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Mercado Financeiro

Bolsa cai 0,64% puxada por siderúrgicas e dólar fecha em leve alta, a R$ 5,06

Possibilidade de ampliar a taxa Selic para 1%, animaram o mercado, segundo operadores das mesas de câmbio

Data de publicação:16/06/2021 às 10:54 -
Atualizado um ano atrás
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A Bolsa de Valores fechou em queda de 0,64% nesta quarta-feira, 16, puxada pelas ações das siderúrgicas, que compõem grande parte do portfólio do Ibovespa, marcando 129.259,49 pontos. Também contribuiu para o resultado as expectativas ao longo do dia pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que elevou a Taxa Selic a 4,25% ao ano, e os dados de política monetária divulgados nos EUA.

O dólar viveu um dia com bastante volatilidade e fechou com valorização de 0,34%, cotado a R$ 5,060. Neste pregão, a moeda americana testou pela primeira vez ,desde junho de 2020, um patamar abaixo de R$ 5.

Foto: Envato
Dólar testa patamar abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde junho de 2020 - Foto: Envato

Siderúrgicas em queda

Após a divulgação de dados econômicos da China abaixo do esperado, além do comunicado sobre a liberação de reservas estatais de metais no país para conter a alta nos preços do minério de ferro, as siderúrgicas viveram mais um dia de perdas na bolsa, puxando o resultado negativo do Ibovespa.

Os papéis da Vale, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Usiminas e Gerdau fecharam com forte recuo de 2,64%, 4,34%, 2,79% e 3,46%, respectivamente.

Dólar testou um patamar abaixo de R$ 5

Pela primeira vez em um ano, o dólar caiu a um patamar menor que R$ 5. A moeda chegou a ser cotada a R$ 4, 997 por volta das 12h30.

No entanto, ao longo da tarde, a moeda mudou de sinal e operou em leve alta. O dólar fechou com valorização de 0,34%, sendo cotado a R$ 5,06, num pregão de bastante volatilidade.

Decisão do Copom

O Copom decidiu elevar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, a 4,25% ao ano. Essa elevação, de 0,75%, é a terceira consecutiva, numa tentativa do Banco Central de controlar o aumento da inflação, evitando que ultrapasse a meta de 3,50% definida para o próximo ano.

No entanto, as estimativas de analistas no relatório Focus já apontam uma inflação de 3,78%, fora do centro da meta, em 2022.

No comunicado, emitido logo após o término da reunião, o Comitê retirou o termo "ajuste parcial", o que abre espaço para aumentos mais acentuados para a Selic nos próximos meses.

Durante o dia, o mercado ficou agitado aguardando pela decisão e alguns analistas, inclusive, chegaram a prever um aumento maior para a Selic, de 1,0%.

Política monetária nos EUA

O Fed manteve a taxa de juros zerada nos EUA, mas sinalizou alta para 2023. Atualizadas, também, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) americano de 2021, 2022 e 2023. A entidade agora espera elevação de 7,0% do PIB do país neste ano, ante projeção anterior de avanço de 6,5% da atividade econômica.

Para 2022, a expectativa é de crescimento de 3,3%, a mesma da mediana das projeções anteriores. Em 2023, a projeção é de avanço do PIB de 2,4% (de 2,2% anteriormente). No longo prazo, a projeção é de que o PIB aumente 1,8%, em linha com a previsão de março.

Sobre a inflação, a autoridade monetária manteve sua projeção para o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos até 2023, assim como a perspectiva de longo prazo, ambas em 2,0%, em linha com a meta de inflação da instituição.

A mediana das projeções para o PCE em 2021 subiu de 2,4% nas projeções de março para 3,4%, na atualização divulgada juntamente com o comunicado de política monetária nesta quarta-feira. Para 2022, a projeção passou de 2,0% para 2,1% e, em 2023, foi de 2,1% para 2,2%.

Para o núcleo do PCE, os dirigentes esperam avanço de 3,0% em 2021 (de 2,2% em março), de 2,1% em 2022 (de 2,0% anteriormente) e de 2,1% em 2023 (mantendo a projeção anterior).

O Fed espera um cenário mais positivo para o mercado de trabalho dos Estados Unidos em 2022, em comparação com as projeções de março da instituição. De acordo com a mediana das previsões atualizadas, divulgadas nesta quarta, a taxa de desemprego deve ficar em 3,8% no ano que vem, abaixo dos 3,9% da projeção anterior.

O restante das previsões passadas, no entanto, foram mantidas. O Fed espera uma taxa de desemprego de 4,5 em 2021 e de 3,5% em 2023.No longo prazo, a mediana das previsões permaneceu em 4,0%.

