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Fundos de Investimentos

Selecionamos 15 fundos de renda fixa campeões no semestre para investir a restituição do IR

Com alta dos juros, 348 fundos conseguiram render mais que inflação de 5,49% no período

Data de publicação:25/07/2022 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Na próxima sexta-feira, 29, a Receita Federal faz o crédito de R$ 6,3 bilhões a contribuintes com direito à restituição do Imposto de Renda 2022. É um dinheiro extra que entra no orçamento, e quem tiver interesse em aplicá-lo para preservar o seu poder de compra, há várias opções interessantes em fundos de renda fixa.

A Mais Retorno foi garimpar 15 deles com o melhor desempenho no semestre, todos com rentabilidade bruta de 7,09% e, por isso, dando conta de proteger o dinheiro do investidor da inflação. É um nível de rendimento suficiente para que o ganho líquido, descontado o imposto de renda de 22,50%, se acomode acima dos 5,49% acumulados pelo IPCA no período.

fundos de renda fixa
Cresce o número de fundos de renda fixa que estão pagando ganho real ao cotista com a alta dos juros - Foto: Reprodução

Os critérios de seleção alcançam os fundos há pelo menos um ano em operação, com patrimônio a partir de R$ 17 milhões, abertos ao público em geral e um mínimo de 100 cotistas.

Esse ranking do semestre foi liderado pelo Infinity Tiger Alocação Dinâmica FI RF, com uma rentabilidade bruta de 11,08%. O último dos 16 dessa lista que entregaram ganho mais robusto, acima da inflação, é o BB Previdenciário RF Títulos Públicos IPCA FI, com 7,12%.

FundoRend. 2022Patrimônio
em R$ milhões
Cotistas
Infinity Tiger Alocação Dinâmica 11,08% 79,876 789
Infinity Lotus10,86% 100,754 268
NC RF Exclusive10,30% 190,952 348
Infinity Select 9,50% 178,855 3.593
Kinea IPCA Dinâmico II 8,68% 1.857,463 6.666
Itaú Kinea IPCA Dinâmico II 8,61% 1.874,04127.282
Kinea IPCA Din. II Advisory 8,59% 53,434 1.895
Itaú Optimus RF LP 7,97% 8.496,09565.490
Sparta Debêntures Inc. Inflação 7,97% 106,311 2.411
BTG Pactual Deb. Inc. Inflação 7,52% 144,739 2.235
Sparta Top Inflação 7,20% 143,265 3.370
BB Prev. Títulos Públicos IPCA IV 7,18% 495,612 115
BB Prev. Títulos Públicos VII 7,18% 258,295 165
Itaú Seleção Multirf 7,16% 906,460 9.342
BB Prev. Títulos Públicos IPCA 7,12% 2.872,769 241
Fonte: Mais Retorno

A comparação entre a performance e a inflação sugere que os cotistas desses 15 fundos protegeram o capital contra a inflação no semestre. E foram contemplados ainda com um ganho real positivo, mesmo com o desconto de imposto.

Com atratividade em alta, os fundos de renda fixa chamam a atenção não apenas pelo ganho real. São destaque também pelo rendimento nominal bruto. Dos 787 fundos da base de dados da Mais Retorno pesquisados, 348 renderam mais que a inflação nominal de 5,49% do período.

Tanto o ganho real em número cada vez maior de fundos quanto o aumento do rendimento nominal estão relacionados, em boa medida, à elevação da taxa básica de juros. A Selic subiu da mínima histórica de 2% ao ano, em março de 2021, para o atual nível de 13,25%.

Selic em alta favorece mais os fundos de renda fixa

A expectativa é que o juro básico suba mais um pouco em agosto, possivelmente para 13,75%. Analistas de algumas casas, no entanto, estimam uma Selic ainda maior, ao redor de 14%, no fim de 2022.

Ela se manteria elevada, em nível contracionista, pelo menos ao longo de 2023, mesmo em cenário de desaceleração inflacionária. Uma combinação que tende a ampliar o ganho positivo, acima da inflação,

A Selic não é propriamente o indexador de títulos, públicos e privados, que formam a carteira dos fundos de renda fixa. Mas influencia, com seus movimentos, a rentabilidade de ativos dos portfólios de produtos dessa classe, como Notas do Tesouro Nacional da série B (NTN-B) e da série F (NTN-F), CDBs, debêntures e outros.

Os indexadores dos ativos são basicamente quatro: IPCA mais juro prefixado (juro real), em título híbrido como a NTN-B; CDI mais uma taxa prefixada, em papel como a debênture incentivada; juro prefixado, como na NTN-F, e porcentual do CDI (LCIs/LCAs – Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito Agrícola). Indexadores que têm como referência a Selic, mas que não refletem com fidelidade a taxa básica.

Os gestores dos fundos de renda fixa mesclam a carteira com títulos públicos e privados. Papeis de emissão privada, como os de bancos (CDBs) e de empresas (debêntures, LCIs e LCAs), costumam oferecer uma remuneração mais atraente que os títulos públicos.

Eles embutem nos juros um adicional, o chamado prêmio de risco, por carregar supostamente um risco de crédito (de eventual não pagamento de dívida) maior que os papeis de emissão do Tesouro Nacional.

Os títulos de emissão privada atraem o interesse dos gestores mais arrojados para apimentar a rentabilidade desses fundos.

A estratégia tem dado uma musculatura adicional ao rendimento nominal, já beneficiado com o ciclo de alta da Selic. Esse reforço, combinado com a trajetória de desaceleração da inflação (em junho o IPCA ficou abaixo do esperado), amplia a margem real de ganho do cotista.

Inflação em queda reforça ganho real

A expectativa de especialistas em acompanhamento de preços é que a inflação passe por um movimento de forte inflexão este mês. Até mesmo por uma deflação, ou variação negativa do IPCA, como reflexo de medidas do governo para baratear os preços de combustíveis.

A perspectiva é que, com os juros nas alturas e a inflação mergulhando para o terreno negativo, todos os fundos de renda fixa com rendimento positivo contemplem os cotistas com ganho real em julho. Mês em que os analistas estimam uma inflação negativa entre - 0,60% e - 0,70%.

A inversão de trajetória do IPCA, contudo, seria circunstancial e momentânea. A estimativa de especialistas é que o índice retorne ao campo positivo em agosto, embora abaixo dos níveis mais recentes.

A boa performance tem atraído cada vez mais investidores a essa classe de ativos. Os fundos de renda fixa tiveram uma captação líquida positiva (depósitos menos resgates) de R$ 88,8 bilhões no primeiro semestre.

O forte movimento de ingresso de recursos na renda fixa, em um cenário de aversão a risco e juros elevados, contrastou com a sangria em fundos de renda variável. A classe de multimercados teve uma retirada líquida de R$ 61,8 bilhões e a de ações, R$ 49,5 bilhões.

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Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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