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Bolsa
Mercado Financeiro

Veja como diversificar a sua carteira com ETFs; especialistas dão as dicas

Recomendação dos analistas é mesclar fundos de índice internos e internacionais

Data de publicação:24/08/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Embora seja um mercado ainda restrito no Brasil, os ETFs seguem ganhando espaço na preferência dos investidores na hora de colocar os novos ativos em sua carteira de investimentos.

Com essa expansão – hoje já há mais de 40 disponíveis no mercado brasileiro – muitos já pensam em dar o próximo passo, que é montar e diversificar uma cesta de aplicações com vários ETFs.

Foto: Envato
No Brasil já existem 40 ETFs disponíveis para investidores diversificarem suas carteiras com esse tipo de produto - Foto: Envato

A procura por investir em ETFs tem crescido significativamente desde o ano passado por conta dos próprios benefícios que o produto traz para o investidor: é democrático, de fácil acesso para investir - com aportes a partir de R$ 100, baixo custo - taxas de administração que chegam a zero, além do que permite acessar grandes corporações estrangeiras.

Além disso tudo, um dos fortes apelos do ETF é a redução dos riscos locais. No momento conturbado por que passa o País, com incertezas pelas crises política e fiscal, os investidores estão buscando proteger seus investimentos alocando recursos lá fora. E o fundo de índice tem sido uma das alternativas mais adotadas em busca de segurança.

Os especialistas entrevistados para essa reportagem foram unânimes em defender os benefícios de ter mais de um ETF na carteira de investimentos. Eles chamam a atenção justamente para a importância de a opção oferecer exposição internacional e diversificação geográfica, como a cereja do bolo desses investimentos.

“Ter ativos tanto locais quanto de fora faz com que a carteira de investimentos se mantenha rentável”, diz Clara Sodré, especialista em investimentos e educadora da XPeed Scholl da XP.

A escolha das melhores opções em ETFs para fazer essa diversificação vai de encontro ao próprio perfil do investidor. Além disso, de acordo com Clara, é fundamental que ele entenda mais sobre a estratégia de cada fundo de índice e sua classe de ativos.

Renato Breia, sócio fundador da Nord Research, ressalta que o investidor consegue ainda saber se o ETF é temático, setorial, com ou sem alavancagem. “É um produto que, por sua fácil leitura, liquidez e aporte reduzido, veio para democratizar os investimentos”.

Para Clara, os ETFs têm algumas vantagens, como a simplicidade de compra e venda, o rebalanceamento de ativos, diversificação, baixo custo e baixo valor de investimento.

Em termos de custos, atualmente trava-se uma verdadeira guerra entre diversas instituições, como XP, BTG Pactual e Itaú, que buscam oferecer fundos de índice com taxas de administração que chegam a zero, o que beneficia o investidor.

Diversas frentes

Lá fora, somente nos Estados Unidos existem mais de 2.000 ETFs, em sua grande maioria voltados para a renda variável. Pode-se dizer que existem fundos de índice atrelados a praticamente tudo o que se pode imaginar.

Além dos produtos ligados às principais bolsas do mundo e ao mercado imobiliário, há ETFs relacionados ao mercado de saúde, com pesquisas avançadas sobre biomedicina e utilização da cannabis para fins medicinais; tecnologia orientada para o futuro, com inovações ligadas ao avanço da inteligência artificial, machine learning, desenvolvimento de carros elétricos, viagens espaciais; indústria de metais, como o urânio; criptomoedas em geral; geração de energia limpa; mercado de água potável, entre tantos outros.

Além de tentar reduzir o risco local e atingir outros setores, o brasileiro também vê nos ETFs uma oportunidade de investir com segurança em mercados diversos, de acordo com Orlando Bachesque, agente da Alta Vista Investimentos. O mercado de criptomoedas é um deles.

“Ainda há muito receio de investir diretamente em criptomoedas por conta de fraudes e falta de regulação. Apostando em uma ETF atrelada a esse tipo de ativo, o investidor corre menos risco”. No Brasil, há alguns meses a Hashdex lançou o HASH11, atrelado a bitcoin.

Porém, Breia, da Nord, alerta que todo cuidado é pouco para fazer as escolhas desses fundos. “É preciso tomar muito cuidado, pois é comum os investidores se sentirem seduzidos pelos ETFs temáticos, pois são geralmente ligados a assuntos que estão em evidência. É preciso entender mais sobre cada um deles antes de alocar seus recursos”.

A especialista da XP reforça que normalmente os ETFs mais buscados pelos brasileiros acabam sendo atrelados a assuntos da moda, o mesmo acontece com a questão dos fundos de índices de mercados alternativos, como cannabis, por exemplo.

Composição

A presença dos ETFs em uma carteira de investimentos varia de acordo com o perfil do investidor. De acordo com Gabriel Verea, fundador da Teva Indices, hoje é possível ter uma carteira composta 100% por ETFs, dada à diversidade de produtos, mas isso deve depender dos objetivos do investidor.

No entanto, o peso dos fundos de índice para investidores mais conservadores e moderados, pode ficar entre 20% e 70%, ressalta o sócio fundador da Nord.

“Para quem tem aversão ao risco, o ideal é começar acrescentando poucas posições de ETFs, pois são fundos que sofrem os efeitos da renda variável. E, aos poucos, pode ir aumentando a presença desse tipo de ativo na carteira”.

Dicas e orientações

Além do foco em longo prazo, os especialistas entrevistados orientam incluir vários ETFs na carteira deve ter, começando pela compra fundos de índices atrelados às principais bolsas do mundo, como a S&P, a Nasdaq e incluindo a B3.

O ETF BOVA11, por exemplo, é atrelado à B3, a Bolsa brasileira, que valorizou 95,40% nos últimos cinco anos; o IVVB11, é lastreado no índice S&P 500, da bolsa americana, que reúne as 500 maiores empresas globais, e que também valorizou 254,5% no mesmo período; o NASD11, lançado neste ano e ligado à Nasdaq, que detém as grandes corporações de tecnologia, incluindo as big techs, entre outros.

“O ETF atrelado às bolsas tem a vantagem de ser ‘antifrágil’, principalmente se for atrelado ao S&P 500, que dificilmente irá quebrar”, ressalta Breia, da Nord. Ele inclui na lista o HASH11 (bitcoin) para a diversificação.

Simulação

Bachesque, da Alta Vista, citando como exemplo a carteira Visionária da XP, voltada para um perfil moderado/agressivo, indica a exposição de 40% da carteira em ETFs, sendo 21% atrelado à renda variável local e 19,5% à renda variável global.

“Os 21% do ETF de renda variável local seriam alocados no BOVA11, considerado hoje o fundo de índice mais líquido da Bolsa. Os 19,5% seriam voltados para a compra do ETF IVVB11, atrelado ao S&P 500 e 5% voltado para o mercado europeu, por meio do EURP11, com lastro na bolsa europeia”.

Sobre o autor
Julia Zillig
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