Simone Pasianotto, economista da Reag Investimentos, aponta que as duas elevações de juros sinalizadas pelo Fed para 2023, bem como o aumento do número de integrantes do Fed que esperam uma subida já no próximo ano (que agora são 7 de 18) foram surpresas. Por isso, o impacto no dólar, de desvalorização do real e de queda na Ibovespa

"Eu entendo que essas mudanças são oriundas das pressões dos presidentes regionais do Fed, que em geral são mais hawkish do que os membros do núcleo (core) do Fomc", aponta a economista.

Sobe e desce na B3

Entre as altas na Bolsa nesta quarta-feira destacam-se os papéis do banco Inter. Após anunciar a realização de uma oferta primária de ações que poderá movimentar R$ 5,5 bilhões e ter seus papéis desvalorizados na B3, com queda de 2,73% no fechamento, o banco viveu um dia de fortes ganhos na Bolsa. As ações da empresa tiveram forte alta de 6,66%.

A Sulamerica também teve um dia ganhos em suas ações, com valorização de 3,06% no fim do pregão..

No caminho contrário, a Embraer registrou uma sessão de perdas, com investidores embolsando os ganhos após alta na véspera. Os papéis da companhia tiveram baixa de 4,35%.

NY: mercados próximo da estabilidade

O mercado financeiro fechou em queda em Nova York, com os investidores absorvendo os movimentos econômicos divulgados pelo Fed.

O índice S&P 500 teve baixa de 0,53%, com Dow Jones na mesma esteira, em queda de 0,77%. Já o Nasdaq 100 teve uma desvalorização de 0,34%.

Cenário fiscal: Bolsa Família

No cenário fiscal, ponto de atenção dos investidores no mercado doméstico, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na véspera que o novo Bolsa Família pagará R$ 300 em média para os beneficiários do programa.

"O Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro, para sair de média de R$ 190, um pouco mais de 50% seria (o aumento), para R$ 300. É isso que está praticamente acertado aqui", disse o presidente.

O valor é maior, contudo, do que está sendo gestado dentro do próprio governo. O valor médio do benefício deve ser em torno de R$ 250.

CPI da Covid: Wilson Witzel

Apesar da atenção estar concentrada nas reuniões do Copom e do Fomc, no cenário doméstico os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid continuam na pauta dos investidores. Nesta quarta-feira, o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, prestou depoimento para o colegiado.

Ao chegar para a oitiva, Witzel responsabilizou o governo do presidente Jair Bolsonaro pelo descontrole da pandemia de covid-19. E após quatro horas de depoimento, pediu para se retirar.

Witzel afirmou que o governo federal "deixou os governadores à mercê da desgraça que viria" na pandemia e que Bolsonaro criou o discurso de perseguição aos governadores por ser contra as medidas de distanciamento social.

Witzel afirmou também que Bolsonaro não tem diálogo com os governadores e que o auxílio emergencial demorou a começar a ser pago, o que dificultou a adoção de medidas contra o vírus.

Bolsas asiáticas fecham em baixa

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, com investidores demonstrando cautela antes da decisão de política monetária do Fed/

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,51% em Tóquio nesta quarta, aos 29.291,01 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,70% em Hong Kong, aos 28.436,84 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,37% em Taiwan, aos 17.307,86 pontos.

Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho nesta quarta-feira, pressionados por ações de montadoras, mineradoras e ligadas à energia renovável. O Xangai Composto recuou 1,07%, aos 3.518,33 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda mais expressiva, de 2,32%, aos 2.332,41 pontos.

No começo da madrugada, autoridades chinesas revelaram que planejam liberar lotes de cobre, alumínio, zinco e outras reservas nacionais no futuro próximo, numa tentativa de conter a tendência de forte alta nos preços de commodities, à medida que a economia global se recupera dos efeitos da pandemia de covid-19.

Também foram divulgados os últimos números da indústria e varejo da China, mas os dados saíram com horas de atraso, quando as bolsas locais já estavam fechando. Em maio, a produção industrial chinesa teve expansão anual de 8,8%, como se previa, enquanto as vendas no varejo saltaram 12,4%, mas ficaram abaixo da projeção de alta de 13,6%.

Exceção na Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,62% em Seul, para a nova máxima histórica de 3.278,68 pontos e acumulando ganhos por cinco pregões consecutivos.

Na Oceania, a bolsa australiana subiu apenas marginalmente, mas garantiu novo fechamento recorde. O S&P/ASX 200 mostrou leve avanço de 0,09% em Sydney, ao patamar inédito de 7.386,20 pontos, embora tenha perdido força com o plano chinês de liberar reservas de metais. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Bruna Miato
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