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Mercado Financeiro

Bolsa recua 0,13% na semana, mesmo com alta de 0,97% nesta sexta

A Bolsa encerrou o pregão desta sexta-feira, 14, com valorização de 0,97%, aos 121.880,82 pontos, puxada pela alta dos papéis da Petrobras, com os balanços de…

Data de publicação:14/05/2021 às 10:53 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa encerrou o pregão desta sexta-feira, 14, com valorização de 0,97%, aos 121.880,82 pontos, puxada pela alta dos papéis da Petrobras, com os balanços de outras empresas e os novos dados da economia americana. 

A alta desta sexta, no entanto, não impediu que na semana o Índice Bovespa fechasse com queda de 0,13% na semana. O segmento de ações foi duramente afetado pela alta de preços ao consumidor dos Estados Unidos em abril, de 0,8%, acima do esperado. O receio é o de que uma inflação mais vigorosa possa levar o banco central americano, o FED, a promover uma elevação dos juros mais cedo. E juros altos são rivais das bolsas de valores. Na quarta-feira, 12, dia em que o indicador foi divulgado, a B3 caiu caiu 2,65%.

Nos dias posteriores, no entanto, o mercado reagiu positivamente às declarações de lideranças do Federal Reserve (Fed), de que a recente pressão inflacionária tem caráter transitório. Garantiram ainda a manutenção da atual política monetária, o que serve como chancela ao plano de estímulos econômicos do presidente Joe Biden.

Nesta sexta-feira, o dólar registrou queda de 0,8%, cotado a R$ 5,271. De acordo com analistas, o cenário externo está favorável para as moedas emergentes e ativos de renda variável, com enfraquecimento da divisa dos Estados Unidos e recuo dos rendimentos dos Treasuries longos. No acumulado da semana, a moeda americana avançou 0,76% frente ao real.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

Apesar do lucro obtido no 1º trimestre ter vindo abaixo das expectativas do mercado – R$ 1,17 bilhão contra projeções bem mais elevadas, de R$ 2 a 4 bilhões – a Petrobras viveu um dia de ganhos acentuados na B3, com valorização de 4,8% de suas ações.

Em caminho oposto, as siderúrgicas tiveram baixas em seus papéis nesta sexta-feira, como reflexo da queda do preço do aço. As ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) desvalorizavam 2,84%, Vale na mesma esteira em queda de 1,54%, Gerdau com perdas de 3,45% e Usiminas com recuo acentuado de 4,96%.

NY: contratos em alta

As bolsas de Nova York iniciaram o pregão desta sexta-feira em alta, com os investidores absorvendo os novos dados econômicos divulgados nesta manhã, como o volume de vendas no varejo em abril e a produção industrial do período, que ajudará a balizar os caminhos dos juros nos Estados Unidos.

O índice S&P 500 atingiu alta de 1,49%. Na mesma esteira, Dow Jones apontou avanço de 1,06%. E Nasdaq, ganhos de 2,26%.

Os resultados das vendas no varejo vieram abaixo do esperado, segundo analistas. Se por um lado isso pode ser negativo por sinalizar uma economia mais fraca, de outro, os números tiram um poucos e pressão para uma alta dos juros por lá. As vendas do setor varejista nos Estados Unidos ficaram estáveis em abril, ante o mês anterior, em US$ 619,9 bilhões, contra uma alta esperada de 0,8%.

Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano sofreram queda de 0,8% na comparação mensal de abril. Neste caso, a projeção era de um avanço de 0,6%.

Por outro lado, os dados de março ante fevereiro foram revisados para cima, mostrando alta de 10,7% nas vendas totais e avanço de 9% no resultado sem automóveis.

Já a produção industrial dos Estados Unidos cresceu 0,7% em abril ante março, chegando bem próxima da previsão dos analistas, que estimavam um aumento de 0,8%.

Na comparação anual, o indicador teve salto de 16,5%. A alta mensal de março ante fevereiro foi revisada de 1,4% para 2,4%. Em seu relatório, o Fed aponta que a produção industrial do país está 2,7% abaixo de seu nível pré-pandemia.

O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, caiu de 88,3 em abril a 82,8 na preliminar de maio. O resultado contrariou a expectativa de alta a 90,1 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

O relatório do dado aponta que a queda na confiança do consumidor no mês atual foi fruto da inflação mais alta. O aumento nos preços significa que as expectativas de renda real foram as mais fracas em cinco anos, diz o texto.

Ainda assim, nota também que os gastos dos consumidores continuam a avançar, graças à demanda reprimida e ao aumento recente nas poupanças de parte dos americanos.

De acordo com o sócio da Wisir Research, Filipe Teixeira, os mercados parecem ter se recuperado de um surto de volatilidade após um aumento inesperadamente acentuado no índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos. 

No entanto, os investidores ainda não baixaram a guarda, ressabiados ainda com a inflação nos Estados Unidos, apesar das declarações de integrantes do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) que minimizam as preocupações com a inflação.

O diretor do Fed Christopher Waller afirmou no dia anterior que precisarão “vários meses” de dados de inflação para considerar uma mudança na política monetária. O vice-presidente do da autoridade monetária americana, Richard Clarida, classificou de temporária a recente alta da inflação nos EUA.

