Criptos: conheça os melhores de cada mês em 2023
Ao contrário do esperado, o Bitcoin apenas apareceu entre as mais valorizadas criptos de 2023 em março; confira as listas completas
No universo cripto, cada dia pode garantir oscilações extremas entre os ativos, o que torna a metrificação em rankings mensais muito difícil.
Contudo, diante do momento vivido em 2023 pelas principais criptomoedas, a Mais Retorno analisou rankings criados pela QR Asset em 2023 para recontar a história das criptos no ano, até o mês de maio, último com ranking já fechado.
A métrica utilizada nas análises realizadas pela QR Asset apresenta alguns parâmetros, como considerar apenas as top 40 moedas e apresentar qualquer ativo que começou ou terminou o mês no ranking.
“Foram analisadas as top 40 moedas por capitalização de mercado de acordo com Messari.io. Qualquer ativo que começou ou terminou o mês no top 40 foi considerado. Só não foram considerados os ativos que começaram o mês no top 40 e terminaram fora do top 100”, explica a QR Asset.
Janeiro
De acordo com a QR Asset, o mercado cripto teve um início promissor em 2023, registrando um dos melhores meses da sua história. Durante o período, o Bitcoin apresentou um aumento de 36,75%, enquanto o Ethereum teve uma valorização de 29,65%.
Destaca-se que nenhum ativo analisado no levantamento apresentou variação negativa no mês de janeiro.
Sobre a primeira colocada da lista, Aptos, a consultoria explica que foi observado um alto volume de negociação do ativo em exchanges localizadas na Coreia do Sul, especificamente contra o Won coreano.
Acredita-se que os sul-coreanos possuem um perfil de investimento agressivo, demonstrando apetite por ativos especulativos de alto risco, o que explicaria o movimento que impactou a moeda.
Entre os piores do mês, destaca-se o Tron, que subiu 11% em janeiro e a Terra Luna, com variação positiva de 15,25%. Como mencionado pela consultoria, não houve queda de nenhum ativo em janeiro, o que explica o aumento mesmo entre os piores desempenhos do mês.
Fevereiro
Em fevereiro, o cenário se mostrou um pouco diferente do esperado em janeiro e o destaque foi para a valorização da The Graph.
De acordo com a consultoria, o mês foi marcado por uma onda de valorização de tokens associados ao ramo de inteligência artificial, em função do barulho causado pelo Chat GPT.
"Após a festa de janeiro, fevereiro foi um mês misto, com ativos oscilando de forma bastante diversa. O Bitcoin fechou o mês com leve alta de 2,20% em reais, enquanto o Ether teve alta um pouco maior,
de 3,41%", afirmou a QR Asset em sua análise sobre fevereiro.
Entre os piores retornos do mês, conforme a análise da QR Asset, foi observado um movimento de realização de lucros em ativos que apresentaram valorizações significativas em janeiro.
Três dos cinco ativos com piores desempenhos em fevereiro estavam entre os cinco com maiores altas em janeiro, como APT, FTM e MANA.
Além disso, destaca-se que a Monero (XMR) tem consistentemente figurado entre os piores desempenhos mês após mês, devido à preocupação com possíveis restrições regulatórias por parte das autoridades reguladoras dos Estados Unidos.
Março
O mês de março foi positivo para o mercado cripto, com muitas das maiores altas ocorrendo entre os principais ativos por capitalização de mercado. Essa alta em março foi o resultado de um primeiro trimestre promissor para os ativos digitais, destacando-se o Bitcoin, segundo a QR Asset.
Segundo a QR Asset, a alta do Bitcoin em março está relacionada à falência dos bancos Sillicon Valley, Silvergate e Signature Bank.
A derrocada desses bancos, juntamente com as medidas emergenciais anunciadas pelo Federal Reserve (FED), aumentou consideravelmente a probabilidade de interrupção antecipada do ciclo de alta da taxa de juros nos Estados Unidos, o que beneficiou o Bitcoin.
Além disso, a tese de desintermediação e custódia própria de ativos ganhou força devido à desconfiança generalizada em relação ao sistema bancário global.
É importante destacar que, além da situação dos bancos americanos, o Credit Suisse foi adquirido pelo UBS, seu rival, em uma operação facilitada pelas autoridades suíças, que identificaram um risco significativo de crise de liquidez no banco adquirido.
“Completaram o top 5 de março os tokens nativos das redes Ethereum (ETH) e Cardano (ADA). A alta de março foi bastante concentrada nos ativos considerados “blue chips” do ecossistema. Todos eles estão (ou já estiveram, no passado) entre os dez maiores por capitalização de mercado, o que mostra uma possível retomada do interesse institucional pela classe de ativos”, complementa a consultoria.
Pelo lado negativo, os destaques foram OKB, com queda de -20,85% e Lido DAO, com desvalorização de -20,30%.
Abril
Em abril, a consultoria entendeu que foi “um mês de indefinição”, uma vez que não aconteceram nem altas nem quedas muito significativas. O Bitcoin, por exemplo, subiu 1,11% e o Ether teve alta de 1,09% no mês.
Apesar disso, o campeão do mês, ICP, subiu 21.452%, seguido pelo OKB (que foi destaque na ponta inversa no mês de março), que teve valorização de 10.30%.
“No lado negativo, além do token de governança do protocolo de liquid staking Lido (LDO, com -18,67%), que esteve entre os maiores ganhos do ano e teve uma correção após o upgrade Shapella da rede Ethereum, tivemos entre as maiores quedas tokens de protocolos de contratos inteligentes alternativos ao Ethereum e com baixo índice de adoção”, ilustrou a consultoria.
Maio
De acordo com a QR Asset, o mês de maio foi caracterizado por uma tendência predominantemente baixista nos principais ativos, com algumas exceções pontuais.
O Bitcoin registrou uma queda de 5,14%, enquanto o Ether teve uma desvalorização de 5,41%, resultando em uma relação quase inalterada entre BTC e ETH ao longo do mês.
Entre os campeões, o tron subiu 14,12%, seguido de XRP, com alta de 11,88% e Lido DAO, com +5,18%.
"No lado negativo da tabela, são todos tokens do mesmo setor, especificamente o de blockchains alternativas ao Ethereum. Com os recentes upgrades da rede Ethereum e crescimento das soluções
de segunda camada, há quem diga que as blockchains alternativas - chamadas Ethereum Killers - estão perdendo atratividade, com algumas poucas exceções", conclui a consultoria.
