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Fundos de Investimentos

Fundos de Crédito: XP recomenda cautela mas já vê sinais de recuperação

Para a corretora, os desafios no mercado de crédito privado ainda continuarão com a Selic em patamares elevados; crise de 2020 teria sido pior momento do século para setor

Data de publicação:13/04/2023 às 08:00 -
Atualizado um ano atrás
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“Eventos recentes nem se comparam com o observado no ano de 2020”, é o que afirma a XP Investimentos em estudo sobre o mercado de fundos de crédito. De acordo com a corretora, apesar de se tratar de um episódio diverso ao enfrentado no começo de 2023, a história mostraria que “resgatar em momentos de incerteza não é a melhor escolha”.

Em termos de alocação, a corretora, em seu panorama mensal de fundos de abril, continua cautelosa e reforça a necessidade de “diligência e maior seletividade” ao escolher ativos de crédito privado. A recomendação valeria tanto para Brasil quanto para títulos globais, uma vez que os juros elevados trariam impacto nos resultados das empresas mais endividadas. 

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De acordo com a XP, juros muito elevados por muito tempo pesariam nos resultados de empresas mais endividadas

Apesar da redução da volatilidade, a XP aponta que os fundos de renda fixa seguiram com desempenho abaixo do CDI. A razão disso seria a reprecificação da Light, como um dos principais detratores nas carteiras de fundos, além de movimento de abertura de spreads de crédito em março. 

“Nesse atual cenário, gestores seguem com postura de cautela, focando em uma carteira mais conservadora, diversificada e com alocações em setores historicamente mais resilientes e com menor grau de alavancagem – parte dos gestores entende o movimento de estabilização dos spreads de crédito deve seguir em abril, reduzindo também o volume de resgates que segue para a classe”, explicam Clara Sodré e Nathalia de Sá, analistas de alocação e fundos, e Rodrigo Sgavioli, head de alocação e fundos do Research da XP. 

Comparação entre 2020 e 2023 

O estudo analisou 80 fundos da plataforma XP, classificados como Renda Fixa Liquidez, Renda Fixa Soberano e High Grade e que possuem liquidez de até D+33. O objetivo foi a comparação de Drawdown entre 2020 e 2023. 

Segundo a corretora, a queda observada em 2020 foi a maior crise do século. Fonte: Research XP

Entre as conclusões do estudo, há o entendimento de que fundos com maior alocação em títulos públicos e baixa alocação em crédito tiveram melhor desempenho no ano. 

“Nesse cenário incerto, à aversão a risco trouxe um forte movimento de resgate para os fundos de investimentos que investem em títulos com boas notas de crédito (high grade), fundos de RF Liquidez também apresentam saídas no ano, enquanto os fundos de crédito high yield apresentam fluxo positivo”, observa a corretora. 

Apenas 9% dos fundos que atendem a classificação apontada de Soberano, RF Liquidez, Referenciado DI e RF High Grade conseguiram obter performance acima do CDI em 2023. 

Em relação aos desafios que o mercado de crédito privado ainda enfrentará, a XP aponta que a Selic em patamares elevados como os atuais aumenta a chance de “novos eventos de crédito”. Isso acrescenta uma volatilidade maior a uma classe que é menos acostumada com esse tipo de oscilação. Contudo, há o entendimento da corretora de que uma boa seleção e gestão de ativos, realizado de forma profissional através dos fundos de crédito, atenuam o risco. 

"Por ora, não vemos como necessária a redução na alocação nessa classe de ativos, mantendo até mesmo um tom construtivo quanto ao trabalho que os fundos de crédito podem fazer na seleção e diversificação de ativos de crédito privado e na busca por uma recuperação sustentável dos seus retornos acima do CDI", conclui a XP. 

Maiores quedas

A seguir estão os fundos de renda fixa com crédito privado que apresentam as cinco maiores quedas em 2023.

Fundo Rend. 2023Rend. 12 meses
Inter Infra FIC Inc. Inv. Infraestrutura CP-3,70%-8,93%
Kinea Infra FIC Inc. Inv. Infraestrutura CP-1,98%-7,66%(*)
BV Crédito Ativo CP-1,70% 8,96%
Itaú FIC Inc. Inv. Infraestrutura CP-1,31%-7,70%
Icatu Vanguarda Credit Plus CP-1,18%10,51%

(*)A  variação negativa que vai na tabela corresponde à evolução da cota no período, no entanto, como o Kinea Infra distribui outros rendimentos mensais, correspondentes a juros dos ativos da carteira e correção monetária, o resultado passa a ser positivo em 5,60% em 12 meses, como consta na carta mensal da gestora.

Maiores altas

O desempenho dos fundos de crédito mais rentáveis em 12 meses é equivalente aos fundos de renda fixa campeões lastreados em títulos públicos, sem crédito.

FundoRend. 2023Rend. 12 meses
Kinea IPCA Dinâmico II5,29%13,38%
Itaú Kinea IPCA Dinâmico II5,26%13,28%
Speciale Tatico Juro Real5,26%13,27%
Itaú Institucional Aloc. Dinâmica4,88% 6,90%
JBFO Inflação4,37% 9,43%

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Sobre o autor
Camille Bocanegra
Repórter da Mais Retorno

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