Acionistas pressionam e CEO da Apple, Tim Cook, promoverá um grande corte em sua remuneração
O corte será no total de ações distribuídas como prêmio pelos resultados alcançados pela empresa
Em resposta às críticas de acionistas, o Comitê de Remuneração e o CEO da Apple, Tim Cook, decidiram reduzir a sua remuneração anual em 40% em 2023.
O corte virá na parcela referente aos prêmios em ações da empresa, de US$ 75 milhões para US$ 40 milhões. Além disso, seu salário base continuará sendo de US$ 3 milhões e mais bônus de US$ 6 milhões, totalizando US$ 49 milhões no ano.
Ao mesmo tempo, neste ano, haverá um aumento de 50% para 75% das ações que cabem ao CEO em prêmio pelo desempenho da Apple. E foi feita uma redução nas unidades de ações a que Cook receberia ao aposentar-se antes de 2026.
Segundo a empresa, as mudanças permitem um alinhamento do pagamento de incentivos com o crescimento futuro e não mais com o tempo dedicado à companhia.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), o Comitê de Remuneração esclarece que considerou o feedback dos acionistas, o desempenho excepcional da Apple e a recomendação de Cook para tomar a decisão. A empresa informou ainda que a remuneração anual de Cook ficará entre 80% e 90% da remuneração de seus principais pares do mercado.
A redução de remuneração foi tema amplamente discutido na reunião anual do ano passado na Apple, quando o Institutional Shareholder Services recomendou aos acionistas que votassem contra o pacote de remuneração de Cook.
Desde então, tem havido uma pressão crescente, especialmente porque a Apple enfrenta problemas de oferta de suprimentos da China, enfraquecendo a demanda por tecnologia e ameaçando a sequência de 3 anos e meio de crescimento da empresa.
No acumulado em 2023, as ações da Apple apresentam alta de 6%, mas elas carregam uma desvalorização de 24% no ano passado, porcentual próximo da queda do índice Nasdaq que ficou em 27%.