Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta segunda-feira, 17 de janeiro
Investidores digerem piora da inflação em 2022, avanço da atividade econômica em novembro e aumento dos preços em janeiro
A Bolsa abriu o pregão desta segunda-feira, 17, em queda, em dia de feriado nos Estados Unidos, o que traz menos liquidez para o mercado, e com os investidores digerindo vários dados econômicos internos importantes divulgados pela manhã.
Entre os números domésticos estão as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos, que apontaram piora na inflação deste ano, o IGP-10 divulgado pela Fundação Getúlio Vargas apresentou alta de 1,79% em janeiro. Outro dado foi o IBC-Br , considerado uma prévia do PIB, com avanço de 0,69% em novembro. Às 14h30, o Ibovespa recuava 0,25%, aos 106.665 pontos. O dólar subia marginalmente 0,02%, cotado a R$ 5,514.
Ajuda a pesar na baixa do Ibovespa o comportamento de queda do preço do minério de ferro, que impacta nas ações das gigantes siderúrgicas. Às 13h20, os papéis da Vale, CSN, Usiminas e Gerdau desvalorizavam 0,63%, 2,06%, 1,88% e 1,03%, respectivamente.
Piora nos dados da inflação para 2022
Durante a manhã, o Banco Central divulgou a nova edição do Boletim Focus, que traz as estimativas dos especialistas para indicadores como inflação, taxa de juros, PIB, entre outros. Um dos números que mais chamou a atenção foi a piora das projeções para a inflação deste ano, que subiram de 5,03% para 5,09%.
O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (BC) para o indicador neste ano é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. Ou seja, o documento segue indicando o segundo ano consecutivo de rompimento da meta.
Já as estimativas do PIB subiram levemente. Para 2022, de 0,28% para 0,29%, e para 2023, de 1,70% para 1,75%. A Selic, taxa básica de juros do País, foi mantida em 11,75% para este ano e em 8,00% para o ano seguinte.
Inflação de janeiro também em alta
Ainda no tema inflação, a Fundação Getulio Vargas divulgou que o Índice Geral de Preços -10 (IGP-10) de janeiro subiu 1,79% em janeiro, após ter recuado 0,14% em dezembro. O número veio dentro das estimativas dos analistas do mercado, que esperavam uma alta entre 0,84% e 1,94%, e acima da mediana positiva de 1,55%.
IBC-Br sobe em novembro
Já em relação à atividade econômica, após quatro meses de queda, o IBC-Br, indicador de atividade econômica do BC que é considerado uma prévia do PIB, subiu 0,69% em novembro, na série livre de ajustes sazonais. No mês anterior, houve recuo de 0,28%.
O resultado veio praticamente em linha com as projeções do mercado financeiro, que esperavam uma variação positiva média de 0,70%. De outubro para novembro, o IBC-Br passou de 137,13 pontos para 138,08 pontos, maior patamar alcançado desde agosto do ano passado – 138,33 pontos.
Na comparação entre os meses de novembro de 2021 e de 2020, houve crescimento de 0,43% no indicador na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 138,66 pontos no penúltimo mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2019 (138,86 pontos).
Juros futuros
Em dia de forte agenda de dados econômicos, os juros futuros rondam a estabilidade, com viés de alta, na manhã desta segunda-feira.
Às 9h29 desta segunda, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 estava em 11,97%, de 11,95% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 exibia taxa de 11,25%, de 11,22%, e o para janeiro de 2027 subia para 11,16%, de 11,13% no ajuste de sexta-feira.
Sobe e desce na Bolsa
As maiores altas
Cielo (CIEL3) | +4,95% |
Méliuz (CASH3) | +3,11% |
Totvs (TOTS3) | +1,90% |
Hapvida (HAPV3) | + 2,33% |
Notre Dame Intermedica (GNDI3) | + 2,05% |
As maiores baixas
Banco Pan (BPAN4) | - 4,02% |
BRF (BRFS3) | - 3,25% |
Banco Inter (BIDI11) | - 2,98% |
Iguatemi (IGTI11) | - 2,56% |
Alpargatas (ALPA4) | - 2,77% |
Mercado internacional nesta segunda-feira
Estados Unidos em dia de feriado, bolsas europeias em alta e investidores repercutem dados da economia da China
Wall Street: futuros em alta em dia de feriado
Lá fora, os futuros das bolsas de Nova York operam com tendência de alta, em dia de feriado de Martin Luther King. No entanto, os investidores seguem atentos à política monetária mais rígida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), ao avanço da variante ômicron e à temporada de balanços trimestrais.
O início da divulgação dos números das gigantes corporativas referentes ao 4º trimestre de 2021 colocou foco nos resultados e em sua capacidade de impedir um recuo nas ações globais, liderado em parte pelo arrefecimento nas ações de tecnologia dos Estados Unidos.
A safra teve início na semana passada, com o resultado de grandes bancos como o Wells Fargo e JP Morgan, e para esta estão previstos os resultados do Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America (BofA), além de gigantes como UnitedHealth Group e Netflix.
Futuros/bolsas americanas
- S&P 500: +0,07%
- Dow Jones: +0,04%
- Nasdaq 100: +0,08% (dados atualizados às 11h10)
Europa: principais praças europeias em alta
- Stoxx 600 (Europa): + 0,59%
- FTSE 100 (Londres): + 0,70%
- DAX (Frankfurt): + 0,33%
- CAC 40 (Paris): +0,63%
- PSI 20 (Lisboa): + 0,15%
- Ibex 35 (Madrid): +0,55% (dados atualizados às 11h13)
Ásia: investidores repercutem novos dados da economia chinesa
As bolsas asiáticas fecharam o pregão desta segunda-feira sem direção única, após a economia da China crescer mais do que o esperado no último trimestre de 2021, mas desacelerar significativamente em relação ao trimestre anterior, o que levou o banco central chinês (Banco do Povo da China, o PBoC) a cortar juros.
A autoridade monetária reduziu de 2,95% para 2,85% a taxa de empréstimos de médio prazo (MLF) de um ano. Esse é o primeiro corte anunciado desde abril de 2020. O PBoC também diminuiu em 0,1 ponto porcentual a taxa de juros de contratos de recompra (repos) reversa de 7 dias, de 2,2% para 2,1%.
O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 4% no quarto trimestre do ano passado, maior do que o previsto, porém em um volume menor do que o ganho de 4,9% apontado no terceiro trimestre de 2021. No ano, a alta acumulada foi de 8,1%. A China também divulgou números de produção industrial, que superaram as expectativas, e de varejo, que decepcionaram.
A crise no setor imobiliário e a as paralisações parciais impostas pela covid-19 estão entre os desafios principais para a segunda maior economia do mundo. Para a Capital Economics, novas reduções de juros virão no curto prazo e ao longo do primeiro semestre deste ano / com Regina Pitoscia e Agência Estado
Fechamento/bolsas asiáticas
- Nikkei (Tóquio): + 0,74% (28.333 pontos)
- Taiex (China continental): + 0,66% (18.525 pontos)
- Hang Seng (Hong Kong): - 0,68% (24.218 pontos)
- Kospi (Seul): - 1,09% (2.890 pontos)
- S&P/ASX 200 (Sydnei): + 0,32% (7.417 pontos)