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Economia

SVN: Capital estrangeiro continua entrando firme no País após a eleição de Lula para presidente

Nada menos que 30% dos recursos externos que entraram no mercado em outubro ingressaram após as eleições

Data de publicação:07/11/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Em carta mensal, a SVN Gestão chamou a atenção para o fato de que dos R$ 10 bilhões que entraram no mercado em outubro, aproximadamente R$ 3 bilhões ingressaram na segunda-feira, dia 31, quando o nome de Luiz Inácio Lula da Silva já era conhecido como o de novo presidente do País.

Em analogia ao filme "De Volta Para o Futuro", os gestores entendem que o Brasil vive o mesmo roteiro em que o protagonista é transportado para o passado, mas tem algumas missões a cumprir para que história continue fazendo sentido no futuro. Pare eles, a questão que se coloca agora é se o novo governo assume retornando com as condições de 2003, primeiro mandato de Lula, ou com o contexto de 2015, o pior momento do governo petista.

SVN
Questionamentos são sobre ministro da Economia e política fiscal, diz SVN - Foto: Reprodução

"Obviamente que o maior questionamento está em quem será o ministro da Economia e como se dará a política fiscal". Em contato com investidores estrangeiros, a casa identificou que o maior receio era com a contestação das urnas de forma mais radical, o que não aconteceu até agora, ainda que tenham ocorrido manifestações pelo País.

O cenário desenhado nos dias seguintes à definição das eleições foi o sinal verde para um fluxo positivo de capital para o Brasil contribuindo para a boa perfomance dos ativos de risco. A exceção fica por conta de Petrobras e Banco do Brasil, dois papeis que sofreram na última semana diante de perspectivas e possibilidade de maior intervenção do novo governo nas empresas.

Desempenho em outubro

Em relação ao desempenho dos mercados em outubro, os gestores destacam que o mês foi favorável aos ativos de risco tanto lá fora como aqui. O Índice S&P 500 da bolsa americana valorizou 7,99%, e o Ibovespa, mesmo em meio a clima tenso trazido pela corrida eleitoral, subiu 5,45%.

Nos Estados Unidos, já no início de novembro, o FOMC, o Comitê de Política Monetária americano, elevou a taxa de juros dos Fed Funds em 75 pontos-base, o que era esperado e precificado pelo mercado.

No entanto, os gestores ressaltam que se o comunicado expedido logo após a reunião veio com pinceladas suaves em relação à condução da política monetária, já o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, logo em seguida em entrevista foi mais duro em relação à taxa final dentro do ciclo de alta. Isso provocou um forte movimento de aversão ao risco nas bolsas americanas.

Ao mesmo tempo, a safra de balanços trimestrais da empresas americanas tem sido melhor do que o esperado. E mesmo com o peso técnico dos mercados lá fora, os resultados positivos têm levado a fortes altas, provocando uma maré de volatilidade.

Na China, o atual presidente Xi Jinping foi reconduzido a mais um mandato com poderes ainda mais ampliados. Agora, para os especialistas da SVN, as expectativas se voltam para a próxima reunião em março de 2023, "quando, finalmente, poderemos ter as políticas de zero covid sendo revistas. Nesse caso, poderíamos ter um ambiente mais positivo aos ativos de risco do outro lado do mundo".

Posicionamento da SVN

Diante dessas perspectivas, em suas carteiras administradas e seus fundos exclusivos, os gestores se posicionam em títulos públicos e privados indexados à inflação, com juros reais ainda bem atrativos, acima de 5,5% ao ano.

Foram mantidas alocações em papeis pós-fixados em CDI+ e % do CDI de bancos com bom prêmio e excelente risco. E ainda pequena parte em títulos prefixados, partindo da tese de que o ciclo de alta da Selic já foi encerrado, sem novas posições por conta do risco fiscal e avaliação de pouco prêmio.

As carteiras contam ainda com exposição à liquidez para novas oportunidades de mercado e em títulos referenciados CDI com liquidez diária e ativos internacionais, via BDRs, para exposição ao dólar. E houve a entrada de uma pequena alocação em CRA da JBS, como hedge e também exposição ao dólar.

Ações

Em relação ao portfólio de ações, os gestores contam com boa exposição a commodities e empresas defensivas, as que geram caixa e têm poder de repasse de preços. Houve a inclusão de empresas que se beneficiam de melhora local e, ao mesmo tempo, estão com 'valuation' atrativo.

A casa reduziu consideravelmente o posicionamento de Petrobras e Banco do Brasil diante do resultado das eleições, mas manteve exposição ao petróleo por meio de outras empresas privadas. E manteve uma pequena exposição ao ouro como ativo real que protege em momento de crise geopolítica e inflação alta.


Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.

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