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Bolsa
Mercado Financeiro

Dólar sobe 0,63% com desemprego e inflação; Bolsa cai aos 126 mil pontos

Dados sobre desemprego, variante delta e medo da inflação e Selic azedam o humor do mercado

Data de publicação:30/06/2021 às 11:01 -
Atualizado um ano atrás
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O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, 30, refletindo os dados sobre emprego divulgados tanto no Brasil quanto no exterior, além da preocupação dos investidores com a inflação, diante da perspectiva de aumento mais acentuado no valor da bandeira tarifária vermelha 2 de energia elétrica para agosto.

A moeda americana encerrou o pregão com valorização de 0,63%, cotada a R$ 4,973.

A Bolsa fechou em queda de 0,41%, aos 126.801,66 pontos, puxada pela desvalorização das ações dos bancos, siderúrgicas e varejo. O desemprego, a crise hídrica e o cenário político interno também influenciaram no desempenho negativo do Ibovespa.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

Desemprego

Além da apreensão com a inflação, os investidores estão digerindo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que o desemprego não cedeu no País. Isso contribuiu para azedar o humor, porque mostra a dificuldade de reação mais rápida da economia.

Segundo a pesquisa, o número de pessoas desempregadas totalizou 14,8 milhões, mantendo o nível recorde da série histórica iniciada em 2012. De acordo com o levantamento, o Brasil contabiliza o maior número de pessoas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho nos últimos 11 anos.

No País, a massa de renda real caiu 5,4% no trimestre até abril comparada ao mesmo período de 2020, gerando incertezas sobre o ritmo da recuperação interna diante da perda de poder de compra dos consumidor em virtude, também, do avanço da inflação.

No ambiente externo, segundo o Relatório de Emprego AD - considerado a prévia do payroll que será apresentado na próxima sexta-feira, 2 - divulgado nos Estados Unidos também nesta quarta-feira, foram criadas 692 mil vagas no setor privado em junho no país.

O número está acima da expectativa do mercado, que estimava algo em torno de 600 mil novas posições. No entanto, os dados de maio foram revisados, de 978 mil para 886 mil novos empregos.

Dólar em alta

Segundo Vanei Nagem, responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, por aqui os investidores estão preocupados com a inflação, diante das perspectivas de disparada nos preços da energia elétrica diante da crise hídrica e com ruídos políticos em torno da compra da vacina Covaxin e uma mudança no discurso do presidente Jair Bolsonaro.

Além do cenário político no Brasil e os dados sobre desemprego, também influenciou na alta do dólar a briga em torno da Ptax, com investidores defendendo suas posições.

De acordo com Nagem, quem apostou na alta do dólar – o chamado comprado – se beneficiou hoje do mau humor global e do Brasil.

Durante o pregão, no entanto, a moeda americana à vista chegou a subir 1,18%, recuperando o nível de R$ 5.

Sobe e desce da B3

Após abrir em queda, os papéis da Petrobras mudaram de sinal e fecharam em alta nesta quarta-feira. As ações da petroleira registraram avanço de 2,36%.

No sentido contrário, os chamados "bancões" viveram um dia de desvalorização de suas ações, assim como as principais varejistas. Os papéis do Itaú, Bradesco e Santander tiveram perdas de 1,09%, 1,38% e 1,98%, respectivamente.

Magazine Luiza, B2W, Via (antiga Via Varejo) e Lojas Americanas se desvalorizaram 2,40%, 3,46%, 1,56% e 3,02%, seguindo a ordem.

As mineradoras e siderúrgicas fecharam mistas, com Vale e Usiminas avançando 0,47% e 0,21%, enquanto CSN e Gerdau caíram 2,08% e 2,38%.

Inflação e Selic

As incertezas que rondam os investidores estão ligadas a dois temas. Uma delas está relacionada à perspectiva de aceleração da inflação por causa do aumento da tarifa de energia elétrica – a bandeira vermelha, que regula os reajustes adicionais na conta de luz, teve elevação de 52%.

Isso pode levar o Banco Central a endurecer a política monetária, com possível elevação mais forte da taxa básica de juros, a Selic.

