Confira os 5 fundos de renda fixa que em julho estão com rendimento acima de 1% até dia 22

Pelo menos cinco fundos de renda fixa já acumulam rendimento acima de 1% em julho, até o dia 22. São os fundos dessa classe de ativos, pinçados da base de dados em levantamento da Mais Retorno, que têm tudo para também fechar o mês em posição de destaque no pódio dos mais rentáveis.

Na companhia deles, outros mais terão a chance de entregar juro real no mês. E isso nem tanto pelo mérito do desempenho do fundo, mas porque a estimativa é de que a inflação seja negativa em julho. Assim, cotistas desses fundos poderão considerar o total dos rendimentos ganho real.

Fundo	Rend. julho até dia 22	Rend. em 12 meses	Patrimônio em R$ milhões	Nº de cotistas
Infinity Tiger Aloc. Dinâmica	1,39%	18,65%	79,876	789
Infinity Lotus	1,26%	17,27%%	100,754	268
Infinity Select	1,15%	14,93%	178,855	3.593
CA Indosuez Tenace	1,11%	14,11%	131,567	72
G5 AG F FI RF CP	1,06%	7,25%	78,805	73

O ciclo de alta dos juros tem contribuído para encorpar cada vez mais a rentabilidade nominal dos fundos de renda fixa. Em julho, esses fundos terão uma ajuda adicional, o mergulho da inflação. Expectativas e sinais indicam que ela deverá ter variação negativa e embicar para a deflação.

Com inflação negativa, todos os fundos com rendimento positivo vão proporcionar ganho real, acima da inflação, aos cotistas.

Desempenho em julho

O fundo mais rentável é o Infinity Tiger Alocação Dinâmica FI RF, com 1,39%, seguido pelo Infinity Lotus FI RF, com 1,26%, e Infinity Select FI RF LP, com 1,15%. 

Na sequência aparecem os CA Indosuez Tenace, com 1,11%, e o G5 AG F RF CP com 1,06%.

A gestão de sucesso dos fundos da Infinity segue uma receita de alocação da carteira em ativos domésticos, basicamente títulos públicos. Como explicou o superintendente de investimentos da asset, André Ximenez, em reportagem anterior publicada nesta seção, os produtos da Infinity são fundos de renda fixa ativos, sem a participação de papeis de crédito privado na carteira.

A estratégia de gestão de gestão de caixa ancorada em títulos públicos, principalmente em Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) e em operações compromissadas, possibilita, segundo Ximenez, um formato de alocação de portfólio com desempenho melhor para o caixa do fundo que o CDI.

Deflação aumenta o ganho real dos fundos de renda fixa

As previsões de analistas apontam para uma deflação ou variação negativa de preços em julho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, já indica esse movimento.

Divulgado no dia 26, esse índice preliminar, que reflete a variação de preços coletados até 13 de julho, desacelerou de 0,69%, em junho, para 0,13%, em julho. O IPCA, medido de ponta a ponta em julho, estimado como negativo, será divulgado pelo IBGE no dia 9 de agosto.

As estimativas sobre o IPCA fechado do mês variam de acordo com os analistas. Mais, alguns estendem o período de deflação até agosto.

A variação negativa de preços no índice oficial de inflação é esperada como consequência da redução do ICMS sobre combustíveis e energia. E, como tal, vista como circunstancial e passageira, com efeito limitado. Outros produtos, de acordo com os analistas do setor, continuam com os preços altos e podem permanecer pressionando a inflação.

Rentabilidade em 12 meses

Já em período de 12 meses, nem todos os fundos superam a inflação do período: o G5 AG F FI RF CP com um rendimento de 7,25%, ficou atrás da variação acumulada do IPCA, de 10,70%, de julho de 2021 ao mesmo mês deste ano.

Os outros quatro conseguiram não só cobrir a inflação como também o desconto do imposto de renda, calculado pela maior alíquota, de 22,5%, aplicada para aplicações de até 180 dias.

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