Vinci Logística: Fundo imobiliário cai 13,60% este ano com calote da Tok&Stok

O fundo de investimento imobiliário Vinci Logística informou que continua sem receber o aluguel da Tok&Stok referente ao mês de janeiro com vencimento em fevereiro, o que motivou a abertura de um processo para despejo no mês passado. A varejista é locatária do empreendimento Extrema Business Park I, localizado em Minas Gerais.

O fundo comunicou, entretanto, que a Tok&Stok efetuou o pagamento integral do aluguel de fevereiro com vencimento neste mês de março. A despeito disso, a ação de despejo segue em andamento.

Segundo o comunicado, o contrato de locação vigente possui garantia através de seguro fiança com cobertura equivalente a 12 aluguéis, cuja execução está sujeita a condições comumente aplicáveis a tais garantias.

A abertura de ação de despejo após uma inadimplência de cerca de duas semanas chamou atenção do mercado por conta da rapidez. A Tok&Stok está analisando uma renegociação das dívidas e há o temor do fundo de que a companhia siga para uma eventual recuperação judicial. 

Quando esse tipo de situação ocorre, as dívidas são congeladas e o despejo é impedido até que a empresa apresente um plano de pagamento, deixando os donos de imóveis e outros credores em compasso de espera.

Queda acentuada

Desde que a Tok&Stok alugou o imóvel em 2020, essa é a primeira vez que o aluguel não foi pago. O valor da locação representa cerca de 14% das receitas totais do FII e cerca de 11% da área bruta locável (ABL) por ele detida.

Por isso, o Vinci Logística vem sendo castigado desde que começaram a ser ventiladas, em meados de fevereiro, as informações de que a loja contratou a Alvarez & Marsal para fazer uma reestruturação financeira e da falta de pagamento do aluguel de janeiro. 

No gráfico, preparado no ‘Comparador de Ativos’ da Mais Retorno, fica claro que a queda do fundo neste ano é bem mais acentuada do que a do própio setor, medida pelo IFIX, Índice de Fundos Imobiliários da B3. /Com AGÊNCIA ESTADO