Essa possibilidade se reflete em revisão para cima na estimativa de Selic para o fim do ano - em torno de 6,00% a 6,50%, de acordo com as projeções da maioria dos analistas - Algumas casas, contudo, já estão prevendo uma taxa básica de até 7%.

A perspectiva de uma elevação mais forte da Selic cria mal-estar na Bolsa não pela possível concorrência que a renda fixa deve oferecer ao investimento em ações, mas pelos custos financeiros que tendem a provocar nas empresas, sobretudo às endividadas e às que precisam de crédito para capital de giro.

Juro mais elevado também é indesejável porque inibe o consumo, ao tornar o crédito mais caro, o que pode arrefecer o otimismo de quem aposta no setor de varejo como um dos beneficiários de possível reabertura de economia e retomada de atividade.

NY: bolsas sem rumo único

Em Wall Street, as bolsas de Nova York fecharam sem direção única, com os investidores digerindo os dados sobre a geração de novos postos de trabalho no ambiente privado e alimentando o temor sobre o avanço da nova variante delta do coronavírus.

O índice S&P 500 registrou avanço de 0,12%, Dow Jones com ganhos de 0,61%, e Nasdaq 100 no sentido contrário, apontou leve recuo de 0,12%.

CPI da Covid: Carlos Wizard

Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seguem intensos no Senado. Nesta quarta-feira, o empresário Carlos Wizard está sendo ouvido pelo colegiado, que deve questioná-lo a respeito da existência de um suposto “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia.

A comissão também deve votar a convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, suspeito de estar envolvido em possíveis irregularidades na negociação de compra de vacinas pelo governo federal.

O nome de Barros foi mencionado pelo deputado Luis Miranda na última sexta-feira, 25, na CPI como sendo o parlamentar que o presidente Bolsonaro nomeou quando ficou sabendo, pelo próprio Miranda, de uma possível irregularidade em um contrato de compra de vacinas Covaxin.

Na véspera, o Ministério da Saúde decidiu suspender o contrato para comprar 20 milhões da vacina indiana Covaxin, fabricada pelo laboratório Bharat Biothec.

A decisão ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de prevaricação. Senadores apontam que o presidente ignorou suspeitas de corrupção no processo de contratação do imunizante, que foi intermediado pela Precisa Medicamentos.

A decisão do ministério ocorreu após um parecer da Controladoria-Geral da União (CGU) sugerindo a suspensão do contrato.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, seguindo o tom levemente positivo de Wall Street na véspera, com investidores digerindo novos dados sobre a atividade manufatureira chinesa e notícias sobre a disseminação da variante delta do coronavírus.

Na China continental, o dia nos mercados acionários foi de ganhos, liderados pelos setores de eletrônicos e de tecnologia da informação. O Xangai Composto subiu 0,50%, aos 3.591,20 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,02%, aos 2.466,24 pontos.

O chamado índice de gerentes de compras (PMI) industrial chinês recuou marginalmente entre maio e junho, de 51 para 50,9, segundo pesquisa oficial, mas ficou acima da expectativa de analistas, que previam queda a 50,7.

A leitura não muito distante de 50 indica que a manufatura da segunda maior economia do mundo se expande em ritmo bem modesto.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,30%, aos 3.296,68 pontos, e o Taiex registrou alta de 0,89% em Taiwan, aos 17.755,46 pontos.

Por outro lado, o japonês Nikkei teve ligeira baixa de 0,07% em Tóquio, aos 28.791,53 pontos, e o Hang Seng caiu 0,57% em Hong Kong, aos 28.827,95 pontos.

Os desdobramentos da variante delta do coronavírus restringem o ímpeto de comprar ações não apenas em Wall Street, mas também na Ásia e em outras partes do mundo.

Na Oceania, a bolsa australiana terminou a sessão com modesta valorização, apesar de recentes lockdowns adotados em grandes cidades do país em função de surtos relacionados à delta. O S&P/ASX 200 avançou 0,16% em Sydney, aos 7.313,00 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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