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Mercado Financeiro

De olho no futuro: investir é antecipar o que deve acontecer mais à frente

Investimentos temáticos dão acesso a tendências e portfólios diversificados

Data de publicação:10/11/2021 às 07:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Provavelmente quem começou a investir em varejo digital há 10 anos e manteve seus investimentos ainda hoje está muito feliz com os resultados. Exatamente por que o que hoje é uma realidade nem sempre foi assim.

A sociedade muda e os negócios se reinventam. O que era prioridade, hoje pode ser secundário e o que era estranho hoje pode ser um novo hábito. 

E foi entendendo que o mundo está em constante mudança e que a economia é adaptativa, que o mercado financeiro começou a buscar formas de identificar esses grandes movimentos e investir em tendências, os chamados Investimentos Temáticos.

Conceitualmente, investir é um exercício de antecipar o que deve acontecer mais à frente. A rigor, o preço de uma ação hoje busca refletir o potencial de geração de valor dessa empresa nos próximos anos. Não é diferente com investimentos temáticos, aliás, isso é o cerne da questão.

Essas são estratégias buscam investir em temas que tendem a fazer parte do nosso futuro. Podem ser temas de ordem tecnológica como Inteligência Artificial, Robótica ou Realidade Aumentada, como podem ser também temas voltados ao meio ambiente como descarbonização e economia verde.

O mais importante é que sejam temas relevantes e de viável execução. De maneira prática, é uma forma de entender quais empresas devem liderar grandes mudanças tecnológicas, ou de consumo ou de inovação mais à frente, sem apostar todas as fichas em apenas uma ou outra empresa específica e sim em um ecossistema que deve se beneficiar desses movimentos.

Uma abordagem diferente

Enquanto a maioria dos investimentos tradicionais busca opções de olho em movimentos macroeconômicos, como ciclos econômicos e setoriais, ou com uma lente fundamentalista avaliando empresa a empresa, os investimentos temáticos preferem uma abordagem de ecossistemas e cadeias produtivas. 

A ideia é capturar todo o ambiente em torno de determinado tema. Se estamos falando de e-commerce, por exemplo, é importante entender quais empresas se beneficiariam desse tema: desde empresas que têm e-commerce como sua atividade principal, até aquelas que são fundamentais para operação, como as empresas de softwares, pagamento, logística, marketing etc. 

Dessa forma, além de naturalmente oferecer diversificação entre setores, os investimentos temáticos capturam também a cadeia de valor. Além dessa abordagem transversal, a diversificação também nasce na diferença com investimentos tradicionais, o que tende a aumentar a eficiência das carteiras de investimentos em que hoje já predominam este tipo de estratégia.

 Em franco crescimento, investimentos temáticos terminaram 2020 somando quase 600 bilhões de dólares em fundos de investimentos dedicados, quase dobrando no período de um ano.

Fonte: AXA Investment Managers, 2020.

Em uma sociedade que experimenta um alto nível de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e uma aceleração nas mudanças, os investimentos temáticos se colocam como uma forma de oferecer exposição à inovação. 

Não à toa, a ARK Invest estima que a inovação disruptiva vai adicionar US$ 50 trilhões de capitalização no mercado de ações global até 2032. Até o final do ano passado, esse número era menos de US$ 6 trilhões, o que sugere um crescimento de 21% anualizado nos próximos 11 anos.

Além disso, o que também explica esse rápido crescimento é o comportamento dos investimentos com veia de inovação. Aprendendo com o passado, o perfil abrupto de performance de tendências, como por exemplo do varejo online (gráfico abaixo), chama a atenção e provoca o mercado para buscar temas que reproduzam movimentos parecidos. 

Fonte: Blackrock, 2020

É sabido que retorno passado não garante performance futura, mas movimentos como esse mostram que tendências podem oferecer grandes oportunidades e quem conseguir identificá-las com antecedência podem surfar essa onda.

Como identificar uma mudança?

As tendências nascem de problemas que a sociedade e o mercado demandam. Vamos fazer um exercício ainda no exemplo de e-commerce:

  • Problemas: Dificuldade de comparação de produtos e preços, tempo despendido em deslocamento e pesquisa, limitação de informações, percepção de quem já comprou etc. 
  • Solução: Com o intermédio do e-commerce, os consumidores conseguem buscar por produtos, comparar características e preços e até trocar experiências com outros consumidores. O resultado é um processo de decisão de compra mais consciente, com mais informações e agilidade.

Note que para uma tendência seja concreta é necessário ter esses dois pontos bem resolvidos: qual a solução e quais as ferramentas para determinado problema.

E agora, devo investir?

De maneira geral, essa pergunta nunca é facilmente respondida por que é uma decisão muito individual e pode variar de acordo com o perfil e o apetite de risco de cada investidor. 

Mas vale o aviso para ficar atento às alternativas de investimentos temáticos, já que são oportunidades para investidores acessarem tendências e conectarem seus portfólios com o futuro, além de acrescentar diversificação.

É importante lembrar, que esses são investimentos com longo prazo de maturação e alta volatilidade, afinal em sua grande maioria são compostos por ações. Então, quem considera investir em tendências tem de ponderar esses aspectos e acomodar essa parcela em uma estratégia de crescimento e de longo prazo.

A boa notícia é que atualmente o brasileiro tem uma série de alternativas, inclusive os democráticos ETFs, para alocar nesse tipo de estratégia e manter seus investimentos de olho no futuro.

Sobre o autor
Caíque Cardoso
Baiano, formado em Gestão de Comércio Internacional na UNICAMP e entusiasta em investimentos Beta. Caíque tem mais de 5 anos de experiência no mercado financeiro e atua como especialista de mais de 60 estratégias de fundos indexados e ETFs.

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