Balanços: sobe e desce dos papéis

Após uma “super quinta”, com uma leva considerável de divulgação de resultados trimestrais das companhias, os investidores mantiveram-se atentos nesta sexta-feira para mais um dia bastante movimentado e papéis da B3 refletindo esses números.

Na véspera, os destaques foram o desempenho do 1º trimestre do Magazine Luiza, que registrou lucro de R$ 258,6 milhões, alta de 739,7%. A incorporadora Cyrela viu seu lucro líquido crescer 588% no período, totalizando R$ 192 milhões. Às 3h51, as ações da varejista atingiam alta sensível de 0,10%. Já a incorporadora de Eli Horn apontava queda de 0,34% em seus papéis.

A CCR obteve alta de 137% no lucro líquido dos três primeiros meses do ano, somando R$ 688,9 milhões. Já a Lojas Renner reverteu o lucro e somou um prejuízo de R$ 147,7 milhões. Os papéis da varejista de moda caíram 0,88% e a CCR registrou valorização de 0,98%.

A C&A também viveu um dia de ganhos na B3, com alta de 5,83%, apesar de a empresa ter reportado um prejuízo líquido de R$ 138,5 milhões no primeiro trimestre de 2021, três vezes maior do que o registrado na mesma base comparativa de 2020. Pegando carona no dia de papéis valorizados no varejo, a Lojas Marisa também teve alta de 6,13%.

Ainda no varejo, as ações do Grupo Mateus, que também reportou seus resultados na véspera, acumularam ganhos de 2,89%.

A operadora CVC também registrou alta na B3, com ganhos de 4,35% em seus papéis, em dia de apresentação de seu desempenho trimestral. Já na contramão, as ações do IRB Brasil caíram 5,08% após a empresa reportar aumento de 44,9% em seu lucro líquido do trimestre de 2021.

Acompanhando o movimento no exterior, as ações da Azul tiveram alta de 1,74% nesta sexta-feira. Na mesma esteira, os papéis da Gol atingiram alta de 5,4%.

Os investidores seguem nesta sexta-feira atentos a mais uma leva de balanços trimestrais que serão divulgados pelas empresas Cosan, Cemig, Vivara, Enjoei, Portobelo, Le Lis Blanc, BR Brokers, entre outras.

CPI da Covid: Pazuello e Pfizer

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid se mantém no radar do mercado financeiro nesta sexta-feira, acompanhando o trabalho feito pelo colegiado na busca de informações sobre as irregularidades cometidas na gestão da pandemia pelo governo federal.

Na véspera, a Advocacia Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para blindar o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em depoimento à CPI, garantir o direito ao silêncio e inclusive barrar qualquer possibilidade de prisão durante a fala do general aos senadores.

Para a AGU, há “justo receio da prática de ato ilegal” durante a oitiva de Pazuello à CPI, marcada para a próxima quarta-feira, 19. Ao deixar o cargo, Pazuello ligou sua demissão a um complô de políticos interessados em verba pública e ao “pixulé”.

Também no dia anterior, o ex-presidente da Pfizer, Carlos Murillo, falou no Senado que fez várias tentativas de oferecimento da vacina para o governo federal.

Além do presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente da Pfizer endereçou cartas ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, ao então ministro da Casa Civil (hoje Defesa), Walter Braga Netto, ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Foster.

Segundo Murillo, não se sabe se o governo apresentou alternativas ao contrato proposto pela farmacêutica para a compra de vacinas.

Entre os pontos levantados pelo Palácio do Planalto como problemáticos estavam o foro para a resolução de conflitos em Nova York, os dispositivos de responsabilidade e a conta para depósito dos valores contratados.

Segundo Murillo, nenhum dos outros 110 países que contrataram vacinas das empresas contestaram as cláusulas apresentadas. O gerente também reforçou que quando os imunizantes da empresa foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a farmacêutica já teria condições de fornecer a vacina ao Brasil.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam em alta expressiva nesta sexta-feira, 14, à medida que Wall Street encerrou ontem uma sequência de três pregões negativos com um amplo rali liderado pelo setor financeiro.

O índice acionário japonês Nikkei saltou 2,32% em Tóquio hoje, aos 28.084,47 pontos, praticamente apagando o tombo da sessão anterior, enquanto o Hang Seng avançou 1,11% em Hong Kong, aos 28.027,57 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 1% em Seul, aos 3.153,32 pontos, e o Taiex registrou alta idêntica de 1% em Taiwan, aos 15.827,09 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 1,77%, aos 3.490,38 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,80%, aos 2.293,87 pontos. O bom humor na Ásia veio após as bolsas de Nova York se recuperarem com firmeza na véspera.

Nos últimos meses, o Fed vem reiterando a promessa de manter a postura acomodatícia e avaliando que o repique inflacionário é apenas temporário, mas os números mais recentes de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que vieram bem acima das expectativas, causaram turbulência nos mercados globais esta semana.

Na Oceania, a bolsa australiana voltou para o azul hoje, também se recuperando depois de três sessões negativas. O S&P/ASX 200 apresentou ganho de 0,45% em Sydney, aos 7.014,20 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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