquanto o mercado tem apenas monitorado os trabalhos da comissão, mas se houver fatos contundentes que responsabilizem o governo pela tragédia sanitária, o mercado financeiro poderá reagir negativamente, acreditam especialistas.

CPI da Covid: Pazuello blindado

O mercado financeiro segue acompanhando o andamento dos trabalhos da CPI da Covid no Senado. Na última sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu garantir o direito ao silêncio ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em depoimento previsto para a próxima quarta-feira, 14.

O ministro obrigou que o general da ativa compareça à comissão, mas o impediu de “sofrer quaisquer constrangimentos físicos ou morais, em especial ameaças de prisão ou de processo”. O depoimento é crucial para os trabalhos da comissão.

Ao acionar o STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) apontou que Pazuello é alvo de inquérito que investiga sua atuação no colapso da rede pública de saúde em Manaus, onde dezenas de pacientes morreram asfixiadas devido à falta de oxigênio nos hospitais.

O caso, que tramitava no STF, foi enviado à Justiça Federal do DF após Pazuello perder o cargo e a prerrogativa do foro privilegiado. Agora, um dos temores do governo é o de que o ex-ministro produza provas contra si mesmo, reforçando as acusações levantadas no inquérito.

NY: futuros sem sinal único

Os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York operam mistos nesta segunda-feira, com os investidores atentos à semana que tem acontecimentos econômicos importantes que podem mexer com os movimentos do Fed sobre a inflação.

Na última sexta-feira, as bolsas americanas fecharam em alta, com recuperação após as quedas recentes geradas pelo temor da inflação que dominou os mercados globais nos últimos dias.

O recuo nos juros dos Treasuries também abriu espaço para ganho nas ações. Os índices foram impulsionados sobretudo pela recuperação dos setores de tecnologia, que havia sofrido algumas das maiores baixas, e de energia, em dia de alta no petróleo.

O índice Dow Jones avançou 1,06%, em 34.382,13 pontos, o S&P 500 subiu 1,49%, a 4.173,85 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 2,32%, a 13.429,98 pontos. Na comparação semanal, as perdas foram de 1,14%, 1,39% e 2,34% respectivamente.

As vendas no varejo e o sentimento do consumidor nos Estados Unidos vieram abaixo do esperado nesta sexta, mas a avaliação entre analistas é de que o cenário macroeconômico não se alterou. Na visão da presidente da distrital de Cleveland do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Loretta Mester, nenhum dos indicadores inspira mudanças significativas na postura da política monetária.

Em entrevista à Bloomberg TV nesta sexta, a dirigente comentou que a recuperação será marcada por alguns "tropeços", mas que o quadro segue promissor.

Para o JP Morgan os movimentos de queda recente no mercado acionário "são consistentes com uma reação em cadeia que ocorre quando os mercados estão caros e a inflação sobe o suficiente para questionar a política monetária que os tem apoiado".

O banco ainda não vê o atual momento como um ponto de inflexão, mas avalia a possibilidade de "redução moderada nas trajetórias de longo prazo de ações mais altas".

Bolsas asiáticas fecham sem sinal único

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, depois de uma série de dados econômicos chineses e após um salto no número de casos de covid-19 na região levar Taiwan e Cingapura a endurecer restrições numa tentativa de conter a doença.

No mercado taiwanês, o Taiex sofreu um tombo de 2,99% hoje, aos 15.353,89 pontos, após a administração local impor no fim de semana novas medidas de bloqueio em reação a um aumento nas infecções por coronavírus. O índice acumula perdas de quase 13% desde sua máxima mais recente, atingida no fim de abril.

Nos últimos dias, Cingapura também anunciou restrições a reuniões públicas e outras iniciativas, e a situação da covid-19 na Índia permanece alarmante, gerando temores de que a forte recuperação econômica da Ásia desacelere.

Também apresentaram desempenho negativo nesta segunda o japonês Nikkei, que caiu 0,92% em Tóquio, aos 27.824,83 pontos, e o sul-coreano Kospi, que recuou 0,60% em Seul, aos 3.134,52 pontos.

Por outro lado, as bolsas da China continental se valorizaram após novos indicadores mostrarem que a segunda maior economia do mundo segue se recuperando dos efeitos do coronavírus, ainda que em ritmo mais lento.

O Xangai Composto subiu 0,78%, aos 3.517,62 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,15%, aos 2.320,33 pontos. O dia foi positivo também em Hong Kong, onde o Hang Seng avançou 0,59%, aos 28.194,09 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, mas distante das máximas do pregão. O S&P/ASX 200 avançou 0,13% em Sydney, aos 7.023,60 pontos, após chegar a subir mais de 0,70% em seu melhor momento